sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011!

Tudo de ótimo neste Ano que vai nascer!!!




quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Papel da mãe na opção por cesárea é questionado


O número de cesarianas vem aumentando em um ritmo constante nos países desenvolvidos nos últimos 30 anos. Entretanto, uma nova análise de dados de pesquisas envolvendo quase 20.000 mulheres em todo o mundo sugere que a opção por esse tipo de parto não ocorre por solicitação delas: apenas 16% das mulheres participantes da revisão da pesquisa disseram preferir o parto cesariano ao vaginal.
Essa foi a constatação da médica Agustina Mazzoni, do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária de Buenos Aires, e de sua equipe. Esta foi a primeira meta-análise a avaliar as preferências das mulheres, ressaltaram Mazzoni e sua equipe na revista do Royal College of Obstetrician and Gynecologists (BJOG). Os pesquisadores analisaram literatura médica e identificaram 38 estudos – incluindo 19.403 mulheres originárias das Américas, Ásia, Europa, África e Austrália.
Um aumento no número de cesarianas, principalmente nos países de poder aquisitivo médio e alto, é frequentemente atribuído à solicitação das mulheres pelo procedimento. Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente 4,5% dos partos realizados em 1965 foram cesarianas, enquanto que em 2007 este número foi de 32,9%, segundo dados do Centro de Controle de e Prevenção de Doenças daquele país.

Médico da Capital é condenado à prisão por induzir parto para tirar férias

Procedimento foi realizado no Hospital Moinhos de Vento
Foto retirada do site do hospital


O médico obstetra Oscar de Andrade Miguel foi condenado a cinco anos de prisão, em regime semi-aberto, por ter causado lesão cerebral em um recém-nascido, depois de um parto antecipado. A decisão foi unânime. Em primeira instância, o réu havia sido absolvido. Em 13 de fevereiro de 2000, o obstetra antecipou o procedimento, sem justificativa oficial, e medicou a gestante com o remédio Cytotec, sem o conhecimento dela ou do marido. O medicamento, cuja venda é restrita a hospitais cadastrados e credenciados junto à Autoridade Sanitária, é conhecido como abortivo. De acordo com o Tribunal de Justiça, o obstetra ministrou a droga para contornar um problema pessoal, já que, dias antes da data prevista para o parto normal, entrou de férias.


O parto, previsto para 22 fevereiro, ocorreu nove dias antes no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A paciente relatou ter recebido do médico, no consultório, um aplicador vaginal contendo meio comprimido de substância cujo nome ou procedência não lhe foram explicados. O médico alegou que o procedimento era o mais adequado. No dia do parto, a menina nasceu com os sinais vitais debilitados e teve de ser reanimada e, depois entubada. O bebê ainda apresentou crises convulsivas e precisou ser medicado com Valiun e Gardenal. Aos seis meses, um exame de ressonância magnética constatou lesões e sequelas permanentes no cérebro.


Fonte: Otto Herok Netto / Rádio Guaíba
Retirado: http://www.radioguaiba.com.br/Noticias/?Noticia=239648

Sem comentários... é o fim!!

Ordenha Manual de leite materno

Para as mamães que vão voltar a trabalhar e não querem deixar de amamentar seu filho. Este vídeo explica como deve ser feita a ordenha de forma higiênica e, depois armazenagem deste leite. Pode ser deixado 24 horas dentro da geladeira, ou congelado até 72 horas no freezer ou congelador. Para dar para o bebê, deve-se aquecer em banho-maria e, oferecer no copinho, colher ou seringa. Não deve-se usar mamadeira para o bebê não confundir os bicos, o que pode machucar a mãe.
A ordenha não machuca... se machucar você está fazendo errado. Amamente seu filho exclusivamente ao peito até o 6º mês! Depois vá introduzindo alimentos de forma gradual e, continue a amamentação até os 2 anos ou até quando vocês quiserem. O leite materno não tem contra - indicação, não precisa aquecer, não causa dependência, não faz os peitos caírem e nem é fraco!! Seu filho fica imune a diversas alergias e recebe todos os nutrientes de que precisa para crescer forte e gordinho. Dar um o peito é um Ato de Amor e sensatez!! 
Muito leite pra vocês!!




segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Madre Teresa de Calcutá fala sobre o Aborto


Discurso proferido no dia 3 de fevereiro de 1994

(...) "Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe.

E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem? Como é que nós persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor e nós devemos nos lembrar que amor significa estar disposto a doar-se até que machuque. Jesus deu Sua vida por amor de nós. Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que machuque seus planos, ou seu tempo livre, para respeitar a vida de seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que machuque.

Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata seu próprio filho para resolver seus problemas.

E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que ter nenhuma responsabilidade pela criança que ele trouxe ao mundo. Este pai provavelmente vai colocar outras mulheres na mesma situação. Logo, o aborto apenas traz mais aborto.

Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar de qualquer violência para conseguir o que se quer. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.

Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África onde muitas delas morrem de fome, etc. Muitas pessoas também são preocupadas com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada de suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje - o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira.

E por causa disto eu apelo na Índia e apelo em todo lugar - "Vamos resgatar a criança." A criança é o dom de Deus para a família. Cada criança é criada `a imagem e semelhança de Deus para grandes coisas - para amar e ser amada. Neste ano da família nós devemos trazer a criança de volta ao centro de nosso cuidado e preocupação. Esta é a única maneira pela qual nosso mundo pode sobreviver porque nossas crianças são a única esperança do futuro. Quando as pessoas mais velhas são chamadas para Deus, somente seus filhos podem tomar seus lugares.

Mas o que Deus diz para nós? Ele diz: "Mesmo se a mãe se esquecer de seu filho, Eu jamais te esquecerei. Eu gravei seu nome na palma de minha mão." (Is 49). Nós estamos gravados na palma da mão de Deus; aquela criança que ainda não nasceu está gravada na mão de Deus desde a concepção e é chamada por Deus a amar e ser amada, não somente nesta vida, mas para sempre. Deus jamais se esquece de nós.

Eu vou lhe contar uma coisa bonita. Nós estamos lutando contra o aborto pela adoção - tomando conta da mãe e da adoção de seu bebê. Nós temos salvo milhares de vidas. Nós mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: "Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela." Nós sempre temos alguém para dizer para as mães em dificuldade: "Venha, nós tomaremos conta de você, nós conseguiremos um lar para seu filho". E nós temos uma enorme demanda de casais que não podem ter um filho - mas eu nunca dou uma criança para um casal que tenha feito algo para não ter um filho. Jesus disse: "Aquele que recebe uma criança em meu nome, a mim recebe." Ao adotar uma criança, estes casais recebem Jesus mas, ao abortar uma criança, um casal se recusa a receber Jesus.

Por favor não mate a criança. Eu quero a criança. Por favor me dê a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dar esta criança a um casal que irá amar a criança e ser amado por ela.

Só de nosso lar de crianças em Calcutá, nós salvamos mais de 3000 crianças do aborto. Estas crianças trouxeram tanto amor e alegria para seus pais adotivos e crescem tão cheias de amor e de alegria.

Eu sei que os casais têm que planejar sua família e para isto existe o planejamento familiar natural.

A forma de planejar a família é o planejamento familiar natural, não a contracepção.

Ao destruir o poder de dar a vida, através da contracepção, um marido ou esposa está fazendo algo para si mesmo. Atrai a atenção para si e assim destrói o dom do amor nele ou nela. Ao amar, o marido e mulher devem voltar a atenção entre si como acontece no planejamento familiar natural, e não para si mesmo, como acontece na contracepção. Uma vez que o amor vivo é destruído pela contracepção, facilmente segue-se o aborto.

Eu sei também que existem enormes problemas no mundo - que muitos esposos não se amam o suficiente para praticar o planejamento familiar natural. Nós não temos condições de resolver todos os problemas do mundo, mas não vamos trazer o pior problema de todos, que é a destruição do amor. E isto é o que acontece quando dizemos às pessoas para praticarem a contracepção e o aborto.

Os pobres são grandes pessoas. Eles podem nos ensinar tantas coisas belas. Uma vez uma delas veio nos agradecer por ensinar-lhe o planejamento familiar natural e disse: "Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinar o planejamento familiar natural porque não é nada mais que um auto-controle por amor de um ao outro." E o que esta pobre pessoa disse é a pura verdade. Estas pessoas pobres talvez não tenham algo para comer, talvez não tenham uma casa para morar, mas eles ainda podem ser ótimas pessoas quando são espiritualmente ricos.

Quando eu tiro uma pessoa da rua, faminta, eu dou-lhe um prato de arroz, um pedaço de pão. Mas uma pessoa que é excluída, que se sente não desejada, mal amada, aterrorizada, a pessoa que foi colocada para fora da sociedade - esta pobreza espiritual é muito mais difícil de vencer. E o aborto, que com freqüência vem da contracepção, faz uma pessoa se tornar pobre espiritualmente, e esta é a pior pobreza e a mais difícil de vencer.

Nós não somos assistentes sociais. Nós podemos estar fazendo trabalho de assistência social aos olhos de algumas pessoas, mas nós devemos ser contemplativas no coração do mundo. Pois estamos tocando no corpo de Cristo e estamos sempre em Sua presença.

Você também deve trazer esta presença de Deus para sua família, pois a família que reza unida, permanece unida.

Existe tanto ódio, tanta miséria, e nós com nossas orações, com nosso sacrifício, estamos começando em casa. O amor começa em casa, e não se trata do quanto nós fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos.

Se somos contemplativas no coração do mundo com todos os seus problemas, estes problemas jamais podem nos desencorajar. Nós devemos nos lembrar o que Deus fala na Escritura: "Mesmo se a mãe esquecer-se do filho que amamenta - algo impossível, mesmo se ela o esquecesse - Eu não te esqueceria nunca."

E aqui estou eu falando com vocês. Eu desejo que vocês encontrem os pobres daqui, na sua própria casa primeiro. E comece a amar ali. Seja a boa nova para o seu próprio povo primeiro. E descubra sobre o seu vizinho ao lado. Você sabe quem são eles?

Deus jamais nos esquecerá e sempre existe algo que você e eu podemos fazer. Nós podemos manter a alegria do amor de Jesus em nossos corações, e partilhar esta alegria com todos aqueles de quem nos aproximarmos.

Vamos insistir que - cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora. E doe-se até que machuque - com um sorriso.

Porque eu falo muito sobre doar-se com um sorriso nos lábios, uma vez um professor dos Estados Unidos me perguntou: "Você é casada?" E eu disse: "Sim, e algumas vezes eu acho difícil sorrir para meu esposo, Jesus, porque Ele pode ser muito exigente - algumas vezes." Isto é mesmo algo verdadeiro.

E é aí que entra o amor - quando exige de nós, e ainda assim podemos dar com alegria.

Se nos lembrarmos que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode se tornar um sinal de paz para o mundo.

Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos - a futura criança. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então vocês serão verdadeiramente aquilo pelo qual os fundadores deste país lutaram. Deus vos abençoe!"


Madre Teresa de Calcutá


Faço as palavras dela, as minhas! É só um desabafo, sou a favor da vida...não imagino o porquê de algumas mulheres abortarem... para mim não existe explicação! Só desculpa esfarrapada para fugir da responsabilidade... aborto salvo excessões. 

Cris A Doula: Entrevista com Vanessa, mamãe da Isadora Alana!

Cris A Doula: Entrevista com Vanessa, mamãe da Isadora Alana!: "Mandei para as minhas pacientes um questionário com 10 perguntas, para que elas contem como foi a experiência, o que é mais difícil e tud..."

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!!!

Quero desejar a todos vocês que deram uma passada pelo blog, ou que o acessam diariamente, pai, mãe, gestante, colega de trabalho, um Ótimo Natal!! Muita paz, amor, humildade, muito leite para as novas mães, muita paciência e tranqüilidade para as mães de bebês maiores... Que o menino Jesus faça despertar o bem em cada coração. E que se perceba que o mundo com crianças bem nascidas, com mães bem informadas e empoderadas, com pais interessados e participativos e, com profissionais da área da saúde, mais humildes e pacienciosos, concerteza o mundo será cada vez melhor!! Tudo começa na hora de nascer!
Beijus em cada um! Que todos os sonhos se tornem realidade...HOHOHO!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Aleitamento materno


DEFINIÇÕES


É fundamental que haja uma uniformização com relação às definições dos diversos padrões de aleitamento materno. Em 1991, a OMS  estabeleceu indicadores bem definidos de aleitamento materno, que têm sido utilizados no mundo inteiro. São as seguintes as categorias de aleitamento materno internacionalmente reconhecidas:
– Aleitamento materno exclusivo: a criança recebe somente leite humano de sua mãe ou leite humano ordenhado, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, suplementos minerais ou medicamentos;
– Aleitamento materno: a criança recebe leite humano (direto da mama ou ordenhado);
– Aleitamento materno complementado: a criança recebe leite materno e outros alimentos sólidos, semi-sólidos ou líquidos, incluindo leites não humanos.
As categorias aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno predominante juntas formam a categoria, na língua inglesafull breastfeeding , ainda sem tradução consensual para o português.
Embora não haja uma definição oficial para alimentos suplementares e complementares, nesta revisão o termo suplemento é utilizado para água, chás e/ou substitutos do leite materno oferecidos a crianças nos primeiros meses de vida; e complemento se refere a alimentos indicados para complementar o leite materno a partir dos seis meses de vida.

Duração da amamentação


Vários pesquisadores têm tentado inferir a duração da amamentação na espécie humana se não houvesse a influência da cultura. De acordo com diversas teorias - baseadas em informações de primatas não humanos, principalmente gorilas e chimpanzés, que têm 98% da sua carga genética idêntica à do homem - o período natural de amamentação para a espécie humana ficaria entre 2,5 e 7 anos . Estudos etnográficos mostram que as crianças tradicionalmente eram amamentadas por 3 a 4 anos, e que usualmente elas deixam de mamar por conta própria nesse período quando lhes é permitido mamar de acordo com a sua vontade.
A OMS recomenda amamentação exclusiva por 6 meses e complementada até 2 anos ou mais. Existem evidências de que não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos 6 meses (salvo em alguns casos individuais), podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança (para maiores detalhes e referências, veja o artigo "Alimentação Complementar" deste suplemento). Por isso, vários países já adotam oficialmente a posição de que a amamentação exclusiva deve se estender até em torno dos 6 meses, inclusive o Brasil .
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo uma importante fonte de nutrientes , além de continuar conferindo proteção contra doenças infecciosas.

Por que amamentar é importante


São inúmeras as vantagens da amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade em geral.
O efeito mais dramático da amamentação se dá sobre a mortalidade de crianças pequenas, graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno, que protegem contra infecções comuns em crianças como diarréia e doenças respiratórias agudas.
A associação entre mortalidade infantil e ausência de aleitamento materno é modificada por diversos fatores de ordem demográfica, socieconômica, dietética e ambiental. A proteção conferida pelo leite materno contra mortes infantis é maior em crianças pequenas, exclusivamente amamentadas, residindo em locais onde há pobreza, promiscuidade, água de má qualidade e alimentos contaminados e de baixa densidade energética. Na Malásia, por exemplo, o número de mortes devido à alimentação com leite não humano de crianças menores de 1 ano foi estimado em 28 a 153 para cada 1000 crianças nascidas vivas, dependendo das condições sanitárias e do acesso à água potável.
Uma meta-análise recente, baseada em seis conjuntos de dados provenientes de 3 continentes (Brasil, Filipinas, Gambia, Gana, Paquistão e Senegal), mostrou uma mortalidade por doenças infecciosas 6 vezes maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas, quando comparadas com crianças alimentadas no peito. A proteção diminuía à medida que a criança crescia, variando de 1,4 a 4,1 em crianças de 2 a 12 meses e de 1,6 a 2,1 no segundo ano de vida. A proteção contra mortes por diarréia foi muito maior que a proteção contra mortes por infecções respiratórias nos primeiros 6 meses. Contudo, após esse período, a proteção contra mortes por essas duas doenças foi semelhante. O estudo chama a atenção para o fato de que, enquanto a proteção contra mortes por diarréia diminui dramaticamente com a idade, a proteção contra mortes por infecções respiratórias se mantém constante nos primeiros 2 anos de vida.
O aleitamento materno previne mortes desde os primeiros dias de vida, como comprova um estudo europeu multicêntrico sobre mortalidade por enterocolite necrotizante. Recém-nascidos pré-termo não amamentados ou em aleitamento misto tiveram uma chance 10,6 e 3,5 vezes maior de morrer por enterocolite, respectivamente, quando comparados com seus pares amamentados exclusivamente.
Além de diminuir a mortalidade, o leite materno protege contra incidência e gravidade das diarréias, pneumonias, otite média, diversas infecções neonatais e outras infecções.
Em documento recente, a Academia Americana de Pediatria  cita, entre os benefícios já mencionados, uma possível proteção do aleitamento materno contra a síndrome da morte súbita do lactente, o diabete insulino-dependente, a doença de Crohn, a colite ulcerativa, o linfoma, as doenças alérgicas e outras doenças crônicas do aparelho digestivo.
Além da proteção contra as doenças, o leite materno propicia uma nutrição de alta qualidade para a criança, promovendo o seu crescimento e desenvolvimento. É importante lembrar que as crianças amamentadas podem apresentar um crescimento diferente do das crianças alimentadas artificialmente. Por isso, a curva do National Center for Health Statistics (NCHS) foi considerada inadequada para uso em crianças em amamentação exclusiva, por ter sido construída com crianças cuja alimentação não era leite materno exclusivo. As crianças amamentadas exclusivamente ao seio, mesmo nos países desenvolvidos, apresentam uma diminuição no escore z do índice peso/ idade da curva de crescimento do NCHS a partir do terceiro mês, que persiste até o final do primeiro ano de vida. O mesmo ocorre com o indicador comprimento/idade, porém com uma diminuição menos acentuada e uma tendência a se estabilizar ou mesmo aumentar após o oitavo mês. A OMS está empenhada na elaboração de novos padrões de referência de crescimento, cujos dados já estão sendo coletados em 6 locais diferentes (Brasil, Estados Unidos, Noruega, Gana, Omã e Índia) a partir de crianças alimentadas com leite materno exclusivo até, pelo menos, os 4 meses, e complementado até, no mínimo, 1 ano.
A associação entre aleitamento materno e melhor desenvolvimento foi demonstrada numa meta-análise recente envolvendo 20 estudos criteriosamente selecionados. Essa meta-análise mostrou que, após ajustes para alguns fatores de confusão, as crianças amamentadas tinham escores de desenvolvimento cognitivo significativamente maiores do que os das crianças, em especial os prematuros, alimentadas com fórmula. Essa diferença foi observada desde os 6 meses até os 15 anos de idade, e tinha uma relação direta com a duração do aleitamento materno.
O aleitamento materno também contribui para a saúde da mulher, protegendo contra o câncer de mama e de ovário e ampliando o espaçamento entre os partos. A eficácia da lactação como anticoncepcional é de 98% nos primeiros 6 meses após o parto, desde que a amamentação seja exclusiva ou predominante e que a mãe se mantenha amenorréica. Outra vantagem para a saúde da mulher que amamenta é a involução uterina mais rápida, com conseqüente diminuição do sangramento pós-parto e de anemia.
De fundamental importância para as famílias mais carentes é o fator econômico. O gasto médio mensal com a compra de leite para alimentar um bebê nos primeiros 6 meses de vida varia de 23% a 68% do salário mínimo . A esse gasto deve-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças não amamentadas.
O real impacto social do aleitamento materno é difícil de ser quantificado. Sabe-se que as crianças que recebem leite materno adoecem menos, necessitando de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, além de menos faltas ao trabalho dos pais. Como resultado, a amamentação pode beneficiar não somente as crianças e suas famílias, mas também a sociedade como um todo.
Somente no final da década de 80 ficou claro que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida é mais segura do que outros tipos de alimentação da criança. O efeito protetor do leite materno contra diarréias e doenças respiratórias pode diminuir substancialmente quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer outro alimento, incluindo água ou chás. Isso se deve ao fato de que a criança não amamentada exclusivamente recebe menos fatores de proteção existentes no leite materno, além de receber alimentos ou água, com freqüência, contaminados.
Em Pelotas, RS, um estudo caso-controle mostrou que as chances de morrer eram bem maiores em crianças que receberam outro tipo de leite . O risco de morrer no primeiro ano de vida, por diarréia, foi 14 vezes maior em crianças não amamentadas e 3,6 vezes maior em crianças com aleitamento misto, quando comparadas com crianças amamentadas exclusivamente. Outro estudo mostrou o efeito do uso de leite artificial nas taxas de internação por pneumonia. Em crianças não amamentadas nos primeiros 3 meses, a chance de hospitalização foi 61 vezes maior do que em crianças amamentadas exclusivamente.
A suplementação do leite materno com água ou chás, até pouco tempo considerada inócua, tem se mostrado nociva à saúde da criança. Estudos no Peru e nas Filipinas mostraram que a prevalência de diarréia dobrou quando água ou chás eram oferecidos às crianças menores de 6 meses, quando comparadas com crianças que só recebiam leite materno.
A suplementação do leite materno com água ou chás nos primeiros 6 meses é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes. Mesmo ingerindo pouco colostro nos primeiros 2-3 dias de vida, recém-nascidos normais não necessitam de mais líquidos além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos.
Além de uma maior proteção contra infecções, a amamentação exclusiva é importante sob o ponto de vista nutricional. A suplementação com outros alimentos e líquidos diminui a ingestão de leite materno, o que pode ser desvantajoso para a criança, já que muitos alimentos e líquidos oferecidos às crianças pequenas são menos nutritivos que o leite materno, além de interferir com a biodisponibilidade de nutrientes-chaves do leite materno, como o ferro e o zinco.
Outro importante aspecto relacionado com o padrão de amamentação é a amenorréia pós-parto. Sabe-se que a amenorréia da lactação depende da freqüência e duração das mamadas. Em comunidades onde as mulheres amamentam os seus filhos por curto tempo e iniciam a alimentação complementar precocemente, a duração média da amenorréia pós-parto é menor, bem como o espaçamento entre os partos.
Fonte:
Portanto: amamentar não tem contra-indicação! Faz bem para cabeça, corpo e para o bolso da mãe, além de ser essencial para o bebê crescer e se desenvolver!

Guia do parto normal

Na hora de ter um filho sempre bate aquela ansiedade. A mãe não vê a hora de ver a carinha do bebê – e, por essa ou por outras, acaba concordando com uma cesárea desnecessária. Só quando a criança estiver completamente pronta para nascer é que esse momento deve, de fato, acontecer. Veja por que o parto normal é muito mais seguro



Depois de nove meses de gestação, chega a hora de ter o bebê. Dar à luz é a coisa mais natural do mundo, indica o cartaz do Ministério da Saúde para a campanha Incentivo ao Parto Normal. Mas antes do grande dia chegar, é durante os exames de pré-natal que você deve obter todas as informações para ter um parto seguro.
Embora a cesariana seja recomendada em alguns casos, o método natural (como também é conhecido o parto normal) ainda é a melhor forma de se ter um filho. Além de o parto normal ter custos menores, trata-se de um procedimento de menor complexidade e com menos risco de infecção para as mulheres, quando comparado à cesárea, explica a ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo e médica do Hospital Israelita Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.
De acordo com dados de 2002 do Sinasc (Sistema de Informações de Nascidos Vivos), o índice de cesarianas no Brasil é de 39%. Um valor muito acima dos 15 % recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Escolher o parto normal é um ganho para você e para o bebê.
Benefícios do parto normal
Algumas mulheres têm pavor só de ouvir a palavra parto natural. O grande medo são as complicações na hora do nascimento e as dores durante o trabalho de parto. No entanto, hoje em dia, temos a chance de fazer uma analgesia durante o trabalho de parto. Desde que essas mulheres recorram a médicos experientes, os riscos de complicações são bastante minimizados explica a ginecologista.
Os principais benefícios do parto normal são: melhor recuperação da mulher, redução do risco de infecção hospitalar e até uma incidência menor de desconforto respiratório para o bebê. Além disso, o vínculo estabelecido entre mãe e filho é fundamental. Se, logo após o parto, o neném é acolhido e abraçado pela mãe, nesse momento se estabelece o vínculo maternal. Após a cirurgia (cesárea), pegar o neném no colo é dolorido e, como o bebê geralmente é levado para observação, a instalação do vínculo pode demorar mais, explica Daphne Rattner, técnica do Programa Nacional de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
Tudo bem que você não quer ser a Angelina Jolie e ter 6 crianças para cuidar e sustentar. Mas pensar que em caso de cesárea há uma limitação no número de filhos que você pode ter pode ser desagradável. Nenhum médico deixaria uma mãe chegar a realizar seis cesarianas; geralmente as mães são esterilizadas após a terceira cirurgia, explica a técnica.
Saúde da mãe
O índice de morte materna em caso de cesárea é 3,5 vezes maior que em parto natural. Isso é um diferencial importantíssimo na hora de decidir qual o método melhor para você. Os riscos são inerentes à própria cirurgia, a começar pela anestesia, em que a possibilidade de uma reação é imprevisível, adverte Daphne.
Mito
Se você acredita que não pode realizar um parto normal porque já fez uma cesárea, está enganada. Estudos comprovam que você pode sim ter um parto natural sem problemas, com profissionais treinados para acompanhar esses casos. A única recomendação é não utilizar substâncias para acelerar o trabalho de parto ou aumentar a força das contrações, como a ocitocina.
Lembre-se que é super importante deixar que o seu filho nasça quando realmente estiver pronto para isso. O corpo da mulher tem um conhecimento intuitivo de como ter filhos, e a forma natural de parir pode ser muito gratificante para a mãe e seu bebê, garante a especialista.

Casas de parto são apenas para gestantes de baixo risco.

Existem 27 centros de parto natural (CPN) no País, nome dado às casas de parto pelo Ministério da Saúde. Os espaços puderam ser criados a partir da portaria MS/GM nº 985, de agosto de 1999.
Acompanhantes
A maioria das casas de parto aceita mais de um acompanhante na sala. “O número de pessoas não importa, mas recomendamos apenas quem vão contribuir, de alguma forma, com o processo do parto”, diz Thais.
O tempo de trabalho de parto pode ser menor nos casos em que há acompanhantes presentes, de acordo com o Ministério da Saúde. O órgão reuniu 14 estudos científicos, nacionais e internacionais, para sustentar a recomendação. Há também menos risco de depressão pós-parto.
As enfermeiras recomendam ainda outras estratégias bem simples para acelerar o trabalho de parto. “Comer, andar, tomar banho morno de chuveiro”, enumera Thais.
“Dizem que fui corajosa”
A professora de química Eliane Ogata, de 32 anos, teve sua primeira filha há cinco meses, em julho deste ano. Foram 16 horas para Sayuri nascer na Casa de Parto Sapopemba. “Dizem que fui corajosa, mas tudo é mais simples e mais fácil do que se imagina”, afirma.
A ideia do parto natural veio aos poucos. A princípio, Eliane resolveu evitar a cesariana, procedimento cirúrgico e três vezes mais arriscado. Uma pesquisa recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que a mortalidade materna, a necessidade de fazer transfusão de sangue e o encaminhamento dos bebês após o nascimento para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são 2,7 vezes maiores em cesarianas.
Ao optar pelo parto normal, Eliane planejou o nascimento de sua primeira filha no hospital de sua confiança. Contudo, tal atendimento estava fora da cobertura do plano de saúde. Foi então que sua professora de ioga para gestantes recomendou uma visita a um grupo de grávidas, no qual eram compartilhadas informações sobre parto normal.

Lá, a gestante descobriu as casas de parto e o conceito do parto natural. “Minha bolsa estourou às 6h, mas só tive minha filha às 22h15”, recorda. Mas vale à pena. Trinta minutos depois do parto, Eliane já havia tomado banho e resolveu jantar. Logo depois, foi dormir. “Era tudo tranquilo. Só passei o segundo dia na casa de parto porque estava difícil a amamentação. Mas as enfermeiras passavam com milho, canjica, vinham oferecer mesmo estando fora do cardápio”, lembra-se.
Essas longas horas em trabalho de parto somadas aquelas cenas tão propagadas pelo cinema, das mulheres berrando de dor ao dar à luz, são argumentos recorrentes entre as mulheres que optam pela cesariana. Tal procedimento representa cerca de 80% dos nascimentos no sistema privado de saúde na capital paulista.


http://delas.ig.com.br/saudedamulher/casas+de+parto+sao+apenas+para+gestantes+de+baixo+risco/n1237847553956.html

Parto natural é três vezes mais seguro!

Pesquisa da OMS mostra que cesarianas desnecessárias aumentam risco para mãe e bebê



Em meio à epidemia de cesarianas que enfrenta o Brasil, segundo palavras do próprio Ministro da Saúde José Gomes Temporão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de divulgar um novo estudo sobre o risco desta opção cirúrgica, quando feita sem necessidade médica: os partos naturais são quase três vezes mais seguros para mães e bebês.
A pesquisa feita com 107 mil mulheres, todas da Ásia, identificou que quando a criança nasce por meio das cesáreas sem indicação por quesitos médicos, a mortalidade da mãe, a necessidade de fazer transfusão de sangue e o encaminhamento dos bebês após o nascimento para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são 2,7 vezes com mais freqüentes.
O alerta foi feito com base em um índice alarmante: 27,3% das asiáticas avaliadas na pesquisa foram submetidas a cesarianas, taxa alta comparada aos 15% preconizados pela OMS, porém bem inferior ao índice encontrado entre as brasileiras. Do total de partos no País, 43% são cesáreas. Quando na conta entram apenas os procedimentos realizados em maternidades particulares, o registro sobe para 84%, informou ano passado a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Comissão do parto natural
O índice é recordista mundial, afirma o Conselho Federal de Medicina (CFM) e, apesar dos esforços do governo para reduzir as taxas, o efeito foi inverso. O cenário é de aumento de cesarianas já que em 2000, 80% dos partos em unidades privadas em saúde eram deste tipo.
Em muitos casos, lamentam os especialistas, a escolha pela cesárea é por motivos banais. Data de aniversário no mesmo dia do que a mãe, agendas complicadas, mês ou signo preferidos já apareceram como justificativa. Ano passado foi noticiado que alguns casais marcaram a cesárea para o dia 09/09/09 só por causa do ineditismo da data.
A atriz e apresentadora Fernanda Lima foi escalada pelo Ministério da Saúde para tentar ajudar na mudança de quadro. Na época em que estava grávida de gêmeos, ela fez propaganda sobre a importância do parto natural. A causa também virou bandeira do CFM que criou no final do ano passado uma comissão especial para cuidar do assunto.
“Fizemos um fórum em novembro de 2009 e reunimos obstetras, pediatras e mulheres para tentar reverter o quadro, em uma parceria sugerida pela ANS”, afirmou o médico pediatra José Fernando Vinagre, coordenador da Comissão de Parto Natural do CFM. “Já sabemos que para a reversão dos índices precisamos que os hospitais tenham condições de oferecer excelência no atendimento e realização do parto natural. Por isso, este ano, começamos a visitar as maternidades por todo País e vamos fazer uma ampla pesquisa com os obstetras para identificar quais são as principais demandas e falhas atuais”, completou Vinagre. A pesquisa deve ser concluída em julho e a esperança do Conselho e traçar outro paradigma de maternidade.
9 horas contra 90 minutos
Com relação aos médicos, a rotina atribulada de trabalho – mais de 70% atuam em dois ou mais empregos revelou censo feito pelo Conselho de Medicina de São Paulo – pode ser um dos motivos. É sabido que alguns trabalhos de parto chegam a durar nove horas e a maior parte das cesáreas podem ser feitas em uma hora e meia. Apesar disso, as vantagens do parto natural são incalculáveis, informa o Ministério da Saúde.
Estudos internacionais já demonstram que fetos nascidos entre 36 e 38 semanas, antes do período normal de gestação (40 semanas), têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, em conseqüência, acabam precisando de internação em unidades de cuidados intermediários ou mesmo em UTIs neonatais. Além disso, no parto cirúrgico há uma separação abrupta e precoce entre mãe e filho, num momento primordial para o estabelecimento de vínculo.
Males da mulher moderna
Entender os motivos que fazem as mulheres priorizarem a cesariana também foi o foco de uma enquete realizada por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Eles acompanharam de perto 23 grávidas que acabaram fazendo cesárea. Ao perguntar a opinião delas sobre o aumento crescente de mulheres que fazem uma cesárea, o principal fator foi o medo das dores do parto e o desconhecimento das vantagens do parto normal. “Algumas mulheres do setor privado destacaram a possibilidade de programar o parto devido à vida agitada da mulher contemporânea, em vez de esperar pela imprevisibilidade do parto normal”, afirmam os pesquisadores nos Cadernos de Saúde Pública, veículo em que o estudo foi publicado.

Fonte: 
http://delas.ig.com.br/saudedamulher/parto+natural+e+tres+vezes+mais+seguro/n1237535613594.html

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Bebês de muitas necessidades !!

Estava eu passando pela comunidade do orkut " Soluções para noites sem choro", e vi o tópico: " Como é o seu bebê? Precisa de muitos cuidados?". E eu pensei "Sim!!" . E como precisa... Sofia é uma criança que precisa de atenção constante, de segurança, suporte. Bem diferente do meu primeiro filho Bê. Tudo foi relativamente tranqüilo... claro que ele mamava muito, mas é assim mesmo, eu tinha que suprir as necessidades dele. Mas ele brincava por um tempo no cercadinho, me deixando respirar de vez em quando.
Sofia não! Desde que nasceu sempre foi muito exigente, era (vou explicar o ERA mais tarde) o tempo tooooodoooo no colo,  não era nem pra mamar, sim para cheirar, se sentir segura, acalentada! Tentei fazê-la dormir no berço ( Bê dormiu até o 6º mês no berço depois não quis mais, era com nós, na cama), deixando ela se acostumar com o local, coloquei rolinhos para ela se sentir mais segura... se ela dormia uma hora era muito. Tentamos no carrinho, no lado da minha cama, ai sim, dormia por umas 3 horas seguidas. Com o tempo não deu pra enrolar mais! Afff...coloquei ela comigo na cama e pronto! Dormimos até hoje (ela tem quase 1 ano, hoje) muito bem, obrigada! Até que de vez em quando ela dorme no berço, por umas 5-6 horas seguidas! Bem, Sofia ainda quer colo, maaaaassssss como está aprendendo a caminhar, nos dá a mãozinha e Ai se não levamos ela para um passeio! São gritos, berros...nossa! Comida é complicado, hora quer e hora não quer. Claro que ela não despensa o "tetão"! Enfimmmm... Sofia é a minha bebê de muitas necessidades, que eu AMOOO, demais, e daqui a pouco não vai estar mais na minha saia. Então, vou "estragá-la" bastante, assim como fiz com o meu filho e ainda faço!
Deixo pra vocês uma texto traduzido pela Dra. Andréia C.K. Mortensen, que fala exatamente sobre isso:



O que são “bebês high need "- a história de nossa bebê Hayden (Sears)


Nossos três primeiros filhos eram relativamente "fáceis". Eles dormiam bem e tinha rotinas de comer bem previsíveis. Suas necessidades eram fáceis de identificar e satisfazer. Na realidade, eu comecei a suspeitar que os pais que vinham em meu consultório pediátrico reclamando de seus bebês difíceis, que choravam muito, estavam exagerando! “Por que toda essa dificuldade com bebês?”, eu me perguntava.

COMO ELA AGIA

Então veio Hayden, nosso quarto bebê, cujo nascimento mudou nossas vidas. Nossa primeira dica que ela seria diferente veio em um ou dois dias. "Ela só quer colo," se tornou a frase frequente de Martha. Amamentar para Hayden não era somente fonte de alimento, mas de conforto. Martha se tornou uma chupeta humana. Hayden não aceitaria nenhum substituto. Ela estava constantemente no colo e no peito- e essa rotina constante se tornou muito cansativa. Os choros de Hayden não eram meros pedidos, eles eram exigencias! Amigos com boas intenções sugeriam, "Simplesmente ponha-a no berço e deixe-a chorar." Aquilo não funcionou mesmo. Sua persistência extraordinária a fez continuar chorando, chorando. Seu choro não diminuiu, pelo contrário, se intensificou. E nós não respondemos.
Hayden era excelente para nos ensinar o que precisava. "Contanto que a segurassemos, ela estaria feliz”, se tornou nosso slogan sobre como cuida-la. Se tentassemos deixa-la chorar, ela choraria mais e mais alto. Nós jogavamos o jogo ‘passe o bebê’. Quando os braços de Martha não aguentavam mais, ela vinha para os meus.
Hayden se tornou presente sempre em meus braços, no peito e nossa cama. Se tentássemos tirar uma pausa dela, ela protestaria contra qualquer babá. O slogan da vizinhança se tornou: Todo lugar que Bill e Martha vão Hayden vai atrás. Nós a apelidamos de "Bebê Velcro." Hayden nos abriu como pessoas. A virada veio quando nós fechamos os livros sobre como criar o bebê e abrimos nossos corações a nossa filha. Ao invés de ficar na defensiva com medo de mimá-la demais, nós começamos a ouvir o que Hayden estava tentando nos dizer desde o momento que saiu do ventre: "Oi, mamãe e papai! Vocês foram abençoados com um tipo diferente de bebê, e eu preciso de cuidados diferentes. Se vocês me derem esses cuidados, tudo vai ficar bem. Mas se vocês não derem, nós estaremos em longos conflitos." Logo que descartamos nossas idéias pre-concebidas de como bebês devem ser, e aceitamos a realidade que como Hayden era, nós nos entendemos muito melhor. Hayden nos ensinou que bebês não manipulam, eles comunicam.

COMO NOS SENTIMOS

Se Hayden fosse nossa primeira filha, nós teríamos concluído que era nossa completa culpa que ela não conseguia se confortar, porque éramos pais expirantes. Mas ela era nossa quarta filha, e dessa vez nós achávamos que sabíamos como cuidar de uma criança. Ainda assim, Hayden provocou que duvidássemos de nossas habilidades como pais. Nossa confidência foi defiando ao mesmo tempo que nossas energias se esgotando. Nossos sentimentos sobre Hayden eram tão erráticos como seu comportamento. Alguns dias éramos empatéticos e cuidadosos, outros dias estávamos exaustos, confusos e ressentidos das suas exigências constantes. Esses sentimentos confusos era estranhos para nós, especialmente após já ter criado tres outros “bebês fáceis”. Logo ficou óbvio que Hayden era um tipo diferente de bebê. Ela era “alimentada” de modo diferentes dos outros bebês.

O QUE FIZEMOS

Nosso desafio foi descobrir como uma mãe e pai dessa pessoa única conseguiria salvar alguma energia para nossos outros 3 filhos- e para nós mesmos.
Nosso primeiro obstáculo foi superar nosso passado profissional. Nós fomos educados na década de 60 e 70, então somos vítimas do tipo de ‘parenting’ que prevalecia na época- o medo de mimar, estragar. Nós entramos no mundo da paternidade e maternidade acreditando que era obrigatório controlar nossos filhos, senão eles nos controlariam. E havia um medo terrível de ser manipulados. Nós estávamos perdendo controle? Hayden estava nos manipulando? Consultamos livros, um exercício inútil. Nenhum livro sobre criação de bebês continha um capítulo sobre Hayden. E a maioria dos autores homens ou tinham passado da idade de criação de filhos, ou pareciam muito distantes do dia-a-dia de cuidados com bebês. Ainda assim éramos dois adultos com experiência, cujas vidas estavam sendo comandandas por um bebezinho.
Um amigo nosso psicólogo que estava nos visitando comentou sobre os choros de Hayden: "Nossa, seu choro é impressionante, ela não chora de modo bravo, como se exigisse algo, mas num modo esperançoso, como se ela soubesse que ela seria ouvida."
Hayden nos fez re-avaliar nosso trabalho como pais. Nós pensávamos que um pai ou mãe efetivos precisava estar sempre com controle da situação. Então percebemos que essa tendência era auto-derrotadora. Essa postura assume que existe um adversário na relação mãe/pai e bebê: o bebê está “determinado a te dominar”,então é melhor que eu domine primeiro. Hayden nos fez perceber que nosso papel não era de controla-la. Mas sim de cuidá-la e ajudá-la a se controlar.
Nosso trabalho como pais não era de mudar Hayden para um clone comportamental de outro bebê. Seria errado tentar mudá-la. (Quão sem graça seria esse mundo se todos os bebês agissem igual!). Seria melhor expandir nossas expectativas e aceitá-la do jeito que ela é, não do jeito que nós queríamos que ela fosse. Nosso papel como pais era como o de um jardineiro: não podemos mudar a cor da flor ou o dia de florescer, mas podemos plantar as sementes e aparar a planta de modo a florescer lindamente. Nosso papel era ajudar no comportamento de Hayden e nutrir suas qualidades especiais, então ao invés de serem defeitos esses traços temperamentais funcionariam no futuro em sua vantagem.
Onde ela deveria dormir? Ela acordava mais e mais, até que uma noite ela acordou de hora em hora. Martha disse, "Eu não me importo o que o livro diz, eu preciso dormir!!" Em seguida aconchegou Hayden do ladinho dela em nossa cama. Uma vez que descartamos a cena de um bebê que se auto-conforta dormindo sozinho no berço, todos nós dormimos juntos e felizes. Nós descobrimos que temos que ser seletivos nas pessoas que nos condoemos.
Quando discutimos nossos dilemas de como criar Hayden com nossos amigos, nós nos sentimos como se ela fosse o único bebê no mundo que não conseguia se satisfazer sozinha durante o dia ou se auto-tranquilizar durante a noite. Concluimos que ninguém poderia entender um bebê como Hayden ao menos que tivessem um bebê como Hayden. Eventualmente, Martha encontrou algumas amigas que pensavam de modo semelhante e se rodeou de amigos que nos apoiavam.
O que chamá-la? Hayden não se ajustava nas “classificações” existentes. Ela não era realmente uma bebê "inquieta, chorona", contanto que tivessemos-a no colo e atendessemos suas necessidades. "Espirituosa" era equivocado, todo mundo quer um bebê espirituoso. Ela não tinha "cólicas," porque não parecia ter dor. Nem a palavra "difícil" era realmente verdade; alguns poderiam implorar para ser diferente, mas nós achamos que segurar e ficar perto de um bebê a quem nos tornamos tão apegados não era tão difícil assim. Além disso, esses nomes eram tão negativos para essa pessoinha que parecia saber tão positivamente o que ela precisava e como obter. Não foi até muito anos depois, após conversar com dezenas de pais de bebês que também tinham uma necessidade tão grande de mamar frequentemente, de serem abraçados muito, de precisarem de muito contato humano a noite, que o termo “criança com altas necessidades” nos atingiu. Isso descreve da melhor forma esse tipo de bebê que Hayden era e o tanto de cuidado maternal/paternal que ela precisava.
No meu consultório pediatrico descobri que o termo "criança de altas necessidades" era psicologicamente correto. Quando pais totalmente exaustos chegavam no meu consultório para aconselhamento sobre seus bebês exigentes, eles já tinham recebido uma montanha de negativas: "Você dá muito colo a ela," "Deve ser seu leite," "Ela está te controlando." Todas frases tinham uma mensagem oculta de "bebê ruim e pais ruins." Eles se sentiam culpados de algum modo pelo modo que seus bebês agiam assim. Assim que eu pronunciava o diagnóstico "criança com altas necessidades," eu podia ver o alívio em suas faces. Finalmente, alguém tinha algo bom para falar do meu bebê! "Altas necessidades " soava especial, inteligente, único, e põe o foco na personalidade do bebê, aliviando pais da culpa em acreditar que seu bebê agia desse modo por causa de seu modo de ser pai ou mãe. Ainda mais, "altas necessidades" sugeria que havia algo que os pais poderiam fazer para ajudar o bebê. Ressalta a idéia de que esses bebês simplesmente precisam de mais: mais toque, mais compreensão, mais sensibilidade, mais ‘attachment parenting’.
O problema do controle. Hayden causou bem cedo que nós re-avaliassemos a questão do controle. Gradualmente descobrimos que uma criança não pode controlar seus pais, ou os pais controlarem a criança. Ainda assim os pais devem controlar as situações, porque quando não há limites, a vida em família é um desastre. Nós precisávamos estar no controle de Hayden, fornecer-lhe as "regras da casa" e então controlar seu ambiente de modo que não ficaria impossível para que ela cumprisse essas regras. O que nos ajudou a se livrar desse medo-de-estragar e medo-de-ser-manipulado foi perceber que era melhor errar pelo lado de ser reativo demais e responsivo demais do que de menos. Enquanto trabalhavamos desenvolvendo um equilíbrio de respostas apropriadas, haviam vezes que respondiamos muito tarde, e outras vezes que respondíamos rápido demais. Mas sentimos que na dúvida, era melhor sempre responder. Crianças que são talvez mimadas um pouco (como muitos primogênitos geralmente são), vão desenvolver uma imagem saudável e confiar em seus pais. Com essa base é mais fácil recuar um pouco enquanto tenta-se criar um balanço saudável entre as necessidades dos pais e as da criança. O filho de pais que respondem pouco desenvolvem uma imagem pobre de baixa estima, e uma distância se cria entre pais e filho. Essa situação é difícil de consertar. Eu nunca tinha ouvido pais em meu consultório pediátrico dizerem que eles desejavam que não tivessem que dar tanto colo ao bebê. Na verdade, a maioria, se pudessem voltar no tempo, teriam dado mais colo a eles.
Nós não estavamos preparados para a criança com opinião fortíssima que encontraríamos em Hayden. Nossos outros filhos mais velhos tinham respondido bem a dicas verbais, mas Hayden parecia não nos ouvir. Então, ao invés de repetir constantemente "não, não toque " (o que era fútil), nós a ensinamos que na casa toda existiam os pontos “sim, toque”, e “não, toque”. Nosso trabalho era fazer os locais "sim, toque" mais acessíveis a ela que os locais proibidos, então ela poderia aprender a se controlar. Hayden conseguia operar seus controles internos num ambiente que tinha ordem e estrutura em certo ponto (cada casa faz isso de modo diferente). Quando ela teve oportunidade de se comportar apropriadamente independente de infinitos nãos de nossa parte, ela começaria a ter um senso de seus próprios controles internos.
Nossas necessidades x suas necessidades. Na metade do primeiro ano de Hayden percebemos que ser pais de um bebê de altas necessidades poderia ter um efeito "para melhor ou para pior " na relação marido-mulher. Facilmente as coisas saiam do controle. Uma criança de altas necessidades pode facilmente dominar a casa. Havia épocas em que Martha se arriscou se “queimar” de tanto se doar. Um aviso de um incêndio vindo era Martha dizendo: "Não tenho nem tempo para um banho, Hayden precisa tanto de mim." Para sanidade de Martha, e no final das contas para sanidade da família toda, eu tinha que lembra-la, "O que Hayden precisa mais é de uma mãe feliz e descansada." Não era suficiente somente orar. Além de dedicar-se intensamente na casa e com as outras crianças, eu pegaria Hayden e cuidaria dela quando podia. Eu levaria ela para um passeio assim Hayden poderia ficar longe das vistas e mente de Martha por um tempo.
Ter uma criança de altas necessidades nos ajudou amadurecer a comunicação um com o outro. Houve sempre o dilema "suas necessidades ou nossas necessidades ". Nós tivemos que roubar tempo para nós mesmo, percebendo que mesmo o melhores pais ou mães pode ser minado se o casamento falha. Vi quão importante era para Martha que validassem suas atitudes de mãe. Eu sempre oferecia-lhe frases como "Você sabe melhor que ninguém”, mas também quando a vi esgotando suas energias sentia que tinha que intervir e ajudar. Eu me intrigava quando é que teria minha esposa de volta, mas percebi que não poderíamos voltar essa fita. Eu era um adulto, e Hayden passaria nesse estágio somente uma vez.
O pagamento. Hayden cresceu de uma criança de “altas necessidades” e uma adolescente super energética, e se formou na faculdade de (adivinhe) drama. Sua vida como bebê está em nosso livro THE FUSSY BABY. Ela as vezes abre esse livro e mostra a seus amigos, "Essa sou eu." Na noite de formatura enquanto pousava para foto, parecia tão adulta em seu vestido longo. Eu murmurei a Martha, "Bebês de alta necessidade completam," e essa mulher adolescente-adulta piscou para papai. Enquanto eu a escoltava pelo corredor para seu baile de formatura, nossas mentes e corações se encheram de lembranças daquelas cenas incontáveis de cansaço dos tempos de bebê e infância. Enquanto eu entrava na igreja de braços dados com meu “Bebê chorão” para transferí-la para o homem dos seus sonhos, percebi que essa mulhere madura e talentosa iria agora doar a seu companheiro e seus filhos o estilo de cuidado que nós tínhamos lhe dado. Martha e eu olhamos um para outro e pensamos, "Foi um caminho longo e difícil, anos com esse bebê no colo, peito, em nossa cama, muitos confrontos de disciplina, e esses anos todos de paternidade e maternidade com muito apego produziram uma pessoa confiante, misericordiosa, carinhosa. Valeu a pena.”

Retirado de : http://solucoes.multiply.com/journal/item/34

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