terça-feira, 23 de outubro de 2012

O apoio da família durante a amamentação

Gostei bastante da matéria da Crescer, é curta e grossa. A mãe precisa de APOIO, não de palpiteiros que dão conselhos errados. Pior de tudo é que muitas vezes as mães, sogras, avós e em alguns casos o marido mesmo, boicotam a amamentação. Indiretamente, ou inconscientemente alegando que aquela mulher é incapaz de cuidar e alimentar sua criança.
Eu amamentei meus 2 filhos, mas para que tivéssemos sucesso na amamentação, tive apoio da minha mãe e do meu marido. 
Sofia e eu, primeiro dia de muito tetão!
Leia a matéria:

É imprescindível que você se sinta acolhida e apoiada por seus parentes e amigos

Nesta fase, é preciso ter pessoas solícitas que não façam cobranças ou comparações e entendam que nesse momento você deve ficar disponível aos horários e exigências do bebê. Quanto mais responsabilidades você delegar à empregada e aos parentes, mais tempo terá para se dedicar ao seu filho. Se tiver de pensar no cardápio da semana, fazer compras, cuidar do sofá manchado ou se as roupas do bebê secaram, não terá tempo nem paciência para lidar com o processo de amamentação. Peça ajuda e deixe os outros fazerem algumas coisas por você e poupe-se um pouco para o que só compete a uma mãe, que é amamentar. 
Você terá de ficar disponível para os chamados do seu filho, mas procure também se distrair. Quando ele dormir, vá para a cama junto ou use esse tempo para correr até a manicure ou ler um pouco. Assim que o pediatra liberar o bebê para sair de casa, aproveite para passear e leve-o junto, nem que seja até a casa dos avós ou da sua melhor amiga. Isso vai ajudá-la a desestressar. 

E aproveite o seu companheiro, ele pode ajudar mais do que você imagina. Um estudo americano chegou à conclusão de que o apoio do companheiro pode ser até mais útil para a mulher do que a ajuda profissional. Pediatras americanos constataram também que mulheres cujos maridos tiveram uma aula de 40 minutos sobre como lidar com os problemas mais comuns da amamentação tiveram 67% mais chances de amamentar seus bebês por mais tempo.

Não escute tanto os palpites 
Prepare-se para ouvir dicas de todo mundo. As frases mais comuns são: "Seu leite é fraco", "Ele está com fome", "Acho melhor você começar com os complementos", "Passe logo para a mamadeira, é muito mais fácil". Diante desse bombardeio, a dica é não dar ouvidos. Acredite: segundo os especialistas, palpites errados são uns dos principais fatores responsáveis pelo desmame precoce.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Visitas na maternidade: o jeito certo de se comportar



O nascimento exige protocolos que vão além das lembrancinhas e presentes. Bom senso e respeito são as palavras de ordem. Se você está prestes a ganhar um bebê, que tal enviar esta reportagem, “despretensiosamente”, aos seus familiares?
Seja breve! Essa é a recomendação mais básica para os visitantes. Vale lembrar que o bom senso prega não visitar nenhuma família de recém- nascido se estiver com febre, resfriado, doença respiratória ou contagiosa. E, acrescenta-se nesta listinha: não levar crianças menores agitadas, daquelas que correm e gritam pelos corredores da maternidade.

Bem, essas dicas soam óbvias demais, mas especialistas garantem que elas ainda são muito valiosas. Sim, há muitas pessoas que não se preocupam com o tempo de permanência e, na ânsia por conhecer o bebê, esquecem-se dos malefícios daquele resfriadinho, tão comum nos dias de hoje.

Num país como Brasil, onde tudo acaba em festa, o nascimento muitas vezes entra na tradição cultural para tudo começar, também, em uma grande festa. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de pensar em quem convidar, logo no pós-parto. Ser breve, por exemplo, pode ser impensável para amigos muito calorosos, alegres e acostumados aos velhos cafezinhos do interior, onde os filhos nasciam em casa.

A pediatra Clery Bernardi Gallacci, do Hospital e Maternidade Santa Joana, esclarece que ser breve significa ficar no máximo 15 minutos dentro da maternidade. E, detalhe, caso haja alguma intervenção da equipe médica, a orientação é se retirar do quarto. “Esse período é de recuperação do parto. Os informes médicos são importantes e a presença de uma visita pode dispersar a atenção da mãe. É preferível a pessoa se ausentar do e, na saída do profissional, despedir-se da família”, recomenda Dra. Clery.

Preparando as visitas
É válido dedicar um tempinho para descobrir como a nova família deseja ser recebida. E, para os novos papais, mesmo que desejem festejar, vale pensar na seleção e quantidade dos convidados. Lembre-se: a maternidade é um lugar para a recuperação. Portanto, para poucos e com bom senso.

Pessoas com as quais a mãe tem mais intimidade e liberdade para dizer, por exemplo, que tem sono e precisa dormir são sempre bem-vindas à maternidade. Já colegas de trabalho e parentes mais distantes podem conhecer o bebê pela internet e visitar a família somente após o primeiro mês de rotina em casa, aconselha a doula Ana Paula Garbulho, que atende vários casais grávidos no curso de Cuidados com Bebê e Pós-parto, que ela ministra na cidade de São Paulo.

Ela conta que não conheceu nenhum casal que tivesse o desejo de receber todo mundo na maternidade. O desafio é sempre inverso: como comunicar à família, amigos e colegas que a mãe e o bebê precisam de repouso?

“Eu sempre jogo essa responsabilidade nas costas do pai, que geralmente entende seu papel de proteger a nova família dos parentes, amigos e colegas mais distantes ou inconvenientes”, responde Ana Paula. Já para aqueles mais incompreensivos, a doula indica usar a recomendação médica como justificativa para evitar a visita. “Ninguém vai ficar com raiva do médico”, brinca. Outra sugestão é enviar um email aos colegas de trabalho, amigos e parentes com a foto do bebê e um recadinho de que a família estará com as portas abertas para receber a todos, depois do primeiro mês de vida em casa.

Palpites e Amamentação
Prepare-se! As opiniões indesejadas virão de todos os lados. Mas, elas podem e precisam ser filtradas “Digo sempre que palpites não são pedidos, mas oferecidos de graça. É importante a mãe fazer uma seleção daquilo que lhe faz bem e descartar aquilo que lhe é destrutivo”, ensina a doula.

A pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana diz que parentes mais próximos, como mãe e sogra, devem esclarecer suas dúvidas ou sugestões com a equipe médica, no interior do quarto, na frente da família, antes de recomendar suas vivências. Ana Paula ressalta que uma boa maneira de ajudar é respeitar o aprendizado da nova mãe.

“Cada um tem seu momento de criar o filho e o aprendizado deve ser natural. Cada mulher precisa descobrir pela própria experiência qual vai ser o jeito de amamentar, trocar, brincar e me comunicar”, observa Ana Paula.
A amamentação é um dos alvos prediletos das visitas palpiteiras. O que pode ser muito bom para mãe e o bebê, se elas souberem dar apoio. Lígia Moreiras Senas, doutoranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que palavras de incentivo, amorosas e muita paciência são atitudes que contribuem muito, na hora da amamentação. “É bom ressaltar, também, que uma mãe precisa de exemplos. Não vai ajudar em nada o palpite de uma pessoa que não amamentou seus filhos e se vangloria de que eles sobreviveram”, exemplifica Ligia.

10 Regrinhas básicas para visitas na maternidade
1-Não vá à maternidade se estiver resfriado, com febre, doenças respiratórias ou contagiosas. Não visite o bebê, enquanto não estiver são.

2- Pergunte ao casal quando e onde eles preferem receber sua visita.

3- Seja breve. Não ultrapasse 15 minutos na maternidade e visite a família em casa somente após primeiro mês de vida por, no máximo, meia hora.

4- Antes de comprar flores, verifique com pai se a mãe gosta de recebê-las ou se há alguma contraindicação médica na maternidade.

5- Não leve crianças muito agitadas, que correm e gritam pelos corredores.

6- Não dê palpites sobre o jeito certo de criar o recém-nascido. Suas palavras de incentivo devem contribuir para mãe descobrir um jeito próprio de criar o filho.

7- Visitas íntimas, como mãe e sogra, devem dar suas sugestões ou esclarecer dúvidas diante da equipe médica.

8-Lave as mãos ou passe álcool com gel na hora em que entrar no quarto da. Resista à tentação de pegar o bebê no colo.

9- Retire-se do quarto, caso haja uma intervenção da equipe médica.

10 – Tire foto somente com a permissão dos pais.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Vakinha para Parto Domiciliar da Doula Nutri

Amigos, conhecidos e desconhecidos generosos!

Viemos aqui pedir a ajuda generosa de todos vocês. Estamos grávidos de 7 semanas e planejamos trazer nosso 3° filho no local que mais nos sentimos seguros e felizes, nossa casa. Já temos a equipe que irá atender com toda competência e segurança a chegada de nosso filho, mas tudo isso tem um custo. Depois de algumas cálculos, vamos conseguir juntar parte do dinheiro, mas ainda nos falta 2.000,00, e gostaríamos de receber a ajuda de vocês. Pedimos que divulguem em suas redes sociais, aos seu amigos e familiares. Queremos trazer nosso filho ao mundo com todo amor, carinho e respeito que ele merece. Desde já agradecemos a atenção de vocês!


Segue o link para contribuição: http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=38402

Pais Ana e Roberto, irmãos Bernardo e Sofia.





segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Amamentação em Tandem

Texto ótimo para as mães que estão amamentando durante a gestação!

"O fato de estar grávida não significa que terá de desmamar o seu bebê. Muitas mamães decidem continuar a amamentar durante a gravidez, outras decidem desmamar, a informação que se segue pode ajudar a mãe a decidir o que é melhor para si e para a sua família.
Familiares, amigos e profissionais de saúde poderão expressar dúvidas relativamente ao aleitamento materno durante a gravidez, uma das preocupações é que poderá estar a arriscar a saúde do bebê que se está gerando. É importante saber que numa gravidez normal, não há provas de que manter a amamentação irá privar o bebê dos nutrientes necessários. Relativamente às contrações que a amamentação pode provocar, a LLL responde da seguinte forma: “Apesar das contrações uterinas serem vivenciadas durante a amamentação, eles são uma parte normal da gravidez… As contrações uterinas também ocorrem durante a atividade sexual, e a maioria dos casais continuam durante a gravidez.” “Atualmente, não existem orientações médicas específicas que definem em que situações poderá ser arriscado continuar a amamentação durante a gravidez, e os profissionais de saúde variam amplamente as suas recomendações”.
Durante a gravidez é normal precisar de descanso extra, amamentar deitada poderá ser uma forma de obter esse descanso. Se tiver um local seguro para si e para o seu bebê, com almofadas ou colchões no chão, permitir-lhe-á descansar enquanto que o seu bebê brinca entre as mamadas, ou até poderão ambos dormir após uma refeição no momento da mamada.
Algumas mães ficam com os mamilos mais sensíveis durante a gravidez. Alterar a posição em que amamenta, e utilizar exercícios de respiração poderão ajudá-la a diminuir a sensibilidade mamária. Se o seu filho tiver idade suficiente, você pode pedir-lhe para mamar mais calmamente e por períodos mais curtos, isto pode ajudar com a sensibilidade nos mamilos e com a necessidade de descanso extra.
É possível que a produção de leite diminua por volta do 4º ou 5º mês de gestação, se o seu bebê tem menos de um ano de idade, é aconselhável ir verificando o peso para confirmar se está recebendo a quantidade de leite suficiente. Também é comum o sabor do leite alterar e estas alterações poderão fazer com que o bebê mame menos vezes, ou vá desmamando naturalmente.
Se você decidir que quer desmamar o seu bebê, é mais aconselhável fazê-lo gradualmente. A técnica de “não oferecer, não recusar” é a que tem resultado na maioria das mães, tente prever quando o seu bebê vai pedir para mamar e distraia-o com uma brincadeira ou com um biscoito saudável. Evite sentar-se nos locais que o bebê possa associar a mamar, e dê-lhe o máximo de atenção e mimos nesta altura. Lembre-se que o desmame pode não ser fácil, por vezes manter a amamentação na gravidez acaba por ser a opção mais conveniente.
Depois do bebê mais novo nascer, é comum que o mais velho mesmo após o desmame queira provar o leite ou queira voltar a mamar, alguns podem não se lembrar de como mamar, outros podem estranhar o sabor do leite, e outros podem ficar felizes por voltar a mamar. Se não quiser voltar a amamentar o mais velho, o melhor será oferecer outros alimentos.
Se você optar por continuar a amamentar durante a gravidez, depois poderá acontecer que amamente ambos os bebês ao mesmo tempo – a isto chama-se amamentação em tandem e muitas mães acabam por fazê-lo com gosto e assim podem satisfazer as necessidades de ambas as crianças.
Se tiver dúvidas ou precisar de ajuda extra procure uma conselheira ou consultora em aleitamento materno que poderão dar-lhe apoio e informação sobre amamentação durante a gravidez, ou amamentação em tandem".
Informação traduzida de La Leche League por APPM
Fonte: Pediatria Radical

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estou grávida!!!!!



É com muuuita alegria, emoção, que escrevo este post! Estou grávida do meu 3º filho. A vontade de ser mãe de 3 crianças sempre veio do coração, tanto para mim quanto para meu marido! E não havia nada que nos impedisse. Alguns falam do financeiro, mas se for por isso, por esperar melhoras financeiras nunca teríamos filhos.Na verdade, falam demais da vida alheia! Preparo emocional temos de sobra! Enfim...Quando vi o 4º teste de farmácia (sim o 4º, que aflição, rsrsrs) com 2 riscos, chorei, chorei de tanta alegria!! 


esta clarinho, mas dá para ver!

Meu marido, emocionado me abraçou e beijou. Quando consegui parar de chorar, expliquei aos meus dois filhos, Bernardo e Sofia, que um irmão estava a caminho. Os dois, com sorriso de orelha a orelha, se agarraram em mim. Bê me olhava de uma maneira...com uma admiração...nunca ninguém me olhou assim! Me senti realmente a Rainha da Criação, Mãe poderosa, detentora do Dom da Vida! Foi lindo, este momento esta gravado na minha memória, e me emociono toda vez que me lembro do rostinho dele. Sofia já chama o bebê de Aurora. Bê está entre Joaquim e Oliver. Uns lindos!! rsrsrs.

Depois confirmei com o Beta HCG.




Vou contando aqui um pouco da minha gestação, levando junto informações valiosas para as mulheres que estão gestando também, ou que se preparam para carregar uma vida no ventre.Bem, não sei ao certo o tempo de gestação, porque andei desregulada alguns ciclos, mas pela DUM, estou com 6 semanas, bem no começo!

Me sinto plena, segura, tranquila. Às vezes fico enjoada, se me movimento rápido, e azia só se como demais, resultado, emagreci 1 kg já! Sinto algumas cólicas, normal no comecinho.  Sofia continua mamando muito bem obrigada! E vai mamar até quando quiser!

Já estamos planejando o nascimento do bebê, que vai ser o mais natural e respeitoso possível! Vamos ficar no conforto do nosso lar!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DEZ RAZÕES PARA DORMIR PERTO DE SEUS FILHOS


Por Jan Hunt, Psicóloga Diretora do “The Natural Child Project”
1. Uma família que dorme unida tira vantagem da facilidade com que um bebê pode ser amamentado, pois não é necessário buscar o bebê em outro quarto para amamentá-lo. Uma mãe que amamenta em uma “cama familiar” pode alimentar seu filho facilmente sem estar totalmente desperta e assim não deixa de obter o repouso de que necessita. Assim, dormir em família incentiva as mães a prolongarem a amamentação e todos os seus inumeráveis benefícios por mais tempo.
 2. Falhas respiratórias são normais nos primeiros meses de vida e se não forem evitadas ou cuidadas podem causar a “síndrome da morte súbita infantil” (SMSI). Pesquisas recentes sugerem que dormir acompanhado pode ajudar a evitar essa triste ocorrência de duas maneiras. Primeiro, pequisas recentes mostraram que a respiração da mãe dá importantes pistas para o filho lembrar de puxar o ar depois de uma expiração, evitando assim a ocorrência da SMSI. Segundo, mesmo que esse sistema falhe, a mãe está próxima para ajudar, acordando a criança. Uma mãe que amamenta tem com seu filho ciclos de sono e sonhos coordenados, o que a torna altamente sensível ao bebê. Se estiverem dormindo próximos, ela acorda automaticamente se houver uma falha respiratória mais longa. Mas se o bebê estiver sozinho, esta intervenção salvadora não será possível.
 3. Em geral se considera a sufocação como um risco de se dormir em família. Mas esse risco só existe em duas situações: um bebê dormindo em um colchão de água, que o impede de se erguer quando necessário, e pais muito intoxicados com álcool ou drogas para atender a criança. É evidente que uma criança que sufoque por qualquer motivo (uma fita do pijama que se enrole no pescoço, vômitos durante o sono ou crises de asma) tem muito mais facilidade em acordar seus pais se estiver dormindo perto deles do que se estiver dormindo em outro quarto.
 4. Qualquer perigo noturno é reduzido, se a criança tiver um adulto próximo. Crianças e bebês morrem em incêndios  sofrem abuso sexual de parentes em visita, caem da cama, são atacados por animais de estimação, sufocam com vômito e podem ser feridos ou morrer de vários modos que poderiam ser evitados por um pai ou uma mãe próximos.
 5. Em geral se tem a impressão errada de que dormir em família facilita o abuso sexual da criança por um dos pais. Mas a verdade é o oposto. É bem menos provável que os pais que criam profundos laços afetivos com seus filhos permanecendo próximos e disponíveis tanto de noite como de dia, tenham atitudes agressivas de qualquer tipo contra as crianças que eles amam e cuidam. Por outro lado o fato de uma criança dormir sozinha jamais foi uma boa proteção contra um pai ou uma mãe com intenção de abusar sexualmente, e pode mesmo facilitar a manutenção do segredo de um dos pais.
 6. O sono em conjunto também pode evitar a agressão da criança ajudando toda a família a obter o repouso necessário, principalmente quando a criança está sendo amamentada. A criança não precisa sofrer desnecessariamente nem chorar para chamar sua mãe, e a mãe pode amamentar semi-desperta. Toda a família acorda descansada, sem os ressentimentos das noites perturbadas pelo choro do bebê. É mais fácil um pai ou uma mãe exaustos agredirem o filho do que se estiverem descansados e tiverem compartilhado o sono tranqüilo da criança durante toda a noite.
 7. O choro é um sinal que a natureza inventou para perturbar os pais, de modo que as necessidades da criança sejam atendidas. Mas o choro prolongado cria tensão para toda a família. Quanto antes as necessidades do bebê forem atendidas, mais tempo o bebê e toda a família poderão repousar, e mais energia terão no dia seguinte. Uma mãe que dorme junto do bebê pode utilizar as reações instintivas que uma mãe tem ao primeiro soluço de seu filho, e com isso evitar a necessidade de choro forte que é tão desconfortável para o bebê quanto para os outros membros da família.
 8. Um sentimento profundo de amor e confiança costuma se desenvolver entre irmãos que dormem próximos, diminuindo a rivalidade entre os irmãos durante o dia. Irmãos que compartilham tanto a noite quanto o dia têm mais oportunidade de construir um relacionamento profundo e duradouro. Bebês e crianças que são separados de outros membros da família durante o dia (pais que trabalham, irmãos que vão à escola) podem se refazer parcialmente dessas ausências e restabelecer vínculos emocionais importantes passando a noite juntos, além do agradável início de manhã em família que em geral não seria aproveitado em outra situação. É claro que trabalhar em casa e desescolarizar podem reduzir as separações e aprofundar os laços familiares durante o dia, assim como o dormir em conjunto faz à noite.
 9. Pesquisas sobre adultos em coma mostraram que a presença de outra pessoa no quarto melhora significativamente a freqüência e o ritmo dos batimentos do coração e a pressão arterial. Parece razoável supor que crianças e bebês também desfrutem desses benefícios à saúde dormindo com outras pessoas no quarto.
 10. Uma criança que é igualmente cuidada de noite e de dia recebe confirmação constante de amor e apoio, em vez de precisar lidar com medo, raiva e sentimento de abandono noite após noite. Crianças que se sentiram seguras dia e noite ao lado de uma mãe ou de um pai amoroso irão se tornar adultos que lidam melhor com as tensões inevitáveis da vida. Como John Holt assinalou com eloquência  ter o sentimento de amor e segurança no início da vida, em vez de “estragar com mimos” uma criança, é como “dinheiro no banco”: um fundo de confiança, auto-estima e segurança interior a que a criança pode recorrer para enfrentar os desafios da vida.
 Fonte: GVA

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Posições para o parto: a escolha é sua


Gente, adorei este texto e as imagens, e fui autorizada a compartilhar! Retirei do site da Casa Moara. Leiam, as gestantes devem ir buscando as posições de alivio, até "treinar" para saber de ante mão o que o corpo consegue fazer.
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Se há um momento na vida da mulher em que a liberdade de escolha se faz decisiva, é a hora do parto. Para garantir que suas preferências serão atendidas, procure se cercar de profissionais conhecidos por respeitar o protagonismo feminino no parto. Durante as contrações, permita-se fazer aquilo que o seu corpo estiver pedindo.
Por Luciana Benatti
Fotos Marcelo Min / Parto com Amor*
Pergunte a qualquer mulher que já tenha passado por um parto natural, sem intervenções, a quem foi garantido o direito de se movimentar livremente: a escolha da posição durante as contrações e o período expulsivo não passa pela razão, é totalmente instintiva. E varia imensamente de mulher para mulher.
É incrível como, em meio a sensações tão intensas, contrações que vêm e que vão como ondas, o corpo sabe exatamente o que fazer para encontrar conforto: se acocorar, como sempre fizeram as índias, ou relaxar na água quentinha da banheira, acessório indispensável nas mais modernas salas de parto normal. Entre tantas outras possibilidades.
Ao longo da história, as mulheres sempre preferiram as posições verticais para dar à luz seus filhos. A cadeira de parto mais antiga de que se tem notícia é da Idade da Pedra.
Foi o obstetra francês François Mauriceau (1637-1709), profissional altamente conceituado entre a realeza da época, quem primeiro pôs em prática a ideia de colocar deitada a mulher em trabalho de parto. Fez isso, diga-se em seu favor, para conforto delas, que tinham quilos demais para se sentar confortavelmente nas cadeiras de parto. Querendo ajudar, cometeu aquele que seria considerado por muitos como o maior erro da história da Obstetrícia.
O fato é que a ideia de Mauriceau se disseminou. E veio mesmo a calhar quando o atendimento ao parto deixou o ambiente domiciliar, onde era realizado principalmente por parteiras, e passou para o hospital: essa era (e ainda é) a posição de maior conforto para a figura que se tornou também a grande protagonista do parto, o médico obstetra.
Hoje a posição deitada de costas na cama com as pernas apoiadas em perneiras está tão arraigada em nossa cultura que continua sendo uma das mais frequentes em nossos hospitais, apesar de todas as recomendações em contrário. Entrou também para o imaginário das próprias mulheres, que, quando não são informadas sobre outras opções durante o pré-natal, acabam sendo pouco receptivas a sugestões de posições alternativas no momento do parto.
Quatro ou seis apoios – A mulher se apoia sobre as mãos e joelhos (podendo usar também os cotovelos). Indicada quando a parturiente sente dores muito fortes nas costas, pois oferece alívio para essa região.

 São muitas as posições possíveis (algumas das mais comuns são mostradas e comentadas nas fotos que ilustram esta reportagem, extraídas do livro Parto com Amor), mas, na prática, poucos profissionais costumam sugeri-las às parturientes.
“O principal é a liberdade de escolha por parte da mulher, tanto no período de dilatação do colo uterino, quanto no período de expulsão do bebê”, defende o obstetra Jorge Kuhn, ressaltando também a importância da deambulação, ou seja, de poder andar durante o trabalho de parto. “O profissional de saúde que atende o parto, quer seja parteira, obstetriz, enfermeira obstetra, médico obstetra ou médico de família, deve proporcionar isso a ela.”
A obstetra Andrea Campos é da mesma opinião. “A mulher tem que ficar na posição em que se sentir mais confortável. Seja para aliviar a dor, seja para fazer força”, acredita.
Parece óbvio, mas não tem sido fácil nem para as mulheres, nem para as equipes de assistência ao parto colocar essa orientação em prática no ambiente hospitalar, com todas as suas regras e protocolos.

Clique para ver a imagem ampliada.
Como jornalista, uma das histórias mais marcantes sobre o assunto que ouvi numa reunião de gestantes, que frequento há quatro anos, desde que comecei a escrever sobre parto, foi a de uma mulher que havia tentado um parto normal num hospital universitário de São Paulo. Ela contou que, sentindo contrações, viu na parede o quadro “Caminhando para o parto normal”, com algumas sugestões de posições (veja imagem ao lado).
Sozinha na sala, passou a procurar sua posição de conforto. Encontrou alívio “de quatro”, em cima da cama. Surpreendida nessa posição por uma enfermeira, levou bronca: “Onde você pensa que está para ficar desse jeito?”, perguntou rispidamente essa profissional.
Quem conhece um pouco a fisiologia do parto – um processo natural muito delicado, que, entre outras coisas, requer tranquilidade, intimidade e apoio –, consegue imaginar o fim dessa história: o trabalho de parto “não evoluiu” e ela teve uma cesárea, que não desejava. Quando a conheci, essa mulher estava grávida pela segunda vez e procurava se informar melhor sobre suas opções para o parto, numa tentativa de recuperar o que lhe havia sido negado no nascimento do primeiro filho.

Cócoras na banqueta – A banqueta serve como um apoio que ajuda a mulher a se manter nessa posição. A ação da gravidade facilita a saída do bebê, porém aumenta a chance de rotura do períneo.
Esse caso mostra que em muitos hospitais, mesmo nos de ensino, onde as boas práticas deveriam ser a regra, a liberdade de escolha de posição continua apenas no cartaz pendurado na parede. No dia a dia desses hospitais, todas as parturientes são deitadas de costas na cama, em posição horizontal, que sabidamente dificulta a chegada de oxigênio para o bebê e provoca mal-estar na mãe. Por que isso acontece? Boa pergunta!
Tempos depois de ouvir esse relato, ao ler o livro Parto Ativo, da inglesa Janet Balaskas, criadora do movimento de mesmo nome que mudou a realidade obstétrica na Inglaterra, soube que a censura contra mulheres que optam por posiçoes ditas alternativas durante o parto também aconteceu na Inglaterra, na década de 1980. E foi o estopim de uma passeata que levou seis mil pessoas a protestar nas ruas de Londres.
Por outro lado, nas entrevistas que fiz para o livro Parto com Amor, várias mulheres atendidas por equipes humanizadas relataram que em certo momento do parto se sentiram desconfortáveis, sem conseguir encontrar posição, até que alguém sugeriu… Ir do quarto para a sala e agachar apoiada na rede. Sair da banheira e usar a banqueta de parto. Ou ainda ir da cama para a banheira. E funcionou! O trabalho de parto engrenou e o bebê nasceu algumas contrações depois. Isso mostra que cada mulher, quando deixada livre para escolher – amparada por profissionais que acreditam em seu protagonismo – encontra o seu jeito de dar à luz, aquele que é o melhor para ela e o seu bebê naquele momento.
Quando tem liberdade de movimentos durante o trabalho de parto, a mulher vai mudando de posição conforme o corpo pede. O profissional também pode sugerir uma mudança, quando percebe que a parturiente está desconfortável. Ou, por exemplo, se ela reclama de cansaço. “Nesse caso, ela não pediu para mudar de posição, mas deu uma dica de que algo não está bom. Então podemos sugerir outra posição”, recomenda Kuhn.
A influência da posição da mulher no sucesso do trabalho de parto é tão grande que este pode ser também um recurso adotado pelo profissional para superar uma dificuldade no parto. “Quando o bebê está com o dorso à direita (o mais comum é à esquerda), por exemplo, o ideal é a mulher deitar do lado esquerdo, o que ajuda o bebê a virar. Mudando a mulher de posição, conseguimos corrigir alguns vícios de apresentação do bebê”, explica Andrea Campos. “Mas, em princípio, não sugerimos, deixamos a mulher assumir a posição em que se sente mais confortável”.
Lateral (posição de Sims)As posições laterais são muito confortáveis para a mulher, que assim pode apoiar o peso da barriga na cama. Durante as contrações, puxa um joelho em direção ao corpo, podendo assim fazer força durante o período expulsivo. Nessa posição o bebê sai de forma mais controlada, o que protege o períneo.

“Nós profissionais é que temos de nos adequar. Lógico que estamos falando de um parto natural, em que não se está fazendo nenhuma intervenção. Se houver necessidade de um procedimento – fazer um toque vaginal, romper a bolsa, aplicar fórceps, vácuo-extração ou mesmo numa cesárea – a comodidade tem de ser do profissional”, pondera Kuhn.
Para desfrutar plenamente dessa liberdade de escolha, o ideal é que a gestante se informe das possibilidades durante o pré-natal e converse sobre suas preferências com o profissional que vai atendê-la. Tudo isso deve ser registrado por escrito no plano de parto, um documento que consolida tudo o que foi combinado entre paciente e profissional.
O ápice da liberdade de posição e de movimentos durante o parto é quando a própria mulher consegue “pegar o bebê”. Partos em que isso aconteceu ficam registrados na memória da equipe. “Gosto muito das posições que permitem que a mãe receba o bebê. E algumas favorecem isso, como a de cócoras com um joelho apoiado, por exemplo”, afirma Andrea.
Para sentir a força de uma experiência como essa, vale a pena assistir o vídeo do nascimento de Waira, filha do casal Caroline e Nicolás. Imagens do parto, que aconteceu em 2009 na casa da família, em Barcelona, sobre a cama do casal, foram usadas num comercial de colchão cujas cenas ganharam o mundo pela internet.
A primeira vez que presenciou uma mulher receber seu próprio filho foi tão marcante para Kuhn, que ele ainda é capaz de descrever a cena em detalhes. “Ela estava numa banheira bem grande e eu sugeri que tocasse a cabeça do bebê – muitas mulheres nessa hora não querem fazer isso, têm uma certa aflição. Ela foi deixando a mão lá, se acostumando com a saída da cabeça, uma coisa incrível, instintiva, ninguém falava nada para ela! A cabeça saiu, ela ficou olhando para o nenê, não perguntava nada. Viu o filho rodar e continuou segurando a cabeça por baixo. Quando saiu o bracinho, colocou a mão sob a axila dele e foi trazendo, trazendo…”, conta. Uma cena, segundo ele, muito rara de acontecer.
“Outras fazem diferente: fecham os olhos ou não querem olhar no espelho a saída do bebê. Preferem sentir, mais do que ver. Cada parto é um parto”, conclui.

Posição obstétrica - Mais utilizada quando é necessário fazer alguma intervenção médica. O dorso da cama deve ser elevado, evitando a compressão de vasos sanguíneos importantes que poderia prejudicar a oxigenação do bebê.
*As fotos desta reportagem fazem parte do livro Parto com Amor, de Luciana Benatti e Marcelo Min, lançado em maio de 2011 pela editora Panda Books.
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