quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O nascimento de um bebê e a forma como ele se relacionará com o mundo.

Compartilhando com vocês um texto maravilhoso da Doula Drika Cerqueira! Leiam com atenção a experiência que ela teve, e pensem sempre no que é melhor, não só para vocês, mas principalmente para seus bebês!!


google imgem



No ano passado tive a oportunidade de fazer um curso, na verdade, um treinamento de Renascimento. Foi uma experiência sensacional e marcante, pois pude reviver os momentos em que vivi no útero de minha mãe e a minha passagem para o lado de fora.
Meu nascimento foi uma cesárea agendada, pois, segundo o obstetra que acompanhava minha mãe, eu estava passando da hora. Me vi dormindo no útero e levei um susto ao ser arrancada de dentro. Isso na minha vida teve como conseqüência, entre outras coisas, que não suporto atrasar, tenho horror quando me acordam, fico extremamente irritada quando alguém me faz esperar..
Quantas cesáreas hoje são feitas por esse mesmo motivo, ou até mesmo sem motivo algum. No Brasil a porcentagem de cesáreas chega a 84,5 na rede privada e 31 no SUS.
Sempre penso que essa quantidade absurda de nascimentos por cirurgia tem conseqüências. E realmente existem várias, desde doenças comuns em RN por falta de amadurecimento completo dos órgãos até se pensarmos que o parto é o nosso primeiro grande desafio e conseqüentemente como lidamos com ele é como lidaremos com todos os outros que certamente virão em nossas vidas.
Nesse treinamento que fiz em 2009 pude entender de onde vem muitas atitudes que tenho hoje com a vida e com as pessoas que convivo.
Depois do treinamento quis entender mais do assunto e procurar uma forma de introduzir esse conceito na preparação para o parto que faço com as gestantes. Acredito que forma como você fomos concebidos, como nossa mãe passou a gestação, nossa chegada no planeta e os primeiros 7 anos de vida formaram o que somos hoje.
Alguns exemplos conforme os autores Sondra Ray e Bob Mandel descrevem no livro “Como seu nascimento afeta seus relacionamentos”
As crianças nascidas com a “ajuda” do fórceps tiveram suas cabeças comprimidas, apertadas, torcidas e puxadas para fora do útero. Eles freqüentemente têm enxaquecas quando adultos. Não confiam na ajuda, pois a ajuda “dói”, traz sofrimento. Acham que tem que fazer tudo sozinhas. São pessoas que não gostam de ser controladas nem manipuladas. Sentem a cabeça em conflito com o coração. Seus sentimentos estão isolados da razão.
Aqueles que nascem por cesarianas freqüentemente sofre de síndrome de interrupção, uma vez que seu ciclo normal de vida foi brutalmente rompido pelo obstetra. São pessoas que não fazem nada sozinhos, não terminam tarefas que começaram, são sempre indiretas na comunicação, ficam confusas com facilidade e acham difícil tomar decisões.
Enfim, é preciso dar aos nossos bebês a oportunidade de superarem o primeiro desafio de suas vidas e com certeza eles nascerão muito mais saudáveis e serão adultos confiantes e felizes.
“Você sai do ventre materno com uma passagem só de ida para o planeta Terra. E no processo de desembarque você tende a formar seu conceito de partida, que vai governar toda a sua vida.” Sondra Ray

Drika Cerqueira

 Blog: http://douladrikacerqueira.blogspot.com/2011/09/o-nascimento-de-um-bebe-e-forma-como.html

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Para as grávidas: o cordão umbilical e a anemia


Minhas queridas futuras mães!!! Texto muito bem colocado do Dr. González, mostrando a importância do bebe receber o sangue extra da placenta, após o nascimento. O texto foi disponibilizado pela maravilhosa Simone De Carvalho. Leiam e conversem com seus obstetras!!



Extraído do livro Un Regalo Para Toda La Vida - Guía de Lactancia Materna, do Dr. Carlos González.

Desde já faz muitas décadas, é costume fechar o cordão umbilical com uma pinça assim que nasce o bebê, em questão de segundos. Isso se faz por temor a que o sangue da placenta passe para o bebê. De fato, o excesso de sangue no bebê pode produzir graves problemas, como trombose ou dificuldade respiratória. Imagino que esse temor tem um fundamento real; talvez um século atrás, alguém teve a idéia de deixar a placenta no alto, como um conta-gota, ou até exprimi-la bem para deixar o bebê cheio de sangue, com resultados desastrosos e então os médicos decidiram fechar o cordão imediatamente. Mas estudos modernos demonstram que o pinçamento rápido demais do cordão também dá problemas. Quando se coloca o bebê sobre o corpo da mãe (que é onde tem que estar) e se espera uns três minutos para cortar o cordão o bebê recebe uns 30% mais de sangue, foi demonstrado que: 
a) esse aumento moderado não é prejudicial para o bebê, não produz trombose nem afeta a circulação do sangue;
b) que as reservas de ferro aumentam e isso diminui a probabilidade de anemia nos primeiros doze meses. Isso foi comprovado tanto em bebês a termo como em prematuros. Assim que veja, muitas anemias em bebês menores de um ano, que dizem que é culpa do leite materno por ter pouco ferro e da mãe por [ì] insistir com a amamentação, na verdade são culpa de quem cortou o cordão com tanta pressa.. A quantidade de ferro do leite materno é adequada, mas a natureza não previu que se inventariam pinças e tesouras. Evidentemente, na natureza nenhum animal põe pinça no cordão, eles esperam que ele pare de pulsar(em alguns minutos) e depois cortam com os dentes. 

Comente com o seu GO

Fonte: GVA

Disponibilizado no grupo do Facebook Aleitamento Materno Solidário

A Vitamina K....



Uma das rotinas hospitalares com o recém-nascido é a injeção intramuscular de vitamina K. Por vitamina K entende-se várias substâncias relacionadas necessárias para a coagulação normal do sangue. Sua forma principal é a vitamina K1 (filoquinona), encontrada em plantas, sobretudo nos vegetais folhosos verdes. A ela somam-se as bactérias presentes na porção distal do intestino delgado e no cólon, as quais produzem vitamina K2 (menaquinona), absorvida em menor grau.

Considera-se que o fígado do recém-nascido é imaturo para produzir quantidades suficientes dos fatores da coagulação do sangue (proteínas do sangue que promovem a coagulação e requerem a vitamina K). Por este motivo, reza a  justificativa tradicional, a injeção é dada para evitar a doença hemorrágica do recém-nascido, que é caracterizada pela tendência ao sangramento como resultado de uma deficiência de vitamina K. Esta situação pode ocorrer quando a placenta não permite a passagem adequada de gorduras e, conseqüentemente, da vitamina K (lipossolúvel) ao feto. Logo, conhecer a história materna durante o pré-natal permite traçar uma linha de trabalho adequada e personalizada, e diminuir as intervenções desnecessárias.

Faz-se evidente aqui a importância do profissional ter o conhecimento cientifico aliado ao senso crítico para analisar as "rotinas" e aplicá-las somente aos recém-nascidos que realmente necessitam de alguma intervenção.

A rotina é controvertida, porque de um lado se o bebê for amamentado com leite materno exclusivamente e sob livre demanda não seria necessária sua administração e mesmo assim somente em casos pontuais, apesar da corrente que sustenta que o leite materno seria uma fonte limitada da vitamina K. Por outro lado, as doses usadas nos hospitais sequer seriam totalmente satisfatórias no caso em que a tal doença hemorrárgica aconteça, de modo que a rotina por si só deveria ser revista.

Finalmente, cabe frisar que, quando necessária, a Vitamina K pode ser administrada oralmente, coisa da qual pouco se fala e muito menos se faz. Certamente, este é um método menos traumático para o recém-nascido.Pode-se ler na própria bula do medicamento (o Kanakion) as orientações sobre a administração oral (1ª dose ao nascer, 2ª dose entre o 4º e 7º dia de vida). 


Retirado do blog: http://www.mamaealineamorim.com/2011/02/vitamina-k.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CULPA MATERNA: Na verdade estão nos culpando ou somos nós quem nos culpamos?



Vamos refletir sobre a culpa materna. Ela tem origens em várias vertentes da história da sociedade moderna, atravessando tanto as linhas da figura da mãe perfeita, da figura da mãe que conquistou o seu direito no mercado no trabalho e da mãe que a sociedade ainda hoje espera que ela seja.
Do que estamos nos culpando tanto? Vou classificar alguns “níveis de culpa” que observo principalmente no comportamento da mulher moderna:
1)      A primeira culpa se refere a não saber expressar muitas vezes angústia que se sente no pós-parto. Como podemos sentir angústia, melancolia e até depressão em um momento tão feliz para nós e para toda nossa família? ;
2)      A segunda culpa se refere ao fato de não compreendermos muitas vezes os intermináveis choros de nossos bebês e o sentimento de impotência se apodera muitas vezes de nós, gerando mais culpa;
3)      A terceira culpa ser refere á amamentação – função exclusiva das mães. Há uma urgência de que o bebê cresça logo, engorde logo, mame divinamente. Se isto não acontece, a função da amamentação é prontamente substituída por recursos e métodos que são “eficientes” para todos e, menos para o bebê;
4)      A quarta culpa é à volta ao trabalho. Se Winnicott afirma a importância fundamental da estrutura emocional de um bebê nos seus dois primeiros anos de vida, e que, esta estrutura depende basicamente do contato dele com a sua mãe através do vínculo, da amamentação, a mãe estaria de fato impedindo este desenvolvimento?
A culpa materna está instalada no inconsciente cultural, e, de tão poderosa, ela é capaz de apagar completamente a importância deste primeiro momento (integral) da mãe com o seu bebê. Ela também é ditadora. Cruel. Pois os caminhos da maternidade muitas vezes não podem ser reavaliados, refletidos, repensados, reconsiderados... A mãe deve ingressar no mercado precocemente (em relação ao tempo de licença maternidade) e nada pode ser feito para mudar isso. Ela não tem escolhas, não tem alternativas. E passa a acreditar que o tempo com seu bebê, de dois anos ou mais, é um desperdício para a sua vida, a sua carreira, os seus objetivos.
A conta matemática de que: eu perco 5 anos para ganhar 50 na vida do meu bebê é uma conta falha, que não dá resultado positivo no final. O que importa é o AGORA, a urgência deste momento, e vou lidando com a culpa materna extinguindo ela com conceitos errôneos de que, o comportamento social deste momento é o correto.
Sentimos culpa porque não ouvimos á nós mesmas e a nossa voz interior. Não podemos fugir da maternidade porque ela está em nós, arraigada com raízes profundas e densas. Fazemos vistas grossas e ouvidos surdos aos apelos dos nossos bebês. E nos deixamos enganar pelo aparente silêncio de sua fala não proferida de que eles estão bem e de que irão ficar bem.
A culpa é um tema sempre recorrente porque na verdade, ainda não encontramos todas as respostas. Porque na verdade essas respostas que temos ao nosso alcance não nos convencem. E, enquanto estivermos ignorando a voz que fala através da nossa relação única entre nós e nossos bebês, a culpa será sempre uma sombra, grudada em nós, e da qual não nos livraremos dela, mesmo mudando os ângulos nas nossas direções de vida constantemente.
Cabe, portanto, á nós, mães, dar lugar e projeção á esta voz interior e deixar de uma vez por todas de sermos enganadas por nós mesmas e pelo nosso entorno. Cabe á nós a mudança de paradigmas para o bem dos nossos filhos e consequentemente á construção de um lugar melhor dentro as nossa sociedade onde possamos viver plenamente. E sem culpa.

Por Simone de Carvalho

Oito projetos para realizar em família

Muito legal estas dicas da Revista Crescer! Atividades divertidas para fazer com nossos pimpolhos, e que muitas vezes nem percebemos que podemos fazer algo simples e diferente com eles! Leiam e deixem sugestões de atividades, ou atividades que vocês desenvolvem com seus filhos!! Eu vou esperar, ok?!


Assim vocês passam o tempo juntos se divertindo e ainda conferem a satisfação das crianças em ver as atividades concluídas!


Cristiane Yamazato
 Shutterstock
Organize uma exposição de arte com os desenhos de seu filho. Vocês podem escolher o tema juntos: pinturas de super-heróis, meios de transporte, personagens do filme favorito etc. Telas em branco ou molduras de quadro podem servir de display para as pinturas. As obras podem ser expostas no corredor da casa, em uma parede ao lado de uma escada ou mesmo no quarto da criança. Vocês podem, ainda, atualizar a exposição à medida em que o pequeno artista for produzindo novas criações. A cada exposição pronta, fotografe todas as obras e montem um catálogo digital.

Construa um arranha-céu com caixas de papelão. Comecem coletando caixas de papelão de tamanhos diferentes. Isso pode ser feito sempre que forem ao supermercado, por exemplo. Empilhem as caixas, formando uma torre com diferentes níveis (a maior embaixo e a menor no topo). Una-as com fita adesiva. Depois, decorem o prédio com janelas, colunas, terraços, portas e garagem usando tinta, papel colorido e canetinhas. As áreas que sobrarem entre as caixas podem virar terraços para os bonequinhos da criança.

Comece uma coleção junto com seu filho. Pode ser de moedas, selos, botões, folhas, animais em miniatura, pedras, ímãs de geladeira ou qualquer outra coisa que desperte o interesse da criança. Providenciem um recipiente ou album apropriado para guardar as peças e convidem as pessoas mais chegadas da família para participar do projeto. Quando alguém viajar, por exemplo, pode trazer itens diferentes para a coleção se surgir a oportunidade. Ao cuidar de uma coleção, os pequenos têm a possibilidade de administrar quantidades, de fazer comparações e de exercitar o senso de organização e de socialização.

Chame seu filho para um piquenique. Não são necessários grandes preparativos para isso. Pode ser um lanche da tarde no quintal, na pracinha ou em um parque próximo. O importante é escolher um dia bonito e sair de dentro de casa. Pense em um cardápio descomplicado: um sanduíche fácil de preparar, frutas, suco em caixinha, água. Deixe seu filho ajudar a embalar os sanduíches e a organizar todos os itens em uma mochila ou cesta, que pode ser uma daquelas de plástico mesmo.

(LEIA TAMBÉM: O QUE LEVAR PARA AS CRIANÇAS COMEREM NO PIQUENIQUE)
Façam jogos americanos personalizados. Uma sugestão é recortar desenhos ou fotos de revistas que representem as atividades que a criança deve fazer antes de ir para a escola (vestir o uniforme, pentear os cabelos, tomar café, escovar os dentes etc). Cole as imagens em uma cartolina e escreva ao lado o que cada uma delas representa. Você pode também enumerar a ordem em que cada coisa deve ser feita. Plastifique dos dois lados e pronto! Esse pode ser um jeito divertido de ajudar as crianças que estão começando a ir para a escola a entender a nova rotina.

Decorem canecas para um lanche com os amiguinhos da escola ou do condomínio. Providenciem canecas lisas e canetas para porcelana. Passe um pano com álcool na caneca para garantir que a superfície esteja bem limpa, o que ajuda a fixar a tinta. Planejem o desenho de cada caneca pensando na personalidade de cada convidado. Coloquem o nome de cada um para finalizar. Depois, presenteie cada criança com sua caneca.

Convide seu filho para ajudar a preparar uma refeição temática. Pode ser a noite da pizza, da comida mexicana, do macarrão etc. Planejem o cardápio (com direito à sobremesa, claro), separem os ingredientes e dividam as tarefas. Vocês podem caprichar na decoração da mesa e pensar em acessórios que cada um pode vestir para deixar o jantar ainda mais especial e divertido.

Façam um boneco cabeça de capim. Separem vasinhos, terra e um pouco de alpiste. Desenhem modelos de olhos e bocas numa folha e recortem. Em seguida, colem os recortes nos vasos e plantem o alpiste. Reguem juntos e acompanhem o crescimento da cabeleira! Se quiserem inventar, cortem o alpiste criando “penteados” diferentes!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mecônio: Sinal de sofrimento fetal?




Muitas mães tem pânico em ouvir falar de mecônio. Mecônio é o cocô verde que o bebê libera nos primeiros dias de vida, e algumas vezes na barriga da mãe. Quem nunca ouviu uma vizinha contando que o bebê da sobrinha engoliu mecônio, que o bebê da neta aspirou mecônio, que o médico marcou a cesárea porque o bebê tinha feito cocô na barriga…
Vamos desvendar os mitos agora!
Há dois motivos para eliminação de mecônio durante a gravidez: MATURIDADE FETAL, porque o intestino está funcionando a contento, o que é um bom sinal, e SOFRIMENTO FETAL, porque quando o feto está mal oxigenado aumenta a contratilidade dos intestinos e relaxam-se os esfíncteres (como quando estamos em uma situação de estresse).
Em um feto bem oxigenado, que elimina mecônio apenas porque está maduro, sua presença não traz maiores (aliás, nem menores) problemas. Esse feto maduríssimo e pronto para evacuar a cada instante também urina dentro da barriga. A urina é a principal fonte de produção do líquido amniótico, e quanto mais líquido mais fácil fica de o mecônio se diluir. Um bom volume de líquido amniótico indica que os rins fetais estão funcionando a contento, bem perfundidos (ou seja, o sangue chega lá e irriga bem os rins). Esse mecônio diluído dá o aspecto que chamamos de “tinto de mecônio” ou “mecônio fluido”. Aí, também, sem repercussões desfavoráveis. Evidências ultra-sonográficas sugerem que o feto pode evacuar algumas vezes dentro do útero e, ao nascimento, encontrar-se líquido CLARO,
Se o líquido amniótico está diminuído, não há como diluir o mecônio, aí temos o MECÔNIO ESPESSO, podendo mesmo assumir o aspecto característico de papa de ervilhas”. A preocupação nesse caso é com o motivo pelo qual o mecônio está espesso, porque o líquido amniótico pode estar diminuído fisiologicamente no final da gravidez e nas gestações pós-termo (que ultrapassam 42 semanas) ou por insuficiência placentária, reduzindo o fluxo sanguíneo para os rins fetais.
O risco de aspiração do mecônio e desenvolvimento de um quadro de pneumonite grave (Síndrome de Aspiração Meconial) é a maior preocupação nesses casos de mecônio espesso. Entretanto, o quadro só ocorre em bebês em sofrimento, que fazem movimentos de ‘gasping’ dentro do útero e, ao nascer, não têm os mecanismos fisiológicos para ‘clarear’ o mecônio.
Bebês hígidos, saudáveis, podem até aspirar mecônio mas os mecanismos pulmonares normais entram em ação para eliminar esse mecônio.
Concluímos, portanto, que o fundamental é distinguir se o bebê se encontra ou não em sofrimento. A ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF) continua sendo a forma não-invasiva mais eficiente de se monitorizar o bem-estar fetal, podendo ser realizada de forma intermitente (com o sonar Doppler) ou contínua (pela cardiotocografia). Uma boa ausculta fetal durante o trabalho de parto é tranquilizadora. Se há alteração dos batimentos e a freqüência cardíaca fetal assume um padrão “não-tranquilizador”, está indicada a antecipação do parto, que pode ser por cesariana ou, se o evento ocorre no período expulsivo, através de fórceps ou vácuo-extração.
Alguns estudos apontam para um possível efeito benéfico da amnioinfusão(instilação de soro na cavidade amniótica por via cervical), no sentido de prevenir as desacelerações freqüentes nos casos de oligo-hidrâmnio, porém ainda não há evidências suficientes para apoiar sua indicação rotineira. De acordo com a revisão sistemática da Cochrane, o procedimento pode levar a redução das taxas de cesariana por ‘sofrimento fetal’.
Esse texto foi escrito pela Dra. Melania Amorim, Obstetra renomada e completamente a favor do Parto Humanizado.

Entrevista com Denise Carreiro sobre Consumo do Leite

Vamos obter mais informações,para podermos tomar decisões conscientes! Excessos nunca fez bem, FATO!

Parto Domiciliar: baixo risco que vale a pena- por Kalu Brum

Texto que esclarece muito bem que parto domiciliar, observando as condições de saúde da gestante, é muuuuito tranquilo e sem riscos! A jornalista e Doula,  Kalu Brum esclarece vários pontos errados, de uma matéria que saiu na Revista Veja. Leiam com a mente aberta, ok?!


Há exatos 4 anos e 7 meses Miguel nascia nesta casa, em uma área rural de Nova Lima, localizada a 15 minutos de Belo Horizonte. Minha opção pelo parto domiciliar foi a mais acertada, uma vez que era uma gestante de baixo risco, bebê cefálico etc.
Como sabemos as condições para um parto tranqüilo são as mesmas que necessitamos para o ato sexual: baixa luz, não observação, massagem, ambiente quente, liberdade de movimento, expressão, alimentar-se, beber água.
O parto domiciliar continua sendo uma opção segura que tem feito a cabeça de muitas mulheres, fartas do machismo de um parto hospitalar medicocentrista que leva o Brasil a vergonhosa taxa de 80% de cesarianas na rede privada. Por que um conselho médico resolve ir a uma revista de grande circulação comprar divulgar uma matéria desaconselhando o parto domiciliar? Certamente porque o número de mulheres que  procuram esta modalidade de parto tem crescido, afetando os bolsos e os brios dos senhores do parto. “Assumir riscos alegando uma medicina humanizada é uma involução. A medicina bem feita vai da relação entre médico, gestante e equipe envolvida. E é desse relacionamento que se dá a humanização do parto”Silvana Maria Figueiredo Morandini, obstetra conselheira do Cremesp.
Alguém poderia explicar a essa Dra. que humanização significa protagonismo da mulher no parto. E essa relação  médico, gestante e equipe envolvida, em 80% das mulheres usuárias de plano de saúde leva a uma cesárea desnecessária. Ou será que ao comprar planos de saúde ganhamos doenças como circular de cordão, bacia estreita, pressão alta, falta de dilatação? Ou será que as letras miúdas do contrato não avisam que as práticas obstétricas não serão baseadas em evidências científicas?
E quando é que vão explicar que parto em casa não é debaixo da árvore adubada? Os lençóis são limpos e a  equipe que presta assistência segue regras de higiene e condutas muito efetivas como diminuir o risco de infecção por excesso de toques, por exemplo. E com menos intervenções os riscos de problemas caem consideravelmente.
Alguém podia avisar que os casos de parada de progressão, queda do batimento cardíaco, são causados quase sempre por ocitocina sintética, excesso de anestésico? Que as práticas hiospitalares são medieis (quem já viu um Kristeller e episiotomia que o diga). Ou seja, a maneira de estar seguro, dentro de uma medicina baseada em evidência científica é dentro de casa, com uma equipe estruturada. A chance de dar certo é de 99,9% dos casos. E temos lhe dizer que se você cair na lacuna da estatística, se estiver em casa ou no hospital o fim será o mesmo. Ou será que bebês não morrem em hospitais? Alguém avisou esses médicos que cesáreas repersentam 3 vezes mais riscos para mãe e bebê?
Ninguém avisou esses doutores que a equipe que atende a partos domiciliares precisa ter um treinamento para os primeiros socorros e que a mesma assistência que uma criança teria em um ambiente hospitalar recebe em casa ou na transferência até a chegada ao hospital?
De acordo com Eduardo Souza, obstetra e coordenador científico de ginecologia e obstetrícia do Hospital São Luiz, o parto normal tem índices de complicação relativamente baixos. “As chances de complicar são de, em média, 1%. O problema é que uma vez que acontece uma complicação, mulher e criança estão expostas a riscos que podem ser graves”, diz.
E os riscos da cesárea que na rede pública a mulher temn 80% de chance de ser vítima? Ou seja, combate-se a possibilidade de 1% de complicações e não se olha para os 80% que geram milhões de gastos, com UTIs, infecções neonatais etc?
Riscos  apresentados pela revistinha:
Retenção placentária (Em parto natural? Raríssimo e no caso, é possível uma transferência sem complicação)
Ruptura de colo (Sem o uso de ocitocina? Mais arriscado morrer de infecção hospital)
Atonia uterina, quando o útero não se contrai de maneira regular (isso é detectável durante o trabalho de parto, o que levaria a equipe a optar por uma transferência)
Laceração de partes frágeis do corpo, que podem levar a hematoma anal e na bexiga (a episiotomia é uma laceração de quarto grau. E a queda de bexiga geralmente causada pela força dirigida devido a anestesia ou a contratura irregular do útero pela ocitocina sintética)
Falta de oxigenação (geralmente causada pela ocitocina, anestesia, Kristeller, posição deitada).
Todas essas intercorrências são causadas por profissionais despreparados, intervencionistas e apoiados pela instituição hospitalar.
Quer ler evidencia científica sobre Parto Domiciliar? Aqui tem. A revistinha apresenta um fragmento de pesquisa para direcionar os leitores de acordo com o desejo dos anunciantes.
De acordo com Antônio Júlio de Sales Barbosa, obstetra do Hospital Santa Catarina, hoje já é possível que o parto seja feito de formas mais humanizadas dentro dos hospitais. Ah, é mesmo? Cite o nome de 5 centros obstétricos decentes? Geralmente as equipes humanizadas, as mesmas que atendem a partos domiciliares são as que realizam partos humanizados em hospitais, a despeito das regras das instituições. Quero ver chegar e parir naturalmente (principalmente na rede privada).
Em alguns centros há salas preparadas especialmente para isso, com treinamento adequado da equipe e maior respeito às necessidades e vontades da gestante. “É ela quem escolhe a posição em que deseja dar à luz ou mesmo se quer ou não tomar anestesia no parto normal. Cada vez mais estamos nos preparando para que a mulher tenha voz ativa.”Ah é? Jura? Quem? Só os médicos que realizam partos domiciliares. A grande maioria nem espera a mulher entrar em Trabalho de Parto. Queria saber se dos 80% das cesáreas, quantas foram realizadas em mulheres em Trabalho de Parto Ativo?
Em casa: Segundo as defensoras do parto domiciliar, existe maior conforto em se dar à luz em casa, onde o ambiente é familiar e é possível ter parentes ao redor. Alto lá! Nunca ouvi ninguém escolher um parto domiciliar por isso. A gente sabe que quanto menos gente melhor.
No hospital: A presença de familiares também é permitida dentro dos hospitais, em número limitado. Em algumas instituições já existem quartos adaptados para o parto. Nesses lugares, a decoração é pensada para que o ambiente se assemelhe a um quarto domiciliar. “Antigamente a única opção era ir para uma sala cirúrgica, dessas que se vê na televisão. Mas hoje já existe o que chamamos de labor delivery room, uma sala própria onde ela fica do início do trabalho de parto até depois de dar à luz”, diz Antonio Julio de Sales Barbosa, obstetra do Hospital Santa Catarina. Nossa, sério? Que nos hospitais nem são usadas. Aliás, o Santa Catarina tem quantos % de partos normais?
Em casa: Quando dá à luz em casa, a mulher tem total liberdade para escolher a posição em que quer ter seu filho. Como não há limitação estrutural do hospital, ela é livre para decidir entre dentro da água, de cócoras, de lado ou deitada. Exatamente, e principalmente: respeitada em sua escolha.
No hospital: Quanto mais especializado em parto o hospital, mais infraestrutura ele terá. Isso significa que maternidades, por exemplo, já possuem estrutura suficiente para que a mulher consiga escolher como quer dar à luz. Há desde camas adaptadas para diversas posições, como banheiras em tamanhos adequados para que o obstetra consiga trabalhar. Mas que médicos esperam a mulher entrar em trabalho de parto? Que dirá parto na água?
Em casa: Com o menor uso de medicamentos e de intervenções consideradas desnecessárias, a mulher poderia ainda ter mais controle e uma participação mais ativa no processo do parto, além de ter uma recuperação física mais rápida. Exato, e uma equipe que respeita, apóia e sabe a importância disso.
No hospital: “Nada é feito de maneira obrigatória, a mulher toma anestesia somente quando autoriza ou a solicita”, diz Eduardo Souza, obstetra e coordenador científico de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital São Luiz. De acordo com o especialista, a gestante pode ainda optar pela presença de doulas, acompanhantes especializadas em técnicas não-medicamentosas para o controle da dor. MENTIRA! A maioria dos médicos não aceita doula, a maioria nem espera a mulher em trabalho de parto, a maioria não acredita em parto sem anestesia, ocitocina. Isso sim é perigoso.
Fonte: Revista VEJA
Do Blog Mamiferas

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vídeo de parto Natural no Chile!

O que eu conseguir entender no vídeo, lindíssimo, e achei o máximo foi:

O pai que estava filmando uma hora fala: " Não perturbem ela.", em seguida " Deixem que ela o esta recebendo!", e depois "...ela quer que o cordão para de pulsar para cortá-lo".
Não é fabuloso! E o pessoal ali, sem saber o que fazer!! A mulher no controle total como deve ser!




Vegetarianismo infantil sem riscos!


Gente, achei muito interessante esta matéria. Me encontro numa dieta sem carnes  de ave e vermelha. Consigo comer peixe, ovo, leite e seus derivados. Não sei o que aconteceu, mas simplesmente não consigo mais comer carne! Não dá! Então pensei  e penso sempre na alimentação das crianças vegetarianas...mas como não tenho um conhecimento mais aprofundado nesta área, resolvi procurar...bem leiam este texto, muito esclarecedor!

vegetarianismo infantil crianças vegetarianas

Para adotar uma dieta vegetariana com seus filhos, informação e substituição são as palavras-chave

Karol Souto tinha apenas 10 anos quando foi a uma avícola comprar frango a pedido da mãe. Ingênua, escolheu a ave como quem estivesse escolhendo um bichinho de estimação. Apontou o dedo para o animal sem se dar conta de que, após alguns minutos, estaria recebendo o corpo e os órgãos em uma sacola. “Naquela hora caiu a ficha: carne é bicho. Achei tétrico”, conta a vocalista da banda Mercenários do Rock. “Eu era o algoz, escolhi o bicho que iria morrer”. Desde então, ela passou a restringir o consumo de carne como pôde, até finalmente trabalhar e passar a comprar a própria comida. Quando a primeira de suas duas filhas nasceu, Karol prontamente avisou a pediatra que carne estaria fora da dieta.

Muitos médicos seriam contrários a decisões como esta, mas não foi o caso da pediatra. Diante da opção da mãe, ela passou a pesquisar o assunto a fundo. Acompanhamentos mensais, avaliação de neurologistas e hemogramas foram requeridos para acompanhar de perto o possível impacto de uma dieta ovolactovegetariana – sem carne, mas com ovos e leite – na saúde da criança. Hoje, sete anos depois e com uma irmã de quase dois anos também vegetariana, a menina é saudável e livre para comer carne se desejar. “Ela às vezes come um cachorro-quente na escola”, admite Karol, que exibe tatuado no corpo o símbolo do vegetarianismo. Mas explica a filosofia da casa: “Sou contra todo tipo de escravidão, vício e preconceito. Aqui, todo mundo é livre”.

Proteínas e crescimento

O médico Eric Slywitch, especialista em Nutrologia e autor do livro “Alimentação sem Carne – Guia Prático”, lembra que alguma fonte proteica de origem animal é necessária na dieta das crianças até um ano de idade, pois o bebê tem dificuldade de produzir um aminoácido – a taurina, presente no próprio leite materno e nas fórmulas infantis elaboradas para substituir o leite da mãe. Depois, pais vegetarianos devem seguir recomendações específicas para a criança vegetariana. Para ele, a retirada da carne só traz problemas quando a substituição por outros alimentos é inadequada: “Pais devem buscar orientações com profissionais que conhecem as substituições corretas e sabem avaliar de forma objetiva o estado nutricional do bebê”, explica ele, que se tornou vegetariano em 1992.

A nutricionista especializada em pediatria Giovana Longo Silva, da Unifesp, afirma que um dos problemas associados à dieta vegetariana na infância é a deficiência de ferro. “A suplementação acaba sendo necessária no vegetarianismo, mas a mãe precisa procurar um médico para isso”. Segundo ela, o suplemento deve ser utilizado em apenas último caso, pois existem alimentos capazes de suprir estas necessidades (veja abaixo um guia breve da substituição de alimentos). Muitas vezes a deficiência não é visível e só exames laboratoriais podem apontar alterações no sangue. “Todos os riscos nutricionais numa dieta vegetariana são conhecidos e há ferramentas objetivas para monitorar isso”, pondera Eric. “Havendo alguma deficiência, também há formas simples de corrigi-la sem a criança ter de comer carne”.

Mas nem todos pensam assim. “Uma dieta estritamente vegetariana é incompatível com as necessidades de crescimento e desenvolvimento da criança”, afirma o pediatra Francisco Lembo Neto, do Hospital Samaritano de São Paulo. “Crianças não são 'adultos pequenos' e o tamanho do estômago, embora menor, tem maiores necessidades nutricionais”, explica. Por este motivo a dieta ovolactovegetariana, menos restritiva, seria menos prejudicial, embora deva ser orientada por um nutricionista. Para Francisco, a criança precisa receber carne vermelha e a restrição da mesma pode levar a retardo no crescimento e desenvolvimento da criança, alterações funcionais graves de vários órgãos, deficiência imunológica e anemia, entre outros problemas.

“É uma irresponsabilidade submeter uma criança a uma dieta 'veggy' (veganista, que não aceita qualquer alimento de origem animal), pois trata-se de uma dieta incompatível com as necessidades de qualquer pessoa em desenvolvimento”. Foi o caso do casal de franceses que, no fim do mês passado, foi acusado de homicídio após a morte por desnutrição da filha, de 11 meses, alimentada apenas com leite materno.
vegetarianismo infantil crianças vegetarianas
A nutricionista Mariana Marchetti é vegetariana e seu filho, de seis anos, é ovolactovegetariano. Para ela, uma dieta vegetariana bem planejada é completamente segura em todas as fases da vida, basta apenas informação sobre o assunto com a ajuda de profissionais especializados. “É preciso substituir alimentos e fornecer todos os nutrientes necessários para se ter uma boa saúde, não apenas excluir certos alimentos”. Os principais nutrientes que devem ser balanceados, neste caso, são os minerais como o ferro, o cálcio, zinco, gorduras do tipo ômega 3 e vitamina B12. “Ser vegetariano é bem simples, basta informação”, explica.

Karol é contra os suplementos e diversifica muito o cardápio em casa. “Não precisamos viver à base de remédios, é só achar um meio natural de não agredir nenhum ser”, comenta. “Aqui em casa, eu faço questão de fazer a comida. É a minha magia, é o que eu dou de melhor para a minha família”. Entre as opções para enriquecer a alimentação, ela conta com arroz preto, todos os tipos de feijões, frutas e verduras. Está sempre inventando uma receita diferente, fugindo da vida baseada em macarrão. “Tudo na minha casa é orgânico, compro ovos totalmente livres de hormônios”. Desta forma, ela atende ao que Eric Slywitch recomenda: a escolha certa dos alimentos e a forma como são preparados.

Substituição de alimentos

Há diferentes tipos de dieta vegetariana. A ovolactovegetariana é composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados. A lactovegetariana aceita apenas leite e derivados, mas exclui os ovos. O ovovegetarianismo restringe o consumo de produtos lácteos e o vegetarianismo estrito exclui todos os produtos de origem animal, até mesmo o mel. Cada linha deve ser seguida com cuidado e há nutrientes específicos que devem ser substituídos de forma adequada.

Proteínas

A carência de proteínas pode afetar o desenvolvimento e crescimento da criança. “Ao retirar as carnes, inclua feijões, ervilha, lentinha, grão-de-bico e tofu”, explica Eric Slywitch, autor do livro “Alimentação sem Carne – Guia Prático” (Editora Alaude). “Quando substituímos as carnes por feijões, a proteína permanece três vezes mais elevada que a necessidade. E os aminoácidos (lisina, metionina e cisteína), cinco vezes mais elevados”. Se a criança não come ovo, o consumo de arroz integral e leguminosas deve ser mais alto em todas as refeições.

Ferro

A carência de ferro pode afetar a disposição e o desenvolvimento cognitivo. Para compensar a menor biodisponibilidade do ferro vegetal, Eric Slywitch recomenda escolher alimentos com o dobro do ferro das carnes. “Em 75 gramas de feijão, o que equivale a menos de meia xícara do grão cru, temos 4,8 mg de ferro, que substitui a carne bovina”, explica. O frango poderia ser substituído pode apenas 25 gramas de feijão, o equivalente a 1/8 de xícara de grão cru. Mariana Marchetti explica que o consumo do ferro vegetal requer cuidados especiais. O ideal, além de contar sempre com o feijão e verduras verde-escuras, é ingeri-los ao lado de uma fonte de vitamina C – como o limão, laranja, abacaxi – para melhorar a absorção do mineral, e nunca com leite, chá ou café.

Zinco

Falta de zinco no organismo pode afetar o crescimento e o estado imunológico do indivíduo. Por isso, crianças vegetarianas devem consumir muito gergelim, gérmen de trigo ou soja. Para melhorar a absorção do zinco, os grãos devem ser deixados de molho na água da noite para o dia. Isso reduz o teor de ácido fítico, elemento que reduz a absorção do mineral. Cerca de 50 gramas de gergelim fornecem a mesma quantidade de zinco (6,4 mg) presente nas 100 gramas de carne diárias recomendadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Vitamina B12

A deficiência de vitamina B12 está associada a problemas de desenvolvimento cognitivo e sistema nervoso. Ela é encontrada em ovos e laticínios, mas Eric Slywitch defende o uso de suplementos. “As necessidades podem ser supridas com 60 a 70 gramas da maioria dos queijos ou com 250 ml de leite de vaca”, explica. Fórmulas infantis contêm a B12 e podem ser grandes aliadas da saúde da criança.

Cálcio

O déficit de cálcio pode prejudicar o crescimento e a formação adequada dos ossos, além de favorecer a osteoporose na vida adulta. “Neste caso, é fundamental enfatizar a ingestão de alimentos como a couve, brócolis, feijão branco, gergelim torrado, frutas secas, castanhas, tofu e melado de cana”, afirma a nutricionista Mariana Marchetti. Fórmulas de extrato de soja enriquecidas com vitaminais e minerais também ajudam a alcançar a quantidade de cálcio recomendada.

Por Tatiana Gerasimenko
Fonte - Foto: Amana Salles - Publicado em 13.04.2011


Retirado daqui

A Crise dos 3 Meses

Texto bárbaro do Dr. Gonzáles, disponibilizado na comunidade do orkut Pediatra Radical (fonte no fim do texto), e que foi compartilhado pela minha doula/amiga/ conselheira espiritual em horas difíceis, Aline Amorim. Leiam gente, é muito importante estarmos abertos a boas informações!




Por volta de 2-3 meses de idade, alguns bebês tornam-se tão eficientes na mamada que são capazes de mamar tudo o que precisam em 5 ou 7 minutos, algumas vezes em 3 minutos. Se ninguém disso isso para a mãe e ela espera que a criança fique no seio por “pelo menos 10 minutos”, ela vai achar que seu filho não está mamando o suficiente, como esta mãe aqui:

Eu tenho uma filha de 4 meses. Meu problema é que não sei se ela está mamando o suficiente. Ela passa somente 3-4 minutos no peito e eu fico com receio de que ela não está mamando leite suficiente. Quando ela tinha 2 meses, ela mamava por 10 minutos de um lado e 5 do outro e ganhava peso rapidamente; agora ela está caindo na curva de crescimento.

Eu também notei que meus seios não enchem mais como antes, eles chegavam até a vazar!

O que mais me intriga é que nos primeiros 2 minutos ela engole muito leite, bem rápido e e depois começa a tirar a boca do peito e a colocar novamente, sem ficar quieta. Eu tenho que alternar os lados e tentar posições diferentes para ela mamar ao menos 10 minutos. Eu me pergunto se ela faz isso porque ainda está com fome.

Outra coisa que me preocupa é que ela está mamando mais vezes, especialmente de noite. Ela dormia 5-6 horas seguidas de noite, agora dorme no máximo 3-4 horas, até menos.

O pediatra me disse que eu posso começar a dar leite artificial na mamadeira. Já tentei, mas ela não aceita, mesmo que outra pessoa ofereça a mamadeira.



O caso desta mãe ilustra bem a crise dos 3 meses de idade:

1. O bebê que mamava 10 minutos agora termina em 5 minutos ou menos.
2. Os seios, antes cheios e pesados, agora estão macios e “vazios”.
3. O leite não vaza mais.
4. O ganho de peso do bebê diminui.

Tudo isso é absolutamente normal. O engurgitamento das mamas nas primeiras semanas pós-parto não tem nada a ver com a quantidade de leite produzida e sim com uma inflamação temporária que acontece no início da lactação. Mamas cheias e vazamento são problemas iniciais, que desaparecem assim que a amamentação está estabelecida.

E a diminuição no ganho de peso, claro, é esperada. Os bebês ganham menos e menos peso a cada mês que passa. É por isso que as curvas de crescimento são curvas e não retas. Entre 1 e 2 meses, uma menina amamentada ao seio ganha tipicamenate 400g a 1,3 kg, com a média sendo um pouco acima de 800g. Eliminamos o primeiro mês, porque sempre há perda de peso e depois ganho, o que faz a conta final muito variável. SE o bebê fosse continuar ganhando peso neste padrão, em 1 ano ganharia 5 a 15 kg, com média de 10 kg. Na realidade, durante o primeiro ano de vida, meninas ganham entre 4,5 a 6,5 kg, com a média sendo 5,5kg. Em outras palavras, uma menina que ganhou 500g no primeiro mês de vida (alguns podem achar muito pouco, mas na realidade é normal) ganhará menos peso eventualmente. Todos os pesos são medidas aproximadas. Meninos geralmente ganham um pouco mais que meninas.



Claro que o bebê da mãe do exemplo não aceitou a mamadeira com complemento; ela não estava com fome. Infelizmente nem todos os bebês mostram tal controle e, algumas vezes, especialmente se a mãe insiste muito, eles tomam a mamadeira msmo sem estarem com fome.

Se alguém tivesse explicado a esta mãe o que estaria para acontecer no terceiro mês, ela não teria se preocupado. Mas a mudança inesperada deixou-a insegura. Mesmo assim, se ela estivesse confiante na própria habilidade para amamentar, ela não teria se estressado. A explicação mais lógica para todas as mudanças é “eu tenho tanto leite que minha filha fica cheia em 3 minutos”. Mas o medo do fracasso na amamentação é tão incutido em nossa sociedade, que não importa o que acontece, a mãe sempre pensa (ou é convencida a pensar) que ela não tem leite suficiente.

A mãe também se preocupa com outro mito moderno: que as crianças, à medida em que o tempo passa, aprendem a dormir mais. Na realidade, as crianças passam mais tempo acordadas quando vão crescendo. É verdade que um dia elas dormirão mais horas seguidas e vão começar a dormir a noite inteira, mas dificilmente isso acontece aos 4 meses de idade. Entre o nascimento e 4 meses de vida, é mais provável que você observe seu bebê dormindo menos. Muitos bebês mamam várias vezes por noite durante os primeiros anos de vida (o que é muito mais fácil que preparar mamadeiras de madrugada, especialmente se o bebê dorme na mesma cama que a mãe).

A mãe do exemplo já começou a forçar a filha a comer. É um beco sem saída. É fácil deduzir que, a menos que a mãe decida mudar radicalmente seus hábitos, a introdução de sólidos será uma luta."

Retirado na íntegra do livro My Child Won't Eat, do pediatra Carlos González, recomendado pela La Leche League


Fonte

Disponibilidade para amamentar...

Mais um texto maravilhoso disponibilizado pelo blog Maternar Consciente, e que retirei do blog da minha querida doula/amiga Aline Amorim. Leiam, reflitam sobre este ato maravilhoso de AMAmentar,! 


Por Laura Gutman

Tradução: Sandra CP.

Somos mamíferos- ainda que esquecemos- porque temos mamas. E todas as mamíferas foram designadas para amamentar suas cria. Portanto, todas somos capazes de nutrir ao bebê recém nascido com o leite que vem naturalmente do interior de nosso corpo. É verdade que o conceito “natural” está completamente manipulado pela cultura, por isso nos ater ao que é ou não “natural” costuma parecer-nos bastante complexo.


Imagem do Google
Então depositamos tantas fantasias no alimento, no que é bom ou não oferecer ao bebê, que o “dar de comer” se converteu em todo um problema para as mães modernas. Inclusive dar de mamar passou a ser algo difícil de conseguir, algo que há que superar, controlar e estudar ao pé da letra para ter sucesso. É estranhho que em somente 50 anos da recente história é esquecemos a natureza, a simplicidade e o silêncio com que as mulheres sempre amamentaram aos nossos filhos desde que existe a humanidade.
A realidade é que a amamentação é fundamentalmente contato, conexão, braços, silêncio, intimidade, amor, doçura, repouso, permanência, sono, noite, solidão, fantasia, sensibilidade, olfato, corpo e intuição, ou seja, tudo é muito distante das receitas pediátricas e de todos os “deve ser” que pretendemos cumprir no papel de mães.

A amamentação falha quando a colocamos dentro dos parâmetros de “melhor alimento”. Quando calculamos, medimos, pesamos ou estamos atentas às quantidades e tempos em que o bebê tomou ou deixou de tomar. Não se trata de pensar no que come. Se trata de estar junto. É algo tão “natural” que esquecemos-o. Porque quase não mantemos relações afetivas de modo simples, sem projetos nem objetivos.

Para ser uma boa mãe, acreditamos que devemos dar ao bebê o melhor. E se o melhor não é quantificável, a amamentação falha.

A questão vai além dos desejos ou ilusões sobre um bom alimento, somos um exército de mães que não podemos dar de mamar aos nossos filhos, somos mães a quem nos sangram os mamilos, nos ferem e o pior de tudo: o bebê volta a pedir como se não houvesse sido suficiente o que mamou uma hora antes. Temos a sensação de que as contas nunca dão bons resultados em matéria de amamentação. Não se pode viver assim!
Ambas as situações, amamentação e liberdade, não são compatíveis. Ninguém pode determinar o que é que cada qual deve fazer. Mas sim é importante que saibamos o que ganhamos e o que perdemos frente a cada decisão.

Gutman, Laura. Livro: A revolucao das maes: o desafío de nutrir aos nossos filho, pg 99-101

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