quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Matéria Folha on - line: Massagem na gravidez traz alívio, mas requer cuidados específicos

A gravidez é, sem dúvida, um momento muito especial, mas tem lá os seus desconfortos. Mesmo quando tudo está dentro do programa, em termos da saúde da mãe e do bebê, há alguns aspectos, considerados normais e fisiológicos, que interferem no bem-estar da grávida.
A retenção de líquidos, que causa inchaço e sensação de peso nas pernas, as costas que doem, principalmente na região lombar, e as interrupções no sono pela dificuldade de encontrar uma boa posição para dormir quando a barriga cresce são queixas comuns.
Uma sessão de massagem é uma boa forma de minimizar esses males. A mais popular na gravidez é a drenagem linfática, para diminuir o inchaço. Mas há outras técnicas com bons efeitos, que são menos utilizadas, ou por serem menos conhecidas ou por medo de que possam causar algum dano ao bebê.
Embora todas as técnicas devam ser aplicadas com cuidados e restrições específicas para a gestação, algumas trazem preocupações maiores: na reflexologia e no shiatsu, por exemplo, a massagem de determinados pontos pode estimular contrações uterinas antes da hora. No entanto, quando são feitas por um bom profissional, contribuem para o bem-estar da grávida.
A Folha conversou com especialistas para saber as particularidades de cada tipo de técnica durante a gravidez. Em todos os casos, a gestante deve perguntar a seu médico se e quando pode fazer a massagem. Leia a seguir sobre cada uma delas.
Drenagem linfática
É muito recomendada por diminuir a retenção de líquidos comum nas gestantes. Pode ser feita nos noves meses, mas não tem efeito preventivo. "Diminui o inchaço temporariamente, mas quem tem propensão continuará com o problema", diz Mary Nakamura, professora de obstetrícia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
É contraindicada para grávidas com hipertensão não controlada, insuficiência renal, trombose venosa profunda, infecções de pele e erupções cutâneas. Como a hipertensão pode surgir subitamente, Miriam Zanetti, fisioterapeuta do grupo de pré-natal da obstetrícia fisiológica da Unifesp, recomenda que a pressão seja aferida antes de cada sessão.
A grávida deita de lado, de preferência do esquerdo. O abdômen é evitado e a massagem deve ser superficial.
Shiatsu
Os pontos que correspondem a diferentes órgãos do corpo são os mesmos da acupuntura. Entre os que podem levar ao aborto e não devem ser estimulados, estão os relativos ao intestino grosso e ao baço-pâncreas.
A fisioterapeuta e acupunturista Sabrina Rodrigues, do Shiatsu Luiza Sato, diz que muitos médicos contraindicam a massagem no primeiro trimestre, mas que, se aplicada por terapeuta qualificado, pode ajudar inclusive nessa fase. "É possível reduzir o enjoo do começo da gravidez", afirma.
A massagem também favorece a circulação, alivia dores lombares e diminui a ansiedade.
A sessão começa com a pessoa sentada e, depois, deitada na cama -por até dez minutos de costas, caso não se sinta mal, e de lado no restante do tempo.
Automassagem
Não tem efeito terapêutico, mas pode aumentar o bem-estar. "Ela melhora a autoestima, que sofre muito impacto na gravidez", diz Hugo Sabatino, professor de ginecologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Um estudo da universidade e da empresa de cosméticos Natura mostrou que, enquanto a massagem relaxou intensamente 75% das gestantes, o banho teve esse efeito em 57%; 91% relataram melhora na qualidade do sono.
Flávia Guimarães, médica do Instituto do Sono de Campinas, diz que, a partir do sexto mês, o sono é fragmentado. "A massagem é interessante pois há pouco a ser feito nesse caso."
Luna Weyel, 28, que teve seu filho Davi no último dia 5, fez automassagem durante toda a gestação. "Era super-relaxante e me preparava para dormir bem", conta.
Massagem pélvica
Novidade na preparação para o parto normal, essa massagem completa os exercícios de fortalecimento do períneo. Alonga as fibras musculares do assoalho pélvico e aumenta a distensibilidade do períneo. "Isso pode evitar a episiotomia [corte na região do períneo para alargar o canal de parto e evitar ruptura dos músculos] no parto vaginal", diz Mary Nakamura, da Unifesp.
A massagem é feita pela grávida, orientada por um especialista. No grupo de pré-natal da obstetrícia fisiológica da Unifesp, a técnica é ensinada.
Miriam Zanetti diz que deve ser feita a partir da 34ª semana de gestação. "O assoalho pélvico ganha alongamento para ser distendido no parto e voltar ao estado normal sem rompimento das fibras musculares", diz.
Massagem relaxante
Boa para diminuir as lombalgias e a ansiedade, pode ser feita durante toda a gravidez. A manipulação precisa ser mais suave do que o usual pois, nas costas, estão os centros de enervação do útero, que não podem ser muito estimulados durante a gestação.
A gestante fica deitada de lado e são colocadas almofadas entre as pernas e sob a cabeça, para garantir uma posição mais confortável. "A grávida precisa estar à vontade. E a manipulação tem de ser suave, não é para sentir dor", diz a naturóloga Camila Vieira, que faz massagem para grávidas no Gama (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa), em São Paulo.
Diferentes técnicas podem ser combinadas, e alguns pontos não devem ser massageados na gravidez porque estimulam as contrações uterinas.
Mesmo evitando esses pontos, Vieira só utiliza a técnica a partir do terceiro mês de gestação -o risco de aborto espontâneo é maior no primeiro trimestre.
Ela acredita que uma sessão de massagem por semana é o suficiente para aumentar o bem-estar. Para Iracema do Nascimento, 36, grávida de 38 semanas do primeiro filho, essa periodicidade já ajuda a diminuir a dor nas costas e a ansiedade. "É também uma massagem no ego: você está se cuidando e cuidando do bebê."
Massagem ayurvédica
Usando princípios da medicina tradicional indiana, essa massagem alonga e relaxa os músculos e melhora a respiração. A fisioterapeuta Marcia Riga, coordenadora técnica do Buddha Spa, em São Paulo, diz que muitos movimentos são baseados nas posições da ioga. Eles podem ser feitos com a grávida deitada de lado ou sentada.
Riga recomenda que a técnica seja usada somente a partir do segundo trimestre. A massagem é feita da cabeça aos pés. Em gestantes, os alongamentos precisam ser realizados com mais cuidado, sem forçar muito. Isso porque alguns hormônios liberados na gravidez relaxam os ligamentos que suportam as articulações, tornando-as instáveis e propícias a lesões.
Para a bancária Jéssica Praum, 32, grávida de 28 semanas, o poder relaxante da massagem é um de seus pontos fortes. "Essa é uma fase de muitas emoções e é preciso ter um tempo só seu para não ficar muito estressada."
Massagem na água
A massagem subaquática é feita em uma banheira em que um profissional direciona jatos de água nas pernas, braços e costas da gestante.
Jona Haertel, diretor clínico do Spa Lapinha, no Paraná, diz que a técnica melhora a circulação e é altamente relaxante. "Na água, o corpo fica 40% mais leve, o que facilita os efeitos da massagem", diz.
Outra técnica é o watsu -ou shiatsu na água. A grávida fica flutuando numa piscina enquanto são feitos movimentos para alongar a coluna. O meio aquático permite que ela fique de barriga para cima. Fora da água, por causa do peso da barriga e da compressão causada no diafragma, essa posição causa desconforto.
Segundo Haertel, esse tipo de massagem não deve ser feito nos três primeiros meses da gravidez. Após esse período, os movimentos ou jatos de água não devem ser muito fortes nem atingir a região abdominal.
Reflexologia
São massageados pontos dos pés que correspondem a partes do corpo. Deve ser feita por um profissional que saiba quais não podem ser estimulados -os do útero, ovário e trompas estão proibidos.
"Mas pode ser útil para estimular o processo digestivo e resolver a constipação intestinal, comum em grávidas", diz Michele Paschui, professora do curso de naturologia da Universidade Anhembi-Morumbi. Também controla a pressão.
Para deslizar
- Óleos e cremes à base de cânfora e arnica podem ter efeito negativo sobre o feto.
- Cremes anticelulite, principalmente os com substâncias vasodilatadoras e cafeína, também não são recomendados.
- O produto deve ter baixo potencial alergênico.
- Produtos sem corantes e substâncias químicas são os mais indicados.
- Os aromas devem ser suaves, pois é comum a grávida ficar com o olfato mais apurado.
Escrito por: IARA BIDERMAN
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u555052.shtml

Reiki na gestação

O Reiki é uma técnica milenar de origem tibetana, simples, poderosa de relaxamento e harmonização, realizada mediante a imposição das mãos do profissional capacitado em determinados pontos do corpo humano chamados de Chakras (centros energéticos). Ela ativa a força vital, fazendo-a fluir livremente pelo nosso organismo. Coloca a pessoa em uma vida mais íntegra, harmônica e feliz. Por essa razão é que muitas gestantes estão procurando o Reiki como uma técnica de reposição energética, harmonização psíquica e cura física a fim de lhes proporcionarem paz e tranqüilidade durante os nove      meses de gestação.
Durante a gestação, o Reiki é uma maneira prazerosa e saudável para futura mãe descobrir o silêncio da paz interior, da consciência do vínculo psíquico e emocional que existe entre mãe e bebê desde o início da gravidez.
A prática não possui nenhum tipo de contra-indicação, pelo contrário, ela é muito favorável para a gestante e o bebê que irá nascer, pois ela melhora a circulação da futura mãe dando um aporte sanguíneo mais favorável para o feto, mais nutriente e oxigênio chegam para o bebê. Diminuem os enjôos, os edemas dos membros inferiores porque melhoram a drenagem linfática, as dores lombares porque relaxa a musculatura, regula o peso e diminuem a ansiedade, insônias e o medo do parto. O Reiki também favorece um parto mais tranqüilo e humanizado sem muitas dores.
A gestante pode tanto aplicar como receber Reiki durante todo o período de gestação. Quando um reikiano está transmitindo Reiki, ele automaticamente recebe os benefícios da energia. Assim, quanto mais a gestante doar ou receber, melhor será para o bem estar dela e da criança.
Após dar à luz, o Reiki auxilia no restabelecimento da recém-mãe, fortalecendo o sistema imunológico, eliminando os inchaços (edemas) porque ativa a circulação e a drenagem linfática e, em casos de depressão pós-parto melhorando o seu estado emocional. Também é indicado para o relaxamento corporal, reduzindo a ansiedade e o estresse.
O bebê também pode usufruir dos benefícios da energia Reiki já no ventre materno, nutrindo-o, protegendo-o e sobre tudo, permitindo uma comunicação fluida e constante com a mãe. Graças a sua inocência, os bebês estão livres dos prejuízos que tanto atormenta a maioria dos adultos. Deste modo, a energia reikiana flui até eles sem impedimentos, naturalmente, sem bloqueios causados pelos problemas da vida moderna.

Por: Francisco Osório Costa Júnior

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Superbactéria resistente a antibióticos já matou pelo menos 18 pessoas no Brasil

Para conter o avanço, a partir de dezembro antibióticos serão vendidos somente com receita médica


Uma superbactéria que infecta pacientes nos hospitais e internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está espalhando medo no Distrito Federal e São Paulo. Em Brasília 135 pessoas estão infectadas com a bactéria. Na capital paulista, estima-se que 90 pessoas já foram contaminadas desde o início do ano. Pelo menos, 18 pessoas morreram por causa da infecção, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em Santa Catarina, não há registros sobre a infecção. 

O uso indiscriminado de antibióticos é a causa da infecção pela Klebsiella pneumoniae Carnapenemase (KPC), conforme especialistas. As autoridades de saúde alegam que a ingestão descontrolada dos medicamentos baixa a imunidade dos pacientes, o que facilita a contaminação pela superbactéria. 

A KPC é a mutação genética de uma bactéria que existe no corpo humano e que, em geral, é inofensiva. Ao sofrer a mutação torna-se resistente à maioria dos antibióticos que deveriam destruí-la. Esses medicamentos destroem as bactérias normais, mas as mutantes sobrevivem e se reproduzem. 

O primeiro caso foi no Recife em 2006. Depois, outros foram registrados no Distrito Federal, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Novos casos estão sendo investigados no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. 

O ministério da Saúde alerta que a higiene é a forma mais eficaz de evitar a infecção. Recomenda-se lavar bem as mãos sempre que sair de um hospital, passar álcool em gel e usar luvas e máscaras para evitar o contágio. 

Antibiótico só com receita 

Para conter o avanço da KPC em outras áreas do país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai editar novas regras que dificultarão a venda de antibióticos nas farmácias brasileiras. As receitas passarão a ser retidas pelas farmácias para evitar a reutilização do documento sem a prescrição do médico. 

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a medida passa a valer a partir de dezembro. 

_ Estamos acompanhando de perto (os casos de contaminação pela KPC). A Anvisa está concluindo uma nova regulamentação a partir da qual o acesso ao antibiótico nas farmácias só se dará por meio de receita médica_ disse Temporão na terça-feira, após a assinatura da criação da secretaria especial de Saúde Indígena.

Quando li esta notícia no clicrbs, me veio o preconceito da maioria dos obstetras, sobre o parto domiciliar. Alegam que o hospital é um "ambiente limpo"... minha casa não é suja! E garanto que mais limpa do que muitos hospitais por aí. Aqui temos bactérias sim! Que fazem bem! Não uma superbactéria! Pensem nisso!

Higiene bucal do bebê


O assunto me veio quando comentei sobre dentes da minha Fifi ,com minha amiga Doula, Shana. O nenê dela, 1 mês mais velho que a minha, já tem dois dentinhos e os de cima parece que não tardam. Ela me comentou que a escovinha de dedo era ótima para estimular a gengiva...claro! Como não me lembrei dela! Depois que li o recado, fui fazer a higiene oral da minha filha, com a escovinha e... Sofia quase dormiu de alívio...querida! 





http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif O que é cárie?
A cárie é uma lesão infecciosa causada pela integração entre baterias e carboidratos fermentáveis, como restos de alimentos, associada a uma higiene deficiente. Essa infecção destrói camada de esmalte protetora do dente. Se não for tratada a  tempo, pode evoluir, atingir a polpa (nervo) e até levar à perda do dente.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Prevenção:
Desde cedo os pais devem cultivar na criança bons hábitos de higiene e estar atento à saúde dos primeiros dentinhos, que precisam ser preservados pois tem o importante papel de preparar a arcada para receber os dentes permanentes.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Sem medo do dentista:
O tratamento odontológico infantil é mais eficaz quando a criança confia no dentista. Capaz de conquistar amizade e inspirar segurança, o odontopediatra obtém de seus pequenos clientes uma atitude cooperativa, que torna o tratamento tranquilo e evita traumas futuros.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Primeira visita ao dentista:.
A partir de um ano, quando já nasceram os primeiros dentinhos, o bebê deve fazer sua primeira consulta. Nesse momento, a mãe recebe orientações sobre dieta, higiene e remoção de maus hábitos como sucção de dedo, excesso de chupeta, uso indiscriminado de mamadeira.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Higienização:
O ideal é higienizar a boca do bebê três vezes ao dia: pela manhã, após o almoço e na hora de dormir. Até os 18 meses, a mãe pode usar gaze ou uma frauda embebida em água filtrada ou em uma solução prescrita pelo odontopediatra. O odontopediatra indica o tipo de escova e o creme dental adequado que, até 4 anos, deverá ser sem flúor.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Flúor:
O  flúor ajuda a fortalecer o esmalte dentário, diminuindo o aparecimento da doença cárie. Mesmo que a criança faça usa de água fluoretada, o odontopediatra pode recomendar um reforço de flúor, com aplicações tópicas feitas em consultório, a cada seis meses, a partir de um ano de idade.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Selante:
O  selante é uma resina fluída, indicada em determinados casos, para cobrir os sulcos e as fissuras de dentes posteriores, difíceis de higienizar. Também se aplica em consultório, como medida de prevenção, a partir dos 4 anos.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Respiração bucal:
A criança que respira pela boca geralmente apresenta deficiência de crescimento da arcada dentária, palato profundo e ogival, alem de alterações musculares na face. A partir dos 3 anos, já é possível fazer um diagnóstico precoce desse distúrbio para iniciar um tratamento o quanto antes.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Ortopedia funcional dos maxilares:
Problemas de oclusão dentária podem ser corrigidos com aparelhos específicos, a partir dos 5 anos. Não é necessário esperar  a troca  definitiva dos dentes. Aparelhos removíveis podem ser indicados durante o crescimento da criança, visando a boa formação da arcada dentária.

http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/images/bullet4.gif Traumatismo:
Quando a criança começa a andar, é comum levar tombos em que bate a boca. Dependendo da intensidade do trauma, se não houver perda total, o dentinho deve ficar mole, escurecer na hora ou mais tarde, e a gengiva pode sangrar . Caso haja necrose da polpa (nervo), é preciso um tratamento de canal para evitar a perda precoce do dente de leite. O mais adequado, seja qual for a intensidade do trauma, é procurar imediatamente o odontopediatra, para uma avaliação clínica e radiográfica.

Dra Lúcia Coutinho

Retirado de: http://www.clubedobebe.com.br/Palavra%20dos%20Especialistas/odp-12-05.htm

Revista Crescer: Agulhas do bem na acupuntura


Os benefícios
A lista de bons efeitos da acupuntura na gravidez é grande. Dependendo do ponto estimulado, ela funciona como analgésico, antiinflamatório ou antialérgico. Também melhora a circulação, que fica mais lenta na gravidez por conta do aumento do fluxo sanguíneo. "Quem tem hipertensão, uma das maiores causas de complicações no último trimestre da gestação, será beneficiada, pois a estimulação dos pontos normaliza e mantém a pressão arterial normal. Enjôos e gastrites são amenizados", esclarece Ysao Yamamura, chefe do Setor de Medicina Chinesa da Universidade Federal de São Paulo. Segundo ele, o que mais faz as grávidas procurar os acupunturistas são as dores nas costas. "Os pontos estimulados, nesse caso, relaxam a musculatura, aliviam a sensação de peso e diminuem a tensão e a ansiedade. Tudo isso corrige a postura e melhora as dores", diz Ysao.
O estado emocional, que pode ficar a mil durante a gravidez com hormônios que aumentam ou diminuem, também só tem a ganhar com a acupuntura. Isso porque, segundo a medicina chinesa, são as emoções muitas vezes as responsáveis por nossos sintomas físicos. Ao tratá-los, elas se equilibram. "A acupuntura está fazendo muita diferença nesta minha segunda gravidez", constata a ginecologista Cacilda Maria de Oliveira Almeida Maia, 42 anos, no sétimo mês de gestação. "O tratamento me ajudou a não ter insônia, a ficar mais centrada, ver tudo com mais clareza. Nada da confusão emocional da primeira vez", festeja.

Para o bebê
Ainda não há estudos mostrando os efeitos da acupuntura para o feto. "Sabemos por experiência de consultório que, quando a mãe fica bem, isso se reflete no desenvolvimento do bebê", afirma o acupunturista Ysao. Segundo ele, alguns médicos se utilizam da técnica até para posicionar o bebê para o parto, quando ele está, por exemplo, sentado na barriga da mãe. "Nessa reta final da gravidez, a acupuntura também ajuda a induzir as contrações para acelerar o trabalho de parto. No nascimento, ela não substitui a anestesia, mas sua aplicação diminui a quantidade de analgésico que a gestante necessita", diz a obstetra Roxana Knobel, que foi responsável pelo Departamento de Acupuntura da Universidade Estadual de Campinas e comprovou esse efeito numa pesquisa com 120 mulheres, no momento do trabalho de parto. "Elas foram divididas em quatro grupos. Em três deles aplicou-se a acupuntura, que foi apenas simulada no quarto grupo. As mulheres que não tiveram o tratamento precisaram de uma dose maior de analgésico", comenta Roxana.

Medo da agulha
Ele pode afastar certas gestantes da acupuntura, pela associação com injeções, mas saiba que a agulha usada não é a mesma. Ela é menor, bem mais fina e entra menos de um centímetro na pele. Além disso, tão descartável quanto a outra. Ou seja, não há risco de contaminações. "Em minha primeira sessão, achei que ia ficar tensa, mas não senti absolutamente nada. No máximo, em alguns pontos, percebi uma certa ardência. E o peso da minha barriga desapareceu", conta a dentista Leila Angélica Ramos Bitar de Oliveira, 32 anos, no oitavo mês de gravidez.
Se agora você já está pensando em considerar a acupuntura na sua gestação, resta um alerta fundamental: certos pontos são considerados perigosos porque estimulam a contração uterina e podem, quando muito usados, levar ao trabalho de parto prematuro. Por isso, o tratamento só deve ser feito por médicos especializados. Para escolher o profissional, peça indicação ao seu obstetra e consulte o site da Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura (www.smbasp.org.br). E uma ótima dica final: alguns convênios médicos cobrem os custos das sessões.

Pós-parto
Nessa fase, a acupuntura reequilibra as funções do organismo e a produção hormonal. O benefício é para a amamentação. "A mulher fica mais tranqüila, o que se refletirá na produção de leite. A acupuntura ainda contribui na cura da mastite, inflamação dos seios comum nesse período", explica a fisiatra especialista na técnica, Adriana Leonardi Barbosa Lima. Segundo ela, como o tratamento atua no sistema nervoso, também ajuda na depressão pós-parto. "Outro benefício é para a pele, porque a acupuntura melhora a circulação e estimula o colágeno. A pele fica mais lisa, as manchas desaparecem mais rápido."

Escrito por: Mônica Brandão
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC724774-2215-2,00.html

Revista Veja: Cigarro pode levar à gestação fora do útero

Risco é quatro vezes maior, devido à substância presente na fumaça do tabaco


Os riscos do cigarro às grávidas são comumente conhecidos. Contudo, uma pesquisa recente alerta para um importante perigo: fumar durante a gestação aumenta em até quatro vezes as chances de o feto se desenvolver fora do útero. Na chamada gravidez ectópica, o bebê se desenvolve em uma das trompas, que não aguenta a pressão, causa hemorragia interna e se rompe, levando à morte prematura da criança e até a futuros problemas de fertilidade.
O estudo da Universidade de Edinburgh observou que uma substância encontrada na fumaça do tabaco, a cotinina, desencadeia uma reação adversa que aumenta a concentração da proteína PROKR1 nas trompas de Falópio. Em quantias normais, a proteína comanda a fixação correta do óvulo dentro do útero. A equipe de cientistas observou que as mulheres fumantes apresentam o dobro de PROKR1, o que impede que os músculos das trompas se contraiam, prejudicando a transferência do óvulo para a região uterina.
“A pesquisa mostra que alguns componentes do cigarro penetram na corrente sanguínea e afetam partes aparentemente desconexas do corpo, como o sistema reprodutivo”, afirma Andrew Horne, um dos responsáveis pela pesquisa, que foi publicada no American Journal of Pathology.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hospital Sofia Feldman beneficia gestantes com curso de doulas

O Hospital Sofia Feldman capacitou mais 42 mulheres para trabalharem na Rede SUS-BH como doulas comunitárias, voluntárias que oferecem apoio físico e emocional às mães antes e depois do parto. A iniciativa, que faz parte da Política Nacional de Hu manização de Assistência ao Parto e Nascimento, é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) e o Ministério da Saúde (MS).

O curso de capacitação teve carga horária de 32 horas-aulas, que são dividas entre aulas teóricas e práticas. Durante as aulas, as mulheres aprendem técnicas de massagens, relaxamento e exercícios físicos. Na segunda parte do curso, cada aluna é direcionada para uma das maternidades da rede pública da capital.

Maria Marcelina Peixoto, 72 anos, dos quais 37 dedicados à enfermagem, viu no curso a chance de voltar para o cotidiano hospitalar. “Depois que me aposentei, senti falta do trabalho e do contato que tinha com outros pacientes. Por isso, decidi fazer o curso para doula. Sempre gostei de ajudar outras pessoas”, disse ela, que seria encaminhada para a Maternidade Odete Valadares.

Já a Agente Comunitária de Saúde (ACS) Solange Cristina Gouveia, 39 anos, que trabalha no Centro de Saúde Venda Nova, pretende aplicar os conhecimentos adquiridos no seu dia a dia profissional. “É importante termos essas noções, pois nós, agentes de saúde, temos o primeiro contato com as gestantes”.

Maria Mazarelo de Freitas, 74 anos, mãe de seis filhos, avó de 16 netos e com dois bisnetos, trabalha há 12 anos como doula. A aposentada, que trabalha no Hospital Sofia Feldman, é uma das instrutoras do curso. Segundo ela, para ser uma boa doula é “fundamental gostar de ajudar outras pessoas”. Perguntada sobre quan tas mães já teria acompanhado ao longo de todo esse tempo, ela sorri e arrisca um palpite. “Foram muitas. Talvez umas cinco mil, não sei”.

Hoje, cerca de 80 doulas estão presentes em seis maternidades de Belo Horizonte que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Odilon Behrens, o Hospital Risoleta Neves, o Hospital Sofia Feldman, a Santa Casa de Misericórdia, a Maternidade Odete Valadares e o Hospital Júlia Kubitschek.

A figura da doula foi implantada pelo Ministério da Saúde como parte de uma política nacio nal de assistência ao parto em 2002. Em 2006, foi adotada pela SMSA. “A iniciativa Doula Comunitária tem como característica auxiliar no resgate do caráter natural e fisiológico do parto e nascimento, permitindo à mulher uma participação ativa neste momento”, explica a psicóloga Júlia Cristina Amaral Horta, referência técnica do projeto das doulas no Hospital Sofia Feldman.


Saúde da mulher

Mais que uma estratégia de humanização no atendimento às futuras mães, a iniciativa tem contribuído para melhorar vários indicadores relacionados à saúde da mulher, como a redução do índice de cesarianas e do tempo do trabalho de parto, por exemplo.

“Estudos internacionais baseados em grandes amostras populacionais já confirmaram que o apoio emocional que a gestante recebe na hora do parto, não apenas da doula, mas também de uma ampla equipe multidisciplinar, reflete diretamente na melhora da saúde da mulher em vários aspectos, como redução do trabalho de parto e também na queda no número de cesarianas”, afirma a médica pediatra Sônia Lansky, coordenadora da Comissão Perinatal da SMSA.

No Hospital Sofia Feldman, por exemplo, que conta com o trabalho das doulas há 13 anos, o índice de mulheres que realizaram o parto normal no primeiro semestre deste ano chegou a 79,3% de um total de 4.772 partos. No último ano, o índice de partos normais entre as seis maternidades da rede SUS-BH também foi positivo e chegou a 73,3%.

Segundo especialistas, o parto normal proporciona uma recuperação mais rápida, o que deixa a mãe mais tranquila, favorecendo assim a lactação. Outra vantagem apontada pelos médicos é a ausência de dores no pós-parto.


Doula

Doula é uma palavra de origem grega que significa “mulher que serve a outra”. São voluntárias com habilidades para cuidar e ajudar outra mulher que está dando à luz. Elas transmitem segurança à mulher para que o parto e o nascimento ocorram da melhor forma possível. Para ser doula é necessário ser do sexo feminino, ser maior de 21 anos e ter disponibilidade para 12 horas de trabalho semanal (plantão diurno ou noturno). As inscrições podem ser realizadas pelos telefones 3277-7722 e 3277-5053.


Reflexos do atendimento das doulas

• Redução do tempo de trabalho de parto

• Redução do uso de medicação para alívio da dor

• Redução do índice de cesárea

• Aumento da taxa de aleitamento materno, exclusivo ao seio

• Resguardo de um tratamento individualizado personalizado à mulher, fortalecendo-a como cidadã diante do aparato médico-institucionalizado

• Maior segurança e satisfação da mulher e de seus familiares durante o trabalho de parto e o puerpério, possibilitando singularidade e emoção no momento do nascimento de uma nova vida

• Incentivo ao resgate da tradição, segurança e simplicidade do parto normal

O médico e a Doula


Entrevista com o Dr. Adailton Salvatore Meira Médico Homeopata, Ginecologista e Obstetra Campinas, SP



Nestes 18 anos de obstetrícia, a observação dos partos e das pessoas que participam deles me fizeram concluir sobre a importância da figura da doula, ou, algumas vezes, doulo. Por isso organizei um curso de formação no ano de 2001, talvez o primeiro curso oficial de formação de doula no Brasil, para ajudar, motivar, difundir, e capacitar mulheres a ajudarem outras mulheres no parto.
A motivação básica que me levou a organizar este curso foi a observação dos resultados dos partos em que houve o trabalho associado do médico e de um acompanhante de parto. Este acompanhante nem sempre era alguém profissional. Às vezes era uma amiga, a mãe, a família (nos casos de mães sozinhas), a preparadora para o parto, a professora de yoga, e muitas vezes meu irmão Dr. Luiz Meira, que me auxiliou em vários partos.
Esta figura sempre existiu na história da humanidade. O parto sempre foi uma ocasião que a parturiente necessitou de ajuda. É incomum que uma mulher faça o seu próprio parto, embora existam alguns exemplos.
Então a primeira questão é falarmos sobre o PAPEL da doula, para que possamos defini-la. Fundamentalmente é alguém que vai estar ao lado da parturiente, sem o compromisso de um oferecer auxilio médico, ou obstétrico. Um auxílio biológico, isso sim. Um apoio afetivo, emocional, segurança. É alguém que vai estar junto para o que der e vier. Mas este papel não está totalmente formatado, por ser uma atuação relativamente recente, e sua entrada na equipe de parto mais recente ainda.
Esta relação com a parturiente vai se fundamentar em 2 vertentes básicas, dois meios de comunicação: verbal e manual. Provavelmente o segundo seja mais importante, porém não podemos diminuir o valor do primeiro. Acho que se complementam. Por isso no curso foram oferecidas várias possibilidades práticas: massagens, toques, trocas, pontos de acupuntura, reflexologia, etc. A doula, na minha opinião, deve saber como ajudar uma parturiente a lidar com a dor e a relaxar.

A evolução da assistência ao parto e no controle da dor

Desde a década de 30 que o Dr. Read ressaltou que o MEDO (desconhecimento) leva à TENSÃO, esta por sua vez leva a DOR que aumenta o medo, e assim perpetua-se o ciclo. A doula vem para aumentar a segurança, quase como uma mãe, trazer segurança e quebrar este ciclo.
Na década de 50 ressaltaram-se no mundo as técnicas de respiração para diminuir a dor (antes da invenção da analgesia de parto), pela prática de um médico francês (Lamaze), que se popularizou com a respiração conhecida como cachorrinho. Ele simplesmente observou que os animais faziam assim no parto, mudavam seu padrão de respiração, que por coincidência é a mesma que se observa na relação sexual...
Na década de 60 Leboyer brindou o mundo com sua poesia e fotos maravilhosas, algumas chocantes que diziam mais que muitas palavras: o bebê também era um SER HUMANO e que merecia respeito, silêncio, carinho e não palmadas para chorar. O bebê sente dor!
Na década de 70/ 80 Michel Odent na França abriu o caminho no tocante ao trabalho associado com as parteiras e uso de água em sala de parto, lançando um livro revolucionário que está sendo traduzido para o português: O RENASCIMENTO DO PARTO.
Creio que mais recentemente tomamos consciência que o excesso de tecnicismo deixou uma lacuna, um espaço vazio, que agora está sendo preenchido pelo trabalho das doulas, que é a atenção sutil ao parto, assistência à parturiente e não a uma barriga ou útero que se contrai.
Precisamos tomar consciência que estamos abrindo um caminho, como bandeirantes, e que isto vai ser custoso. Vai ser aberta uma picada no facão. Vamos gerar uma nova consciência, vamos deixar um rastro com o nosso proceder.
Na verdade os maiores beneficiados serão os casais grávidos que vão dar à luz de uma maneira mais assistida.

Doula como atividade profissional

Existem muitas questões envolvendo o surgimento desta nova função, que é uma atividade profissional, visto existir uma questão terapêutica envolvida, e que a doula, vai deixar sua casa, se locomover, e ficar até 15 ou mais horas trabalhando de uma maneira desgastante para ajudar sua cliente. É um serviço.
O nome DOULA vem do grego que quer dizer "serva", ou a que assiste. Então doula é assistente. Vai ter um vínculo com sua cliente. Ela vai escolher e "contratar" seus serviços. Deve, portanto estar DISPONÍVEL, mesmo que seja de noite, e deve estar LOCALIZÁVEL, com celular ou qualquer outro meio. Vai abrir mão de atividades familiares, pois o parto não tem data nem hora. Acho que futuramente os hospitais vão ter doulas contratadas, para melhorar a qualidade do atendimento em geral.
O vínculo precisa começar na GESTAÇÃO, pois é baseado em uma relação de entrega, de confiança, de fazer os gostos, que devem ser discutidos com antecedência. Então a doula tem que estar preparada para oferecer elementos que vão ajudar esta grávida a se preparar para o grande dia, o dia em que vai dar à luz. Costuma-se comparar com o escalar de uma montanha. Tem que haver treinamento, mas nada vai ser como o grande dia. Somente prenúncios. Vai ter que ensinar a relaxar, a respirar, a se posicionar, a como se relacionar com o sistema de atenção obstétrica, a como "brigar" para que o parto saia da maneira que ela quer... e vai ter que respeitar os gostos e desejos da grávida, mesmo que esta queira uma cesária....
Não creio que para ajudar uma parturiente a doula precise participar e assistir muitos partos. Na verdade o parto não é o objeto de atenção da doula, mas a parturiente. Por isso não vamos ter "estágio" de partos, mas estágio do que fazer na prática, e fazer várias vezes até aprender. Na verdade a preocupação da doula, não é se o parto vai acontecer normal ou cesária, ou como vai nascer o bebê, mas como a gestante vai passar por tudo isto, como vai lidar com o parto que não vai sair do jeito que ela gostaria, como se adaptar aos diferentes sistemas de atenção obstétrica, privados e públicos, com diferentes níveis de permissão.
Em um futuro bem próximo este momento vai entrar para a historia da assistência ao parto como o período que a parturiente e a grávida receberam reconhecimento de suas reais necessidades, emocionais, físicas e de segurança e de afeto.

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