quinta-feira, 26 de maio de 2011

Falsos alarmes para o parto

Você está tão ansiosa para ver o rostinho do seu filho que vai achar que essa hora chegou várias vezes. Veja as situações mais comuns e o que fazer.



Ninguém me contou...
...que eu teria (muitos) falsos alarmes
Você está tão ansiosa para o seu bebê nascer que vai achar que essa hora chegou diversas vezes. Veja as situações mais comuns e o que fazer: 
Tetra Images
Calcinha molhada: pode ser um sinal que a bolsa estourou, mas pode ser também apenas corrimento vaginal. Troque de calcinha ou ponha um absorvente e fique deitada, em repouso. Se for corrimento (tem cheiro de leite azedo e é esbranquiçado), não vai acontecer nada. Se for líquido (cheira a água sanitária e lembra água de coco), vai vazar. Vá para o hospital.
Contrações: se não forem acompanhadas de dor ou ritmadas, acalme-se. São as chamadas contrações de Braxton Hicks, comuns no fim da gestação, e causam desconforto, uma espécie de cãibra.
Sangramento: pode ser o tampão mucoso, que sai até dez dias antes do parto, ou um sangramento mesmo, com sangue vermelho vivo e o fluxo maior ou igual ao de menstruação. Nos dois casos, ligue para o seu médico.
Movimentos fetais: eles diminuem a partir da 38ª semana. Sempre depois que você comer, o bebê vai se mexer. Se você acha que ele está muito parado, fale com o obstetra.
Fonte: Ana Paula Junqueira Santiago, ginecologista e obstetra do Hospital São Camilo (SP) falsos alarmes

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que são picos de crescimento e saltos de desenvolvimento?

 Sabe quando seu bebê que estava tão tranquiliamente descobrindo as coisas, era a criança mais sorridente do planeta e, de uma hora para outra fica choroso, irritadiço, querendo colo mais do que o normal? Não se preocupe ele está passando por mudanças!! E quer local mais seguro para superá-las que é no lado da mamãe, tomando um tetão?!
Encontrei estes informativos no blog da minha amiga/doula Michelle. Ela mora em Biguaçu/ SC e atende a região. O blog dela: http://michelledoula.blogspot.com/
Partilho com vocês, espero que gostem!



terça-feira, 24 de maio de 2011

Seu médico é a favor do parto normal?

Encontrei esta notícia no blog da Pati Fróes, ela é Doula no Rio de Janeiro. O blog dela: http://patifroesdoula.blogspot.com. Leiam a matéria!

Confira algumas perguntas-chave que vai dar a você uma ideia da postura do profissional.
1. Parto normal e cesárea dão na mesma? Por que motivos você faria uma cesárea?  

Deixe-o falar, expor seus métodos. Tem médicos que já começam assim: “Mas parto normal, em São Paulo, que o hospital é longe, e tem trânsito? Não é melhor marcar logo uma cesárea?”. Se não ficar satisfeita com a resposta, cheque depois com a secretária, como quem não quer nada, qual é a taxa de parto normal e de cesárea do profissional. Converse também com outras pacientes. A sala de espera é ótima para fazer essa pesquisa.
2. Qual é a sua taxa de partos normais? Quantos fez este ano? Quanto durou o mais demorado? O ideal é que o médico não titubeie e que, pelo menos em algum caso, tenha esperado o parto acontecer, mesmo que demorado. Estranhe se, ao longo dos vários meses do pré-natal, ele nunca desmarcar uma consulta por estar acompanhando um parto. 
3. Quanto tempo você espera após a 40a semana? Se a resposta for: “Nem um dia, é perigoso!” ou algo próximo disso, desconfie. Se o bebê estiver bem e a mãe idem, esperar 42 semanas é normal. 
4. Que procedimentos você usa na hora do parto? Alguns médicos costumam aplicar soro com ocitocina ou romper a bolsa para acelerar as contrações logo no início do trabalho. Muitos também fazem, de rotina, um corte no períneo (episiotomia), sem avaliar se isso é realmente necessário. São indicações de que o profissional não tem paciência para esperar o parto desenvolver-se normalmente, o que pode demorar até 18 horas. Médicos mais naturalistas deixam o parto acontecer, com o menor número de intervenções possíveis de sua parte. 
5. Vou ter liberdade para escolher a posição na qual me sentir mais confortável ou terei de passar o tempo todo na cama? Deitar de costas com as pernas para o alto é bastante dolorido. Essa posição faz com que o peso do útero comprima vasos sangüíneos localizados nas costas, o que pode provocar falta de ar para a mãe e de oxigenação para o bebê. O ideal é que o obstetra dê à gestante o direito de escolha. Muitas preferem caminhar, sentar ou ficar de cócoras nas contrações. 
6. Quero fazer um plano de parto, dizendo como gostaria que tudo corresse no dia: você assinaria esse documento, me indicaria leituras? O médico deve incentivar a mulher a tomar pé da situação. Para o profissional pró parto normal, quanto mais informação a paciente tiver, melhor. O plano de parto é uma maneira de comprometer seu médico.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cris A Doula: Relato do Parto da Musa!

Parto lindooooo, acompanhado pela minha colega doula, Cris de Melo. Foi de cócoras, o bebê era grande, nasceu com 4350g, direto pra mãe!!! Leiam!

Cris A Doula: Relato do Parto da Musa!: "A Musa me procurou por indicação, ela estava falando como uma amiga sobre doula e essa amiga já tinha ouvido falar de mim e indicou o blog. ..."

Pesquisa mostra relação entre baixos níveis de ocitocina e depressão pós-parto

GENTE, NÃO TEM NADA HAVER COM O HORMÔNIO USADO PARA INDUÇÃO!

RIO - A ocitocina, substância liberada durante o sexo e a amamentação, pode ser a chave para prevenir a depressão pós-parto. De acordo com pesquisadores suíços, mulheres com baixos níveis deste hormônio durante a gravidez são mais propensas a se sentirem deprimidas depois do nascimento do bebê.
A descoberta vem acompanhada da possibilidade de se desenvolver um remédio baseado na substância. Os níveis de ocitocina seriam medidos em mulheres durante a gestação e, naquelas em que ela estiver baixa, o remédio seria usado.
A depressão pós-parto afeta até 19% das mães. Além disso, filhos de mulheres afetadas pelo problema têm maior risco de desenvolver doenças psíquicas no futuro, portanto, qualquer meio de impedí-lo poderia ter grandes implicações. A ocitocina é produzida pelo cérebro durante o sexo, amamentação e o parto. Ela promove os sentimentos de confiança, amor e carinho.
De acordo com o estudo, mulheres com altos níveis de ocitocina consideram mais fácil a adaptação à maternidade. Os pesquisadores suíços analisaram se a escassez da substância química está ligada à depressão pós-parto. 74 mulheres grávidas saudáveis tiveram seus níveis hormonais medidos nos últimos dois e três meses de gestação. Elas também responderam a perguntas elaboradas para detectar os sintomas de depressão e foram entrevistadas de novo 15 após o parto.
A análise descobriu uma clara relação entre os baixos níveis de ocitocina na gravidez e os sintomas de depressão após o parto. Além disso, mulheres que se sentem tristes na gravidez se mostraram mais propensas a brigas após o parto, informa a revista "Neuropsicofarmacologia".
Gunther Meinlschmidt, da Universidade de Basel, na Suíça, disse ao "Daily Mail" que estudos futuros devem investigar se a indução à ocitocina na gravidez diminui os riscos de depressão pós-parto. Ele acrescentou que a identificação destas mulheres no começo da gravidez pode colaborar com intervenções preventivas iniciais e minimizar os efeitos adversos para o bem-estar de mães e filhos. Poderia, no entanto, haver efeitos colaterais do tratamento, já que a ocitocina é usada em hospitais para induzir o parto.
A depressão pós-parto é mais comum em mulheres com um histórico de depressão, nas quais falta apoio na gravidez e cujos bebês precisam de cuidados extras. Também é mais provável em mães de meninos do que de meninas. Pode durar mais de um anos nos casos mais graves, com sintomas variando de ataques de pânico a ideias de suicídio e de ferir o bebê.


Retirado de: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2011/05/12/pesquisa-mostra-relacao-entre-baixos-niveis-de-ocitocina-depressao-pos-parto-924445830.asp

domingo, 22 de maio de 2011

Como ajudar seu filho a dormir em sua caminha...


Trechos extraidos do capitulo “Moving from the family bed to independent sleep” do livro The no-cry sleep solution for toddlers and preschoolers, de Elizabeth Pantley. 
Crianças dormindo juntos com seus pais tem sido natural entre seres humanos desde o começo dos tempos, e ainda eh muito comum em varios paises hoje em dia. Nossa sociedade focalizada em independência leva muitas pessoas a acharem que é raro ou até estranho. 
Pesquisas recentes mostraram que mais de 50% do pais tem algum tipo de arranjo de dormir junto com seus filhos. Por um lado, nao eh da conta de ninguem como voce escolheu deixar seus filhos dormirem. Mas por outro lado, seria otimo se pudessemos normalizar o conceito do sono compartilhado de modo que toda sociedade compreendesse que e’ uma opcao natural e popular. 
Antes de decidir por qualquer mudanca reflita bem sobre as razoes que o levaram a isso. 
Gaste alguns dias respondendo essas perguntas e discuta com seu parceiro tambem: 
-Voce, seu marido e seu filho estao dormindo bem? 
- Se ninguem mais no mundo soubesse ou se importasse com sua situacao, voce continuaria do mesmo jeito? 
- Voce acha que ficaria feliz com a mesma rotina que tem agora em 6 meses? E 1 ano? 
- A presenca do seu filho em sua cama esta interferindo em sua vida intima ou voces ainda conseguem varias oportunidades de adequar essas necessidades? 
- Se voce e’ pai ou mae solteira, a presenca de seu filho na sua cama esta te impedindo de que voce faca coisas que quer ou precisa no comeco da noite ou de manhazinha? 
- Voce esta considerando fazer essa mudanca porque voce quer e e’ o melhor para sua familia, ou e’ para satisfazer um amigo, parente, pediatra ou outra pessoa? 
- Voce costumava gostar da presenca de seu filho na cama e agora esta curtindo menos e menos e esta inseguro de como fazer uma mudanca? 
- Se hoje a noite de repente seu filho comecasse a dormir a noite toda em outra cama ou quarto, como voce se sentiria: radiante, feliz, um pouco triste, muito triste, ou deprimido? 
- O que exatamente te incomoda na presenca do seu filho? Ele te acorda? Nao consegue ter tempo sozinho com seu parceiro? Esta preocupado com que os outros pensam da situacao? Voce esta gravida ou planejando engravidar e nao quer a cama cheia de criancas? Explore com carinho as razoes para querer fazer uma mudanca. 
Apos ter refletido bem sobre tudo isso, voce pode decidir continuar assim por mais alguns meses, ou fazer uma mudanca sem pressa, ou fazer uma mudanca o mais rapido possivel.

Tente nao oscilar
 Nao ha duvida que dormir pertinho do seu filho lhe proporcionou muitas alegrias. Nao existe nada mais maravilhoso do que ter seu pequeno perto de ti quando dormem, e nao importa qual idade dele, uma parte de voce vai ficar triste com a mudanca. Se voce decidiu mesmo que a hora da mudanca eh essa, siga em frente com confianca (mas isso nao significa que tem que se apressar, o melhor eh ser gradual). A definicao de gradual varia de crianca para crianca, algumas poderao ter feito a transicao em algumas semanas, para outras alguns meses sao necessarios. 
Durante essa fase, tenha certeza de oferecer muito carinho, abracos, durante o dia, por a crianca esta acostumada com muito contato humano, eles vao sentir falta. 
Quando voce usa metodos gentis e eh paciente com a transicao, tudo ocorrera em paz.

 Fazendo um plano 

Esse plano nao eh algo que deve ser forcado a acontecer em uma noite ou mesmo uma semana. Se voce nao tem uma data limite para isso, coloque um objetivo de 1 ou 2 meses, ou at’e mais, para diminuir a tensao que voce sentira durante o processo. 
Outra coisa a se considerar eh que nao e’ uma decisao tudo ou nada. Existem varios graus de sono compartilhado, e voce pode escolher continuar a dormir com seu filho de noite mas nao nas sonecas, ou preferir que ele comece a noite em sua propria cama mas eh bem vindo em sua cama de madrugada ou no comecinho da manha, ou deixar que ele pegue no sono em sua cama, entao transferi-lo para outra cama, ou ainda permitir que a crianca durma em seu quarto porem em camas separadas, ou em quarto separado mas eh permitido dormir com os pais no caso de pesadelos, ou situacoes especiais como ferias. 
O menu de solucoes
 Leia todas opcoes e selecione algumas que parecem ser certas para voce, e crie um plano personalizado. Siga-o por 1-2 semanas antes de avaliar sua efetividade, porque algumas vezes o comecinho e’ um desafio (afinal de contas voce esta fazendo uma mudanca e tanto para uma crianca que sempre curtiu onde dormia e pode ter feito isso uma grande porcentagem de sua vida, senao a vida toda!) 
Algumas criancas aceitarao a ideia de dormirem sozinhas mais facilmente que outras, em qualquer caso, se voce escolher o plano certo a transição é possível.

 Um pouco por vez
 Se voce puder, faca a transicao em estagios, movendo a crianca para propria cama um pouquinho por vez. Para isso arrume outra cama proximo a sua (pode ser colchao, berco, futon, etc). Comece colocando proximo a sua cama, voce pode colcoar lencois coloridos, com temas infantis, um pequeno cobertor que parece interessante ao seu filho. Chame de “lugar especial”, e quando chegar a hora de dormir tenha certeza que seu filho pegue no sono la (va em frente e deite la com ele, mas assim que ele comecar a pegar no sono, continue segurando as maos ou tocando pes ou seja la o que for que estao acostumados a fazer, e va se distanciando).

Apos alguns dias ou semanas assim, quando voce tiver certeza que ele esta acostumado com sua nova cama, comece a mover um pouquinho distante de sua cama, e finalmente, para seu proprio quarto. 
Leia todas as dicas de como ajudar seu filho a pegar no sono por si s’o (existe um capitulo dedicado a isso, e se preciso posso traduzir em breve). 
-Faca a hora de ir cama especial da familia 
Voce pode querer oferecer horas quando seu filho eh bemvindo em sua cama e horas que incentiva-o a dormir em sua propria cama. Uma ideia e’ conectar isso com a luz do dia: “Quando esta claro la fora, voce pode vir para nossa cama. Ou entao um radio relogio que toca musica de manhazinha quando ele pode visitar sua cama. Deixe claro que só quando a musica tocar ele pode vir. Algumas familias tem um planejamento seminal onde dias de semana eles tem que ficar em suas proprias camas mas sao bem vindos a cama dos pais nos finais de semana. 
-Explique quem, o que, quando e porque 
Essa técnica é unica mas pode funcionar bem com algumas criancas: explica-as seu plano! Explique porque quer fazer uma mudanca (mamae esta acordando muito de noite, esta cansada, voce poderia me ajudar com isso se dormisse em sua propria caminha. Eu posso ler para voce, massagear suas costas, mas entao eu vou dormir na minha cama, e voce pode vir de manha para abracarmos e brincarmos), e como gostaria de fazer. 
Isso não é magica mas envolve seu filho no processo, algumas vezes eles vao se sentir orgulhosos de poder ajudar. Uma boa ideia e’ incluir algumas escolhas, por exemplo, se ele quer dormir no chao perto da sua cama em outra cama. 

Descubra se existe um problema 
Para muitas criancas o unico problema e’ que elas nunca dormiram sozinhas, entao e’ diferente e preocupante para eles, porem para outros, fazer a transicao para cama propria pode trazer medos que eles nunca encararam antes. Observe e ouca seu filho atenciosamente, voce suspeita que ele esta com medo de ficar sozinho no escuro? Ou que existem monstrous no quarto, tem pesadelos e ninguem esta por perto para conforta-lo? Ele esta preocupado com algum evento por vir, como mudanca de casa ou nascimento de irmaozinho? Se voce for capaz de descobrir algum obstaculo desse tipo e resolve-los primeiro voce podera guia-lo a dormir sozinho com confianca. 

Faca de seu quarto um lugar especial 
Se seu filho ja tem um quarto, estava provavelmente sendo usado como quarto de brincadeiras ou algo assim. Mas agora que ele vai dormir la, pode ajudar fazer uma re-decoracao e criacao de um ambiente mais convidativo ao sono. Voce pode ir as compras de lençóis, cortinas, decoracao de parede, etc, e leve-o junto. O quarto nao precisa ser tradicional, se ele esta envolvido na decoracao podera ser um bom incentivo a dormir la. Voce pode transformar o quarto numa caverna de dinossauros, garagem de caminhao, casa de macaco, ninho de passarinho, hangar de aviao, etc., com um pouco de imaginacao. Use um personagem preferido se seu filho tem. Voce nao precisa gastar uma fortuna com isso, pode usar caixas de papeloes, etc.
Um bom candidato para primeira cama e’ um colchao no chao, pois é seguro e da a crianca liberdade de ir e vir sem perigo de quedas. Voce pode instalar guardas laterais se desejar. 
Quando tudo estiver pronto, comece a transicao. Deite com seu filho na nova cama, mostre-se animado com a mudanca. Voce pode ficar do lado dele até que ele pegue no sono por 1-2 semanas, e depois va saindo aos pouquinhos, para beber uma agua, ou usar o banheiro, e aumentando o tempo que fica fora do quarto. Ou entao sente numa cadeira do lado dele até que ele durma.
O método sorrateiro para pequenos
Se voce tem uma crianca de 1 ano ou pouco mais, isso pode funcionar. Deixe-a pegar no sono na sua cama como costume, e carrega-a para nova cama. Deixe um monitor ligado e se ela acordar, va rapido e ponha-a para dormir rapidamente e deixe-a na nova cama. Se voce usar essa tecnica, pode esperar varias viagens ida e volta para o quartinho, até que a transicao seja completa. Algumas criancas vao dormir periodos maiores de tempo se nao tiver ninguem do lado que faz movimentos e o acorda. Por outro lado outras criancas vao acordar mais porque vao sentir falta da companhia que sempre tiveram. 
Voce pode tentar isso e fazer as transferencias até 3 da manha, por exemplo, e deixa-la em sua cama entao. E ir aumentando esse horario gradualmente. 
Mas como todas ideias em meu livro, isso não é para ser tudo ou nada, mas tem mais chance de funcionar se a crianca ja gosta da nova cama. Entao gaste um bom tempo durante o dia na cama, leia para ela la, amamente la se for o caso, faça o que for preciso para que ela se sinta bem confortavel no novo ambiente. 

Comece com sonecas 
Se seu filho nunca dormiu sozinho, comece trabalhando nas sonecas, e faca o que for possivel (use dicas acima) para que ele se sinta mais confortavel no novo ambiente. 

Crie um novo ritual pre-cama 
Criancas sao criaturas de habito. Se voce fizer seu ritual normalmente mas esperar que ela finalize a noite dormindo num lugar novo, ela vai ter um susto! Para evitar isso modifique um pouco seu ritual, voce pode utilizar um diagrama com fotos da sequencia de eventos do ritual (existe um capitulo com dicas de como fazer esse diagrama caso interessar mais tarde posso traduzir tambem). 

Va com ela… por um tempinho 
Se voce esta transferindo seu filho para um novo quarto, pode dormir la nas primeiras noites para fazer o processo menos assustador. Conforme ele vai se habituando la, voce pode usar a tecnica “Ja volto”: apos o ritual, ponha-a na cama e arrume uma desculpa para sair, diga ja volto! E va aumentando o tempo que fica fora do quarto. Com o tempo voce podera dizer: Volto amanha de manha J... 
Lembre seu filho que voce vai estar bem pertinho, no quarto ao lado, e que qualquer coisa pode te chamar, assim ele nao ficara com tanto medo de dormir sozinho. 

De-lhe permissao para te chamar 
Se voce prefere nao ter seu filho como visitante noturno, nao incentive-o a vir para sua cama de noite, diga-lhe para te chamar e de-lhe um sininho se preciso. Ou voce pode usar um monitor de duas vias. Quando te chamar, va rapidamente e ponha-o de volta para dormir. Se ele vier ao seu quarto, traga-o de volta e lembre-o que pode te chamar se precisar. Esse conforto de saber que pode chamar a mamae ou papai vao ser importantes nessa fase, ele vai saber que nao precisa ficar com medo pois voces estao pertos, e gradualmente essas visitas e chamadas vao diminuindo at’e que todos durmam a noite toda! 

De-lhe companhia 
Se seu filho sempre dormiu contigo ele pode se sentir sozinho no novo quarto. De-lhe varios bichos de pelucia, ou entao uma caixinha de musica, ou um CD player (tenha um CD relaxante para tocar), ou uma fita com gravacao das vozes de papai e mamae. 
Se objetos inanimados nao funcionam, tente um animalzinho como tartaruga, aquario, incentive seu filho a fazer companhia ao novo amiguinho de noite. (atencao! Gatos e cachorros nao, evite tambem animais noturnos como hamsters). 

Deixe-a acampanhar… 
Se voce tem uma tenda e esta disposto a monta-la em casa, pode ser um grande incentivo ao seu filho para dormir la. Ponha uma luz noturna, animais de estimacao, e seu filho pode ficar tao animado que vai querer dormir la! Tenha certeza que o ambiente ficou muito seguro, e a temperatura boa. 

Faca disso um grande negocio… ou Nao faca disso um grande negocio 
Algumas criancas respondem bem a grandes celebracoes, se for o caso pegue um dia especial para anunciar a mudanca, pode comemorar com bolo, baloes, e presentes (relacionados com sono com cobertores ou ursinho de pelucia). 
Ja se seu filho é do tipo mais quieto, qualquer sugestao de escolher um dia para isso pode trazer choro. Para essas criancas nao mencione a mudanca e simplesmente faca-a com passos pequenos e graduais. 

Convide a Fada da manhã na sua casa 
Criancas ficam muito excitadas com Papai noel, coelhinho da pascoa, etc, então voce pode introduzir um novo personagem: fada da manhã. Compre alguns presentinhos baratos, como animais plasticos, adesivos, etc, e embrulhe-os em papel de presente. 
Explique a seu filho que cada noite que ele dormir em sua propria cama ele vai ganhar um presentinho, e se isso acontecer deixe um presentinho em seu quartinho pela manha. Apos algumas semanas desse padrao, a nova rotina vai estar estabelecida. Voce pode explica-lo que a fada da manhã visita a casa de outras criancas que estao aprendendo a dormir em suas proprias caminhas.

Crie um quarto de dormir com irmaos 
Se voce tem mais de 1 filho essa ideia pode funcionar. Arranje um quarto para que eles durma juntos. Enquanto algumas criancas podem nao gostar, outras vao adorar dormir com seus irmaos. Para seguranca nao tente isso antes de seu filho ter 18 meses. Eu tinha um quarto desse tipo e até hoje meu filho de 5 anos de vez em quando dorme com algum de seus irmaos la. Nunca sei quem vou encontrar dormindo naquele quarto, mas me enchia o coracao de alegria ver os irmãos dormindo juntos.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Meu bebê é adotado. Posso amamentar?

Por amigasdopeito
Parabéns por essa adoção! Sim, a mãe adotiva pode amamentar! Nesses anos de trabalho do grupo Amigas do Peito, acompanhamos vários casos bem-sucedidos. É uma decisão que cabe à mãe e à família, mas as Amigas do Peito podem dar todo o apoio.
Uma mulher pode produzir leite mesmo sem engravidar?
Sim. Aprendemos com as Amigas do Peito que é possível! Fazer massagens no peito, colocar compressas mornas e utilizar a técnica de relactação ajuda muito. No entanto, o maior estímulo para a produção do leite vem da sucção da boca do bebê. Por isso, mães que passaram por essa experiência ofereciam o peito muitas vezes por dia, de oito ou mais.
Será que eu consigo?
Como em qualquer situação de amamentação, a conquista está relacionada ao desejo de amamentar e também à persistência e ao apoio. Tudo isso depende da mãe e das pessoas que estão mais próximas dela: familiares, companheiros, amigos e outras mães que já passaram pela experiência (como as que freqüentam os grupos das Amigas do Peito). Trocar idéias com todos os envolvidos ajuda bastante. A tranqüilidade e o estado emocional também influenciam.
Como fazer a relactação?
As técnicas de relactação ou de lactação adotiva podem ser utilizadas e adaptadas a cada caso.
A forma mais freqüente de lactação é o uso de sonda nasogástrica nº 4 ou 6 com a extremidade cortada e arredondada (abaulada pelo fogo) para não machucar a boca do bebê. A ponta da sonda fica junto ao bico o peito (pode ser presa com uma fita crepe) e a outra ponta da sonda é mergulhada no leite. O leite pode estar em uma seringa, copinho ou qualquer vasilha limpa.
O recipiente que contém o leite deve estar em local mais alto do que o peito. Assim, a sonda se enche e leva o leite até a ponta que está junto ao bico, chegando à boca da criança que está mamando. Pode-se então abaixar o recipiente para forçar a sucção. Se o líquido estiver na seringa, basta comprimir o êmbolo devagarzinho.
A foto acima foi cedida por uma das mães que utilizaram a técnica através da ajuda das amigas do Peito. A vasilha está embaixo para facilitar a visualização na fotografia.
Qual leite oferecer ao bebê? 
O leite humano é o melhor alimento para os bebês. Se possível, oferecer leite humano ordenhado. Se não, pode-se oferecer leite de algum outro animal adaptado, como os das fórmulas para recém-nascidos.
Quando a mãe começa a produzir seu próprio leite?
Ao mesmo tempo que mama o peito, o bebê vai recebendo o alimento e estimulando a produção da mãe. Com o passar dos dias, a mãe começa a produzir seu próprio leite, em quantidades cada vez maiores. Assim, pode-se reduzir a quantidade administrada pela sonda.
Meu leite será suficiente?
Famílias, mães e crianças são únicas. Algumas mães conseguem abandonar o uso da sonda rapidamente. Outras passam toda a amamentação do filho adotivo utilizando a técnica. Em amamentação, não existem soluções certas ou erradas.
Cada pessoa deve encontrar seu caminho. Pela nossa experiência, observamos que uma das coisas mais importantes em todo esse processo é receber apoio e solidariedade – e é isso que as Amigas do Peito procuram oferecer em todas as suas atividades.

Parto natural: “se você tem esse desejo, é um caminho possível”

Em entrevista, autora de “Parto com Amor” conta como escreveu e viveu as histórias retratadas no livro e comenta o que espera com a obra.

A jornalista Luciana Benatti e o fotógrafo Marcelo Min esperavam o primeiro filho do casal quando, em meio às dúvidas de toda mulher grávida, o médico disse a seguinte frase: “Por que você está tão preocupada com o parto? Cuide das roupinhas, do enxoval e da decoração do quarto e deixe que do parto cuido eu”. Faltava menos de um mês para o nascimento do bebê. Mesmo assim, o casal não voltou mais àquele consultório. As perguntas que tanto incomodaram o médico foram direcionadas a outro profissional. Ele respondeu todas elas e ainda indicou livros e filmes para ajudar o casal a se preparar: Luciana queria um parto normal.

Apesar do nome, o parto normal não é o mais executado no país. Mesmo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a taxa de cesáreas não ultrapassar 15% dos nascimentos, o índice brasileiro beira os 50% (de acordo com a série Lancet Brasil, do jornal médico “Lancet”, um dos mais conceituados do mundo). Mas por que, exatamente, esse número é tão alto? As mulheres não querem mais partos normais e preferem um nascimento com dia e hora marcados?

Foto: Marcelo Min
Luciana na hora do parto: autora também passou pela experiência e incluiu sua história no livro
Luciana não acredita nisso. Seu argumento veio no livro “Parto com Amor” (Panda Books), com histórias de nove mulheres – incluindo a dela própria – que conseguiram realizar o sonho do parto de acordo com suas expectativas e sem agressões verbais. “A mulher pode aguentar a dor do parto mesmo sem ser atleta ou ter um superpreparo físico. O que ela não aguenta é a humilhação”, comenta a autora, lembrando de uma frase revelada em pesquisa recente como comum nas mesas de parto: “na hora de fazer você não gritou, por que está gritando agora?”.
A jornalista falou ao Delas sobre o livro, a experiência de ser mãe, de traduzir histórias de vida e a vontade de que mais mulheres possam realizar seus sonhos.
iG: Como surgiu a ideia de traduzir a experiência do parto de outras mulheres?
Luciana Benatti:
 Logo depois do nascimento do meu primeiro filho, o Arthur, eu fiquei muito impressionada com a experiência. Como [o parto] pode ser prazeroso, transformador, gratificante, enfim, todos os adjetivos bons, e ninguém sabe disso? Por que as mulheres temem tanto esse momento se é uma coisa tão mágica, tão maravilhosa? Eu queria compartilhar isso com outras mulheres, queria contar essa descoberta para o mundo. Meu marido, o Marcelo, é fotojornalista e tinha feito algumas fotos do parto, para registro nosso mesmo, foto de família. Olhando essas fotos, achamos que eram muito bonitas. Mostramos para algumas pessoas e elas sempre se surpreendiam e diziam ‘nossa, mas eu não sabia que um parto podia ser assim tão bonito. Eu também queria um parto assim'. E aí a gente achou que valia a pena reunir experiências de outras mulheres e fazer um livro.
iG: O que você sentiu ao traduzir a experiência de outras mulheres?
Luciana Benatti:
 É uma emoção e uma honra. Estas famílias nos deram uma oportunidade única de vivenciar estas experiências junto com eles. Na verdade a gente também criou muitos vínculos com essas famílias, eu tenho muito contato com eles até hoje, nossos filhos têm mais ou menos a mesma idade, foram nascendo um seguido do outro. Foi uma generosidade muito grande eles abrirem esse momento para a gente e soubemos respeitar muito esse momento também, então criou-se o clima perfeito para o resultado que está no livro.
iG: Como foi o processo do livro? Quanto tempo durou?
Luciana Benatti:
 Este livro foi escrito a partir do nascimento do meu primeiro filho. Hoje ele está com três anos e meio. Eu tinha a sensação de que o livro ia sair no tempo certo. Como o parto, a gente tem que aprender a esperar. O livro também tinha o tempo para sair e foi um momento muito oportuno, porque tem muita coisa sendo discutida nesse momento, é um momento de muita efervescência. Tem o curso de obstetrícia da USP ameaçado de fechamento, teve a Janet Balaskas [ativista e autora do livro “Parto Ativo” (Editora Ground), traduzido em várias partes do mundo], para quem eu entreguei uma das primeiras cópias do livro. Tinha muita coisa acontecendo nesse momento. E tem o projeto do governo também, a Rede Cegonha, que prevê construção de casas de parto em vários locais do país. Eu acho que veio em boa hora.

Foto: Marcelo Min
Andreia, uma das mulheres retratadas no livro: participação ativa da família
iG: O que você espera com o livro?
Luciana Benatti:
 O que a gente mais espera com esse livro é que ele possa mudar, pelo menos um pouquinho, o cenário brasileiro no que diz respeito ao parto. Todo mundo sabe que os índices de cesárea no Brasil são altíssimos, entre os maiores do mundo. Muitas destas cesáreas não são necessárias do ponto de vista médico e muitas tampouco são a vontade da mulher. O parto pode ser, sim, uma experiência muito enriquecedora, muito transformadora na vida da mulher. E não só da mulher, da família também, porque nesse tipo de parto os pais e os maridos participam muito. Eu conto no livro a história do meu segundo parto. Na época meu primeiro filho estava com três anos e participou. Foi uma coisa muito marcante para ele ver o irmão nascer. Foi muito rica essa experiência para todos nós. E a gente quer proporcionar isso para outras mulheres. É lógico que a gente não quer servir de exemplo, dizer ‘façam isso, isso é o certo’. Só queremos mostrar que isso é possível, então, se você tem esse desejo, é um caminho possível. Existe essa possibilidade e é muito bacana.



iG: Qual a diferença no protagonismo da mulher durante um parto normal e uma cesárea?
Luciana Benatti:
 Tem uma diferença grande nessa questão do protagonismo. Quando você dá seu filho à luz, está fazendo o papel ativo. Você é, digamos, a ‘dona’ do parto. Você manda em tudo e o corpo da mulher trabalha junto com o bebê para que ele nasça. É um processo muito perfeito, muito bonito. Ao final de um parto como esse, a gente tem uma sensação muito boa de poder. ‘Olha, eu consegui, depois disso eu consigo cuidar do meu filho’. Não que a mulher que não passa por isso não consiga, mas a gente tem essa sensação de ‘eu posso tudo agora’. Tem uma mãe que tem uma história muito bonita, a gente conheceu muitas histórias nesse processo. Ela teve parto normal, de gêmeos, depois de uma cesárea. Ao terminar o parto, ela falou ‘eu posso tudo, eu posso subir o Everest a pé’. Ela se sentiu muito poderosa, e é mesmo. É muito prazeroso saber que o seu corpo trabalhou junto com seu filho e vocês dois, juntos, conseguiram fazer essa coisa linda e mágica que é o nascimento.

Foto: Marcelo Min
Luciana na banheira: intimidade dividida
iG: Você sentiu dificuldade de traduzir em palavras as sensações e emoções do parto?
Luciana Benatti:
 É sempre difícil, porque é algo muito íntimo. A gente fica até com um pouco de medo: ‘será que eu revelo isso, como é que eu falo disso?’. As nove mulheres que estão no livro[incluindo a autora] abriram muito a intimidade. Quando eu vi, pela primeira vez, a minha foto na banheira, eu com um barrigão, dando um grito e apertando a mão da doula, eu falei ‘nossa, mas todo mundo vai me ver assim’. À primeira vista foi um choque, mas o tempo foi passando e aquela mulher já não era mais eu, já virou outra mulher. Eu consigo olhar aquela foto e enxergar todas aquelas mulheres que passaram pela minha vida nesses três anos e meio e me contaram suas histórias.
iG: Por que é importante expor estas histórias?
Luciana Benatti: 
A gente se expõe por uma boa causa: para que outras mulheres saibam. É muito importante que as mulheres saibam. Antigamente falava-se de mãe para filha sobre o parto, não era uma coisa tão velada, tão escondida, tão misteriosa como é hoje. Minha mãe tem uma história muito bacana: ela e um irmão dela nasceram no mesmo dia, mas com quatro anos de diferença, e minha mãe nasceu no andar de cima do sobrado enquanto, na parte de baixo, rolava a festinha de quatro anos do meu tio. Era uma coisa muito natural, fazia parte da vida da família e hoje em dia não tem mais isso. O nascimento acabou se tornando uma coisa muito fechada, dentro do hospital, ninguém tem acesso, ninguém sabe como é e esse desconhecimento gera muito medo. Não só na mulher, mas na família, em todo mundo. Todo mundo fica achando que é uma coisa muito perigosa essa coisa de nascer, e não é bem assim.
iG: E os riscos do parto em casa?
Luciana Benatti:
 Todas essas mulheres que estão no livro tiveram um acompanhamento pré-natal, foram a todas as consultas e exames. Tudo direitinho, como é o pré-natal de qualquer médico, e elas fazem o acompanhamento também na hora do parto. Quando a gente fala de parto em casa as pessoas pensam que é desassistido, sem nenhum profissional, mas essas mulheres todas tiveram o acompanhamento de médico ou de parteira, que são essas parteiras urbanas, enfermeiras obstetras ou obstetrizes. Não tem irresponsabilidade alguma. Todo mundo que faz parto em casa tem um plano B, uma alternativa já pensada. Se o parto não desenrolar bem, você tem a alternativa de ir para um hospital próximo. Tudo isso é pensado, é planejado.

Foto: Marcelo Min
Eva durante o trabalho de parto...
iG: Muitas pessoas falam do parto normal de maneira romântica, mas seu livro é mais realista. Sua intenção é desmitificar o tema?
Luciana Benatti:
 Espero que sim. Eu não poupei, por exemplo, as fotos dos gritos. Minha mãe não gosta de ver essa foto em que eu estou gritando na banheira. Ela acha muito forte. Mas isso faz parte, eu não vou falar para ninguém “olha, não dói”. Eu estaria mentindo e isso, sim, seria um absurdo. Por que dói muito mesmo, é uma experiência muito intensa. Não é só a dor, é toda a novidade daquilo, sabe? É uma experiência que não tem igual, só vivendo para saber. Tem que ser sincera, não dá para romantizar demais. É lógico que a gente vai ter medo mesmo, vai sentir dor, vai gritar, vai querer desistir na hora do parto e muitas mulheres falam ‘quero desistir, não aguento mais’. É uma fase. Passada esta fase, dá aquela força e o bebê nasce. A dor faz parte do processo, mas não é o único sentimento envolvido. Não é só dor e medo, existem muitas outras coisas. E aí a experiência é o pacote completo. Tem mulher que prefere não encarar. Tudo bem, eu respeito, mas acho bacana saber que existe a possibilidade. Muitas mulheres ‘normais’, que não são atletas e não têm um preparo físico absurdo, conseguem. Isso está com a gente. É uma coisa que a maioria das mulheres, com um pouquinho de encorajamento, consegue.

Foto: Marcelo Min
... e com o filho no colo: pacote de emoções
iG: Você teve um preparo físico especial?
Luciana Benatti:
 Eu não sou nenhuma atleta, aliás, pelo contrário. Sou uma pessoa meio avessa a exercício, sabe? E eu consegui. Consegui porque me encorajaram. Encontrei pessoas que me apoiavam. Acho que esse é o segredo: você se informar e encontrar pessoas que estejam aptas a te apoiar e a te encorajar, em vez de falar assim “ah, desiste porque a dor é muito forte, você não vai aguentar, as mulheres hoje em dia não aguentam mais esse tipo de dor, a gente não está preparada para isso, a mulher moderna não aguenta, o corpo dela não aguenta”. É o que a gente ouve muito por aí. E não é isso. A gente está preparada, sim.
iG: Por que as mulheres temem tanto o parto normal?
Luciana Benatti: 
Muita gente fala ‘ai, mas minha mãe teve um parto normal horroroso no hospital, sofreu muito’. Mas quando você vai ver, descobre que esta mulher passou por muitos procedimentos hospitalares que tornaram o parto doloroso. Por exemplo, ela recebeu aquele hormônio, ocitocina, que acelera muito as contrações e causa muita dor. Aí empurraram a barriga dela, fizeram o corte no períneo, enfim, um monte de intervenções. Às vezes, esta mulher até sofre algum tipo de violência verbal, é comum falarem ‘ah, na hora de você fazer você não gritou, porque está gritando agora?’. É horrível, mas se ouve muito por aí nos hospitais. Nada disso é o parto, isso é o que a gente fez com o parto. O parto em si não tem nada disso, originalmente. Às vezes se confunde um pouco o que é a dor do parto e o que é a dor destes procedimentos, agressivos e muitas vezes desnecessários. É preciso separar uma coisa da outra. A dor fisiológica a gente encara. Mas esta dor da humilhação é mais difícil.
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