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Por: Angela Rios
É direito de toda mulher ter a presença de um acompanhante no parto. Esse direito é garantido por uma Lei Federal, (Lei é 11.108), datada de 07 de abril de 2005, também chamada de Lei do Acompanhante. A lei garante que a mulher tenha um acompanhante de livre escolha desde que ela entra na maternidade até a hora de sua saída.
A participação do pai no parto não é obrigatória. É um direito que pode ou não ser exercido, se for esta a preferência da parturiente e seu companheiro. Não há uma fórmula ou um padrão de comportamento determinado para que o pai esteja presente durante o trabalho de parto ou parto, porém este texto pretende esclarecer dúvidas e dar algumas orientações de como os pais podem exercer seu papel fundamental desde a gravidez até a amamentação.
As evidências científicas mostram que o apoio emocional no parto é uma medida simples que pode melhorar muito a experiência do parto, sendo associado com menor risco de solicitação de analgésicos, menos risco de cesárea ou de partos por fórceps, menor risco para a saúde do bebê, maior satisfação com o parto, menor risco de lesão do períneo, menor risco de desmame precoce e de dificuldades de maternagem no pós-parto, entre outros.
Hoje em dia, apesar das recomendações da OMS e Ministério da Saúde, muitos serviços de saúde ou profissionais dificultam ou recusam a presença do pai no parto. O acompanhante muitas vezes é visto como um problema, por que os serviços não estão preparados para recebê-lo. São comuns as justificativas de que não há espaço adequado ou a presença de mais um sujeito no ambiente do parto aumentaria os custos ou o risco de infecção, e também argumentos de que os acompanhantes podem ficar agressivos, que não entendem os procedimentos ou que atrapalham o trabalho dos profissionais.
Nenhum desses argumentos justifica-se, considerando que os hospitais deveriam adequar seus espaços e suas rotinas para incluir a presença do acompanhante desde 2005, quando foi publicada a Lei do Acompanhante. Além disso, os serviços que introduziram acompanhantes na rotina não demonstraram aumento do risco de infecções, de custos ou de casos de agressividade, além de aumentar consideravelmente a satisfação dos usuários. Se o hospital ou o médico se recusar a respeitar seu direito, consulte um advogado, e mostre que você deseja, além do respeito ao seu direito garantido por lei, melhorar o atendimento e a qualidade do serviço de saúde.
A participação do pai no parto não é obrigatória. É um direito que pode ou não ser exercido, se for esta a preferência da parturiente e seu companheiro. Não há uma fórmula ou um padrão de comportamento determinado para que o pai esteja presente durante o trabalho de parto ou parto, porém este texto pretende esclarecer dúvidas e dar algumas orientações de como os pais podem exercer seu papel fundamental desde a gravidez até a amamentação.
As evidências científicas mostram que o apoio emocional no parto é uma medida simples que pode melhorar muito a experiência do parto, sendo associado com menor risco de solicitação de analgésicos, menos risco de cesárea ou de partos por fórceps, menor risco para a saúde do bebê, maior satisfação com o parto, menor risco de lesão do períneo, menor risco de desmame precoce e de dificuldades de maternagem no pós-parto, entre outros.
Hoje em dia, apesar das recomendações da OMS e Ministério da Saúde, muitos serviços de saúde ou profissionais dificultam ou recusam a presença do pai no parto. O acompanhante muitas vezes é visto como um problema, por que os serviços não estão preparados para recebê-lo. São comuns as justificativas de que não há espaço adequado ou a presença de mais um sujeito no ambiente do parto aumentaria os custos ou o risco de infecção, e também argumentos de que os acompanhantes podem ficar agressivos, que não entendem os procedimentos ou que atrapalham o trabalho dos profissionais.
Nenhum desses argumentos justifica-se, considerando que os hospitais deveriam adequar seus espaços e suas rotinas para incluir a presença do acompanhante desde 2005, quando foi publicada a Lei do Acompanhante. Além disso, os serviços que introduziram acompanhantes na rotina não demonstraram aumento do risco de infecções, de custos ou de casos de agressividade, além de aumentar consideravelmente a satisfação dos usuários. Se o hospital ou o médico se recusar a respeitar seu direito, consulte um advogado, e mostre que você deseja, além do respeito ao seu direito garantido por lei, melhorar o atendimento e a qualidade do serviço de saúde.
Como lidar com a dor do parto?
É comum o relato de homens sentirem-se angustiados e preocupados em evitar que a mulher sinta dor. Nesse sentido, a opção pela cesariana ou pela anestesia parece o melhor caminho. É importante entender o processo do trabalho de parto e expandir o conceito de dor quando se trata do parto. Você pode contribuir muito para que a dor torne-se mais suportável, com sua presença, suporte emocional e físico e a valorização dos esforços dela. É provável que vocês tornem-se ainda mais ligados ao passarem por esse processo. Além disso, a dor do trabalho de parto é gradativa, cíclica e acaba ao final do processo, “nasceu, passou”. Ao contrário, a recuperação de uma cirurgia como a cesariana pode ser bastante dolorosa e a mulher vai precisar de sua ajuda no pós-operatório para atividades simples como levantar-se da cama e pegar o bebê.
E se ela não quiser que eu esteja no parto?
Tente entender os motivos dela, uma conversa franca será muito importante. Porém, para algumas mulheres a presença de um homem neste momento não é desejada e você deve respeitar sua decisão, afinal o corpo é dela. Seu apoio e compreensão continuará sendo fundamental durante a gravidez e após o nascimento.
Medo de desmaiar:
Estar em uma situação desafiadora e totalmente nova sempre gera insegurança. Apesar de ser um mito comum o de que “o pai pode desmaiar”, serviços que permitem a presença do pai no parto relatam que é muito raro esse tipo de problema. Mas você pode ir se preparando para o momento, assim como a sua companheira.
• Converse com ela sobre seus anseios e dúvidas, e é importante respeitar seus limites. Se não quiser estar presente, deixe claro e procure auxiliá-la de outras formas. Se decidir ficar, permaneça apenas enquanto estiver se sentindo a vontade.
• Assista a vídeos de parto, será válido conhecer as etapas do parto normal e da cesárea previamente.
• Converse com outros pais, principalmente os que passaram por essa experiência
• Visite a maternidade com antecedência, para familiarizar-se com o espaço, as instalações e os cheiros.
• Converse com ela sobre seus anseios e dúvidas, e é importante respeitar seus limites. Se não quiser estar presente, deixe claro e procure auxiliá-la de outras formas. Se decidir ficar, permaneça apenas enquanto estiver se sentindo a vontade.
• Assista a vídeos de parto, será válido conhecer as etapas do parto normal e da cesárea previamente.
• Converse com outros pais, principalmente os que passaram por essa experiência
• Visite a maternidade com antecedência, para familiarizar-se com o espaço, as instalações e os cheiros.
Sobre a vagina:
Ainda existe em nossa sociedade o tabu de que a vagina inevitavelmente irá se romper e “estragar” com a passagem do bebê para o parto normal. Esta inclusive é a justificativa para um dos procedimentos mais comuns e violentos associados com o parto normal: a episiotomia. A episiotomia é um corte na vagina feito na hora da passagem do bebê, com o objetivo de “alargar” a passagem, após o parto é realizada a sutura deste corte. Não há base científica para a realização deste procedimento, uma vez que ele aumenta o risco de lesões e infecções genitais e piora a vida sexual, muitas vezes impedindo a penetração.
Ao final da gravidez a vulva aumenta de tamanho e a visualização da vagina de uma mulher em trabalho de parto pode impressionar ou intimidar alguns homens. Converse com sua companheira e, se for o caso, evite a visualização desta região. Para isso, basta você se posicionar ao lado dela durante o exame de toque e durante o parto.
Para manter uma boa vida sexual e preservar a anatomia sexual feminina, além de evitar procedimentos no parto como a episiotomia, também é importante que a mulher faça exercícios perineais. Esses exercícios consistem em “apertar” o musculo da vagina e devem ser feitos por todas as mulheres, independente se terão seus filhos por parto normal ou cesariana. Eles permitem melhor consciência sobre seus órgãos sexuais, melhoram a sua capacidade de ter orgasmo e previnem a incontinência urinária.
Ao final da gravidez a vulva aumenta de tamanho e a visualização da vagina de uma mulher em trabalho de parto pode impressionar ou intimidar alguns homens. Converse com sua companheira e, se for o caso, evite a visualização desta região. Para isso, basta você se posicionar ao lado dela durante o exame de toque e durante o parto.
Para manter uma boa vida sexual e preservar a anatomia sexual feminina, além de evitar procedimentos no parto como a episiotomia, também é importante que a mulher faça exercícios perineais. Esses exercícios consistem em “apertar” o musculo da vagina e devem ser feitos por todas as mulheres, independente se terão seus filhos por parto normal ou cesariana. Eles permitem melhor consciência sobre seus órgãos sexuais, melhoram a sua capacidade de ter orgasmo e previnem a incontinência urinária.
Dicas para a participação ativa do pai durante a gravidez:
Participe do pré-natal: Acompanhe sua companheira em todas as consultas e exames possíveis. Não perca a oportunidade de ouvir o coração de seu filho ou de vê-lo na ultrassonografia, estas experiências vão tornar a paternidade mais presente durante a gravidez. Participe de reuniões de grupos de gestantes e cursos de preparação para o parto. Não tenha receio de esclarecer suas dúvidas e posicionar-se como um pai presente e participativo.
Mantenha a vida sexual: Não há contra-indicação em manter relações sexuais durante a gravidez, a não ser que expressamente orientado pelo médico, em situações de risco. É comum que ocorra uma diminuição do seu apetite sexual sexual ou dela. Não se afaste, mesmo que não haja relação sexual, pode haver momentos de extrema sensualidade muito satisfatórios e enriquecedores, propiciando novas descobertas e aumentando os laços de confiança e intimidade que serão fundamentais para sua participação no parto.
Mantenha a vida sexual: Não há contra-indicação em manter relações sexuais durante a gravidez, a não ser que expressamente orientado pelo médico, em situações de risco. É comum que ocorra uma diminuição do seu apetite sexual sexual ou dela. Não se afaste, mesmo que não haja relação sexual, pode haver momentos de extrema sensualidade muito satisfatórios e enriquecedores, propiciando novas descobertas e aumentando os laços de confiança e intimidade que serão fundamentais para sua participação no parto.
Contrações regulares de 5 em 5 minutos. O trabalho de parto começou. E agora?
Mantenha a calma! Cancele os compromissos, organize a casa, releia o plano de parto e avise a equipe. Esteja presente durante todo o tempo. Claro que você pode sair para ir ao banheiro ou tomar um ar lá fora, mas volte logo, não deixe sua companheira sozinha. Apenas sua presença, seu toque, seu colo já será de grande ajuda. Conte com a doula para esclarecer dúvidas e orientar suas atitudes.
Monitore as contrações: Anote o horário do início do trabalho de parto. Será muito útil saber a frequência das contrações para determinar a hora da internação. Leve-a sozinho para a maternidade. Você se sentirá mais a vontade e ela também. Avise a família somente quando o bebê estiver quase nascendo, evitando os palpites e a ansiedade da família, sem impedir que participe da alegria do nascimento.
Seja carinhoso: Diga palavras carinhosas de amor e admiração, fale baixinho em seu ouvido. Abuse da intimidade que vocês têm para os carinhos, os abraços e beijos. Seja motivador e elogie os progressos, evite criticar ou mostrar-se impaciente com a demora do processo.
Ajude-a se movimentar: durante o trabalho de parto ela deverá caminhar e mudar de posição várias vezes. Pelo tamanho da barriga, inchaço e cansaço, muitas vezes os movimentos será mais lentos e difíceis. Ofereça apoio e força para que ela esteja ativa, mas também para que ela descanse em seu colo. Veja alguns exemplos de movimentos e exercícios:
Monitore as contrações: Anote o horário do início do trabalho de parto. Será muito útil saber a frequência das contrações para determinar a hora da internação. Leve-a sozinho para a maternidade. Você se sentirá mais a vontade e ela também. Avise a família somente quando o bebê estiver quase nascendo, evitando os palpites e a ansiedade da família, sem impedir que participe da alegria do nascimento.
Seja carinhoso: Diga palavras carinhosas de amor e admiração, fale baixinho em seu ouvido. Abuse da intimidade que vocês têm para os carinhos, os abraços e beijos. Seja motivador e elogie os progressos, evite criticar ou mostrar-se impaciente com a demora do processo.
Ajude-a se movimentar: durante o trabalho de parto ela deverá caminhar e mudar de posição várias vezes. Pelo tamanho da barriga, inchaço e cansaço, muitas vezes os movimentos será mais lentos e difíceis. Ofereça apoio e força para que ela esteja ativa, mas também para que ela descanse em seu colo. Veja alguns exemplos de movimentos e exercícios:
Faça massagens: durante as contrações, massagens da região mais baixa das costas ajudam a aliviar a dor. Faça movimentos circulares, ajuste a velocidade e a intensidade de acordo com o desejo dela. Entre as contrações descanse você também, ou massageie os ombros, nuca, braços, com o objetivo de aliviar a tensão muscular. A doula poderá ensinar outros exercícios e movimentos favoráveis ao trabalho de parto.
Ofereça alimentos e líquidos: é importante garantir que a mulher não se desidrate durante o trabalho de parto. Esteja atento para manter um suco ou água sempre à mão, alimentos fáceis de digerir como frutas secas ou frescas, gelatina e balas também são uma boa alternativa, pois garantem suporte calórico em um período de grande gasto de energia.
Fotografar e filmar: Preocupe-se em carregar a máquina fotográfica e faça o registro deste momento de vocês. Cuidado com a exposição de partes íntimas, combine antes o que será indiscreto ou desconfortável para ela.
Participe na hora do nascimento: Nos textos e vídeos sobre parto humanizado, é comum a participação do pai ao cortar o cordão umbilical, pegar no colo e dar banho. Porém, muitos homens não se sentem seguros para isso. Vale também a mesma dica: converse, planeje, reflita e respeite seus limites. Pense que será muito especial sua participação neste momento tão simbólico, que ficará guardado para sempre na sua memória.
Após o parto: Esteja disponível para ajudar nas madrugadas, ajude-a a cochilar durante o dia, mantenha a casa organizada e silenciosa, limite as visitas à mãe a ao bebê. Essas atitudes trarão conforto físico, disposição e bom-humor para ela no pós-parto. Programe-se para estar com ela e o bebê nas primeiras semanas, se possível aproveite a licença-paternidade e as férias. O primeiro mês é especialmente cansativo e um pai dedicado faz uma enorme diferença.
Ajude na amamentação: Você ajudará muito durante a amamentação se trouxer água e alimentos para a mamãe e permitir que ela durma sempre que possível. A privação de sono dificulta a produção de leite e provoca dores e irritação. Não leve para casa latas de leite, mamadeiras, chupetas, bicos de silicone, cigarros e bebidas alcoólicas.
Fotografar e filmar: Preocupe-se em carregar a máquina fotográfica e faça o registro deste momento de vocês. Cuidado com a exposição de partes íntimas, combine antes o que será indiscreto ou desconfortável para ela.
Participe na hora do nascimento: Nos textos e vídeos sobre parto humanizado, é comum a participação do pai ao cortar o cordão umbilical, pegar no colo e dar banho. Porém, muitos homens não se sentem seguros para isso. Vale também a mesma dica: converse, planeje, reflita e respeite seus limites. Pense que será muito especial sua participação neste momento tão simbólico, que ficará guardado para sempre na sua memória.
Após o parto: Esteja disponível para ajudar nas madrugadas, ajude-a a cochilar durante o dia, mantenha a casa organizada e silenciosa, limite as visitas à mãe a ao bebê. Essas atitudes trarão conforto físico, disposição e bom-humor para ela no pós-parto. Programe-se para estar com ela e o bebê nas primeiras semanas, se possível aproveite a licença-paternidade e as férias. O primeiro mês é especialmente cansativo e um pai dedicado faz uma enorme diferença.
Ajude na amamentação: Você ajudará muito durante a amamentação se trouxer água e alimentos para a mamãe e permitir que ela durma sempre que possível. A privação de sono dificulta a produção de leite e provoca dores e irritação. Não leve para casa latas de leite, mamadeiras, chupetas, bicos de silicone, cigarros e bebidas alcoólicas.
Saiba mais:
Assistam a esse vídeo. Muito bacana ver como os pais vivenciam o processo de gestação.
Relato dos pais na gestação e no parto:
Assistam a esse vídeo. Muito bacana ver como os pais vivenciam o processo de gestação.
Relato dos pais na gestação e no parto:
Buscar informação sempre ajuda. Textos muito interessantes sobre a paternidade ativa podem ser encontrados na internet e em livros. Seguem algumas indicações de leitura:
Sobre ter um acompanhante. Blog Eu Quero Parto Normal
Paternidade é a chegada de um hipopótamo. Blog Glauber Piva
Blog ser paterno – Paternidade ativa
Paternidade é a chegada de um hipopótamo. Blog Glauber Piva
Blog ser paterno – Paternidade ativa
Livro: Parto normal ou cesárea? O que toda mulher deve saber (e todo homem também) / Simone Grilo Diniz e Ana Cristina Duarte. – Rio de Janeiro: Editora Unesp, 2004. Disponível para venda pelo site:www.maternidadeativa.com.br
Livro: Parto com Amor. Em casa, com parteira, na água, no hospital: Histórias de nove mulheres que vivenciaram o parto humanizado / Luciana Benatti e Marcelo Min. – São Paulo: Panda Books, 2011. Disponível para venda pelo site: www.maternidadeativa.com.br
Livro: Parto com Amor. Em casa, com parteira, na água, no hospital: Histórias de nove mulheres que vivenciaram o parto humanizado / Luciana Benatti e Marcelo Min. – São Paulo: Panda Books, 2011. Disponível para venda pelo site: www.maternidadeativa.com.br