quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Elizabeth Davis - Orgasmic Birth - Parto Orgásmico

Belíssimo depoimento!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Humanização no parto devolve protagonismo à mulher


Esta é uma notícia de 2009, mas é sempre bom ler, e ter o ponto de vista de profissionais que trabalham a anos na Humanização do Parto e Nascimento. 

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1º Encontro de Humanização do Parto em Sorocaba, realizado pelo Movimento de Apoio a Humanização do Parto em Sorocaba(Mahp) no auditório do campus Sorocaba no dia 29/9, abordou a protagonização da mulher no momento do parto. O chamado "parto humanizado" critica o uso de tecnologias e procedimentos desnecessários em partos de baixo risco e ainda defende que o nascimento aconteça da maneira mais natural possível.
Membro do Colegiado Nacional da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (Rehuna) e mais quatro instituições internacionais, o ginecologista, obstetra e homeopata Ricardo Herbert Jones afirma que o maior objetivo da humanização é devolver o parto à mulher. “Independente de classe social, a mulher no Brasil não tem autonomia, não tem protagonismo no próprio parto”, revela Jones, que trabalha com a perspectiva humanística desde 1986.
Também participaram do encontro a enfermeira obstetra Priscila Maria Colacioppo, que há sete anos atende partos domiciliares pela ONG Primaluz e a ginecologista Mariana Simões, pioneira na humanização do parto hospitalar em Campinas. “O parto hoje é tirado da mulher. Temos que mudar essa visão, passar a ver que faz parte do processo natural e fisiológico dela. Faz parte do ciclo feminino”, destaca Mariana.
Para Jones, a obstetrícia no Brasil é atrasada em relação aos países europeus, do ponto de vista conceitual. “Um bom hospital de São Paulo vai ter a mesma estrutura de um hospital de Nova Iorque ou de um europeu. Mas, o debate brasileiro é atrasado, centrado na figura do médico, no hospital e nas doenças”, destaca. O ginecologista explica que esse atraso é reflexo de anos da prática de um modelo importado dos Estados Unidos, onde o parto está centrado na figura do médico e não da gestante. “A paciente é tratada como coisa, como objeto inanimado, que não tem voz, não tem vez, não tem opinião e não pode decidir sua própria história”, fala.
A principal causa para isso acontecer é que os médicos veem as gestantes como doentes, incapazes de decidir pelo melhor. Como os médicos são treinados para o uso de tecnologia, eles acabam desviando o olhar da fisiologia e prestando demasiada atenção à patologia. Na realidade, segundo Jones e Colacioppo, a parturiente possui sim a capacidade de escolher o melhor para ela e o bebê, mas ainda é preciso se informar. “A mulher tem capacidade para escolher o que é melhor para o parto dela, mas o sistema não permite muitas escolhas, deixando-as impostas às normas hospitalares. Porém, o correto seria deixá-la no comando. O médico não faz o parto, ele assiste e auxilia”, diz Mariana.
Para os defensores do nascimento natural, o parto ideal é o que tem a atenção humanizada, que precisa de um tripé para funcionar adequadamente. O primeiro pilar – e o mais importante, segundo Jones – é a restituição do protagonismo do parto pela mulher. Em segundo lugar é preciso ter uma atenção integrativa e holística do nascimento, que possui aspectos psicológicos, espirituais e emocionais. Por último, a vinculação da medicina baseada somente em evidências, e não somente em procedimentos de rotina, fecha o ideal para o parto humanizado.
Jones explica que a humanização no nascimento não significa a desvalorização total do uso da tecnologia. Pelo contrário, a humanização é uma síntese de dois paradigmas: de um lado a tecnocracia e de outro o naturalismo. “É possível unir os dois, mesmo porque a tecnologia sempre é bem vinda, mas somente quando é necessária”, finaliza.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Como você gostaria que seu bebê nascesse?

Dia do Bebê e Mamaço foram ótimos!

Espelho D'água- Redenção
Ontem aconteceu no Parcão de Porto Alegre, o Dia do Bebê. Um evento que contou com muitas atividades, para pais e crianças. 
No Espaço Humaniza, tínhamos as meninas do Flor do Sul, bonecas didáticas. Conheci, finalmente a Jane e sua filha Andressa, queridíssimas e poderosas! Ali  no espaço ocorreu o Mamaço, com mães e bebês lindos, que tive o prazer de conhecer. Falamos sobre o aleitamento materno, de como parece ser complicado no inicio, mas também como se resolve naturalmente, tendo apoio e orientação. Falamos do vínculo através do ato de amamentar, e de como passa rápido este momento, e que por isso devemos nos dar a oportunidade de amamenta-los e de ficar juntinhas com eles por este tempo. Cansa, com certeza, mas VALE MUITO A PENA!
Mamaço

Andréa e Inácio
Lá também ocorreu demonstração de parto natural, banho de balde, shantala entre muitas outras coisas, tudo para informar melhor os pais e futuros pais. Revi muitas pessoas maravilhosas, minhas colegas de curso de Capacitação de Doulas, Melissa e Sônia, a Doula Zezé. Revi colegas do aleitamento materno, a Rosane Nutricionista e conselheira, da Consultoria Mamãe e Bebê. 


minhas companheiras de missão!














Participamos da passeata dos bebês, e que calor hem?! Espero que todos os bebês estavam de protetor solar. Foi linda a passeata. Depois meus pequenos, marido e eu fomos fazer o teste do dedinho, para anemia.
No dia do bebê também ocorreu apresentação teatral, brincadeiras, estavam sendo realizados o teste da orelhinha e visão (com doacao de oculos), verificação de pressão, glicose, vacinas, massagem para bebes e mamães, coleta de leite, doação de sangue e muitos outros.
 também o e foi dada muita informação e orientação as famílias. Pela manha estava cheio o Espelho d'água, muita gente participando deste evento maravilhoso!


Passeata do bebê!








Maridão e as crianças

Ana A Doula Nutri
Mãe do Bê e da Fifi

sábado, 26 de novembro de 2011

Vídeo da Concepção ao Nascimento

Noticia: Experiência do parto "mudou minha vida", diz atriz global


Bruna Luz nasceu no último dia 25 de parto normal. Foto: Daniel Delmiro /AgNews
Bruna Luz nasceu no último dia 25 de parto normal
Foto: Daniel Delmiro /AgNews

A atriz Carolinie Figueiredo deu a luz na madrugada da última sexta-feira (25) à sua primeira filha, Bruna Luz, fruto do relacionamento com Guga Coelho. Neste sábado, a atriz comentou no Twitter sobre o nascimento da filha: "estou tão feliz. Essa experiência mudou minha vida", disse.
Para Carolinie, a yoga ajudou no parto, que foi natural e sem anestesia: "(a yoga foi) responsável por me fazer descobrir que nós mulheres somos capazes de dar a luz. Que temos força, que a natureza sabe agir quando deixamos fluir. E que a dor também é prazer."
A atriz falou ainda de sua recuperação e as primeiras impressões sobre a filha: "Eu pari e duas horas depois fui tomar um banho delicioso, sozinha. E Bruna Luz é tão esperta. Só é bravinha pra pegar o mama."

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher- 25 de Novembro- do Blog Mamíferas

Vamos lutar pelos nossos direitos!! Sofrer abusos, maltratos, violência na hora do nascimento de nossos filhos, não dá mais!! Leiam este texto do blog das Mamíferas, muito bom, e reflitam! Se informem, questionem seus médicos, e troquem de médico se eles não os agrada! Sofreu violência no parto denuncie!


Amanhã dia 25 de novembro é comemorado o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher.Infelizmente são poucas as feministas que conseguem fazer o elo entre as lutas mamíferas, dentre as quais a luta pelo direito de parir dignamente – que é uma luta pelo direito ao próprio corpo – e o feminismo. O feminismo luta pela igualdade de direitos, e não pela dominação feminina, subjugando os homens. E nenhum homem sofre os maus-tratos que as mulheres sofrem em um atendimento hospitalar.
A violência institucional é uma das marcas mais fortes do atendimento obstétrico no Brasil. Seja em hospitais particulares ou públicos, as agressões ultrapassam o limiar físico para chegar ao psicológico. Acontece quando uma mulher, já privada de seu corpo sem pelos, sem fezes, é privada de sua voz. A vocalização, auxílio importante para a fase expulsiva do parto, é calada com desdém: “Na hora de fazer não gritou.”, é o lugar-comum da equipe obstétrica. Em vez de obedecer seu corpo, a mulher deve obedecer o comando médico: “Faz força, mãe!”
Isso tudo chega ao ápice quando lemos notícias como as que dizem que as grávidas do sistema carcerário de São Paulo são obrigadas a dar à luz algemadas. A privação da movimentação é repetida na cesariana, quando a mulher é sedada e presa com correias à mesa de cirurgia. Também repetida quando a ocitocina sintética – o sorinho - é ministrada indiscriminadamente. Mas nada se compara à estigmatização que as detentas vêm sofrendo.
E sabe o que é o pior? Os leitores da matéria corroboram a prática. E dentre esses leitores, muitas mulheres defendendo. São as mesmas pessoas que acham que mulher que sai na rua com a roupa curta tem mais é que ser estuprada, e de repente, são as mesmas pessoas que acham que mulher que engravidou e ainda por cima está no SUS (que é de todo mundo e de ninguém), tem mais é que se resignar com o tratamento recebido e dar graças à deus por sair com o filho vivo.
O parto é a confirmação de um ato pecaminoso. Diz a bíblia que as dores do parto são consequências da desobediência de Adão e Eva. É quase compreensível essa visão agressiva que é lugar comum no atendimento obstétrico de uma sociedade extremamente religiosa. É compreensível, mas não é aceitável. Assim como não é aceitável dizer que deus criou o homem e a mulher diferentes, por isso seus direitos têm que ser diferentes.
No SUS, é comum ouvir frases como “Não grita não, mãezinha, que ano que vem você tá aqui de novo”. No atendimento particular, as mulheres que insistem em um parto normal livre de intervenções são chamadas nos bastidores de “frescas” ou “afetadas”. Perceber que o erro nesse caso é do atendimento, e não da mulher, é o primeiro passo para começar a combater a violência cometida contra elas.
A Luana, leitora do Mamíferas, comentou que seu médico lhe deu duas opções: uma cesariana ou uma episiotomia. E ela não está sozinha: a maioria dos médicos dita parâmetros totalmente infudados para fazer valer as suas vontades. Na blogosfera internacional existe o termo Birth Rape para designar os maus-tratos sofridos pelas parturientes nas mãos da equipe obstétrica. Se lhe parece um pouco agressiva a comparação com um estupro, imagine que você não quer fazer sexo – de jeito nenhum -, então seu marido lhe dá duas opções: anal ou oral. E aí? Você tem que escolher uma dessas duas opções?
Agora veja um ultimato desses recebido na situação da parturiente, fragilizada, em uma situação onde ela precisa se entregar à si mesma, mas está sendo obrigada a se entregar ao médico. E o pior: a vida da criança está sendo colocada em jogo, mesmo que não esteja em risco. Como isso é justo? Como isso pode ser considerado normal? Como podemos argumentar que a equipe obstétrica não tem nenhuma culpa no aumento dos índices da cesariana, se estão oferecendo a cruz ou a espada?
É extremamente importante fazer com que as mulheres percebam que elas não podem ser tratadas desse jeito. Difícil, uma vez que a auto-estima da maioria esmagadora das mulheres no Brasil é formada por músicas que as chamam de cachorras e homens que a tratam pior do que aos seus animas de estimação. O que esperar d@ médic@? Principalmente quando essa forma de violência já se tornou rotineira? Por isso estamos organizando, em parceria com o blog Parto no Brasil, essa blogagem coletiva. Para que você use do seu espaço pessoal, seja ele blog, Facebook, Twitter ou qualquer espaço virtual utilizado por você, para disseminar a consciência de que o atendimento oferecido para as gestantes brasileiras não é normal. E não pode ser aceito. Sinta-se à vontade para divulgar a imagem do post em qualquer espaço que julgar adequado.
Se você vivenciou alguma história de violência obstétrica durante seu parto e sente vontade de compartilha-la, a Ligia Moreira, do Cientista que Virou Mãe, está fazendo seu doutorado sobre a percepção das mulheres sobre a violência cometida contra elas no pré-parto, parto e puerpério, e está recolhendo depoimentos sobre isso.
Além de mandar pra ela, conta pra gente aqui nos comentários. Conta pro mundo no seu blog. E quer você tenha sido violentada ou não, ajude a espalhar a ideia de que a realidade da obstetrícia no Brasil (não só nos índices) precisa começar a mudar. E essa mudança não deve ser oferecendo cesarianas na rede pública, mas sim, oferecendo um atendimento digno em qualquer lugar.

http://www.mamiferas.com/blog/


Gente a Doutoranda Lígia Sena, esta fazendo uma pesquisa sobre O Desrespeito e Violência no parto. Por favor quem quiser contribuir, seria ótimo: http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2011/11/desrespeito-e-violencia-no-parto.html

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

É A MELHOR OPÇÃO?


assim?

Futuras Mães e Futuros Pais, peço que leiam com calma, o artigo Bom para o médico, ruim para o bebê, sobre as cesáreas agendadas estarem crescendo no Brasil. Deixo aqui  um PEDIDO! Reflitam sobre o que irão ler agora...

Marcar uma cesárea, por conveniência, ou seja, para o bebê nascer baixo a influência do signo tal, a tal hora, para a mãe estar com unhas feitas e chapinha no cabelo, para o bebê nascer no plantão do médico, porque o parto normal dói,  porque parto normal é coisa de pobre, porque vai nascer quando EU quero e ele (bebê) não tem 'querer'...não é SAUDÁVEL!! Nem para os bebês, nem para as mães!! Peço que preparem se para o parto, busquem entender os medos por trás da dor! O medo é realmente da dor, ou do NOVO, de ser Mãe, de ter responsabilidades sobre outro Ser, do aspecto financeiro envolvido, etc??
No parto natural é liberado o hormônio do AMOR, a ocitocina! Sabendo disso, pergunto: Vocês realmente acham que a cesárea eletiva, marcada,  seja por vocês (casal), seja pelo médico (por milhares de desculpas infundadas e irreais) onde este hormônio não será liberado,  é A MELHOR OPÇÃO? E para quem é a melhor opção?
Não seria melhor se preparar e procurar profissionais humanizados, para que eles te amparem e te acompanhem num momento tão TRANSFORMADOR, REVELADOR, como na chegada do seu bebê! Sem oprimir, reprimir, ameaçar e te chamar de incapaz? Permitindo o desenrolar natural desta história de amor?
Um parto desrespeitoso dói, eu sei disso! E cabe à nós mulheres (e companheiros) buscarmos e exigirmos, uma melhor assistência e um melhor tratamento, num momento tão impar e importante para a Família, para a Humanidade! Queremos ou não um Mundo Melhor?? Então busquemos e reivindiquemos nossos DIREITOS!
O nascimento de um novo Ser, era a pouco tempo, um evento familiar!!! As mulheres que já tinham filhos auxiliavam as outras mulheres no momento do parto. Sem apressar, sem gritar, sem desmerecer, e sim apoiando e dando carinho! O parto se tornou um evento hospitalar a pouquíssimas décadas, e parece ser visto como uma doença, na qual a mulher precisa ser curada. 
Para muitos médicos o gestação é como uma bomba relógio, que pode tirar o sossego deles a qualquer momento! O parto então, é um evento que os aterroriza, e que eles devem se cercar de garantias, fazendo tudo que é procedimento desnecessário, invasivo e desrespeitoso, para ninguém duvidar que ele fez o melhor para tudo dar certo. Se não deu certo, a culpa não é dele, e sim da mãe que quis parir! 
Pergunta: Vocês consideram este bebê, que esta no ventre materno, uma doença? "Ai Ana! que pergunta sem cabimento essa não?!". Mas se estamos dizendo que o médico (o que acompanha um doente no decurso de uma enfermidade) vai "fazer o parto", estamos dizendo que ele ira nos curar de algo, ou não? Nossos filhos são uma doença? Estamos doentes?
Não quero parecer cruel, quero sim ajudar os futuros Pais, que vão trazer à Luz, o futuro da Humanidade, a pensarem, refletirem se a cesárea marcada, É A MELHOR OPÇÃO. Eu preciso que vocês reflitam sobre isso! Não só eu, mas os seus filhos precisam que vocês REALMENTE reflitam sobre isso!
Querem perguntar, tirar dúvidas, me mandem um e-mail! Respondo sem problemas, mas tirem suas dúvidas, se preparem! anadoulaenutri@hotmail.com
ou assim?

Um beijo grande!
Ana A Doula Nutri
Mãe do Bê e da Fifi

Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres - 25 de novembro

Quem quiser e puder contribuir com a pesquisa, o faça! É muito importante ter estes dados! Pesquisa por Lígia Moreira Sena.
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Dia 25 de novembro será o Dia Internacional da Não Violência Contra Mulheres. 

Aproveitarei essa data para lançar o convite à participação na pesquisa que estou desenvolvendo como parte do meu doutorado em Saúde Coletiva. 

Aí embaixo vai um texto explicando o que é essa pesquisa, o que ela visa estudar e como pretendemos que ela seja feita. Se você conhece uma mulher que tenha se sentido desrespeitada de alguma forma, no tratamento recebido em seu parto, por favor divulgue. Se você for essa mulher, conheça mais a pesquisa. 
Muito obrigada.

Existem formas de violência que vão além da força física e que, ainda assim, podem ser ainda mais agressivas, mais dominadoras, mais opressoras, pela sutileza com que se escondem no contexto institucional, nas relações sociais e nos significados simbólicos. É a ocorrência e a natureza de um desses tipos de violência, ou de práticas desrespeitosas, que ocorrem em instituições de saúde que queremos alcançar com esta pesquisa: a violência e o desrespeito vivido por mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Uma forma de violência que não é conscientizada como tal e que representa, de certa forma, um processo de dominação. Muitas vezes, atitudes de violência, desrespeito e maus tratos são observadas contra mulheres em trabalho de parto e parto sem ao menos que os profissionais de saúde percebam que estão agindo assim. São ações e condutas encaradas como “normais” e rotineiras. Essa violência pode ser expressa, de acordo com alguns pesquisadores, desde a negligência na assistência, discriminação social, violência verbal – tratamento grosseiro, ameaças, reprimendas, gritos, humilhação intencional – e violência física, até o abuso sexual. Outras pesquisas também incluem como um tipo de violência o uso inadequado de tecnologia, com intervenções e procedimentos muitas vezes sem a real indicação, resultando numa cascata de intervenções com potenciais riscos e sequelas, físicos ou emocionais.
Consideramos como formas de violência ou tratamento desrespeitoso, nesta pesquisa, todo e qualquer processo, de ordem física ou psicológica, que tenha ocorrido sem consentimento da mulher em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato; que tenha ocorrido de maneira abusiva; que tenha causado situação de embaraço ou constrangimento para a mulher; que represente intrusão de privacidade; que tenha representado ameaças de qualquer espécie proveniente do profissional da saúde e dirigido à parturiente e/ou seus acompanhantes; uso de relações de poder para impor práticas injustificadas; uso de palavras ofensivas e desrespeitosas ou de ironia e escárnio dirigidas à parturiente e/ou seus acompanhantes; e outras práticas que tenham sido problematizadas pelas mulheres que viveram situações de violência, desrespeito ou maus tratos e interpretadas como tais pelas mesmas.
Uma pesquisa realizada em 2010 revelou que uma em cada quatro brasileiras relata ter vivido situações de violência e desrespeito em seus partos. Nós queremos ouvir essas mulheres, conhecer os contextos desrespeitosos de parto que viveram, saber como isso foi interpretado por elas, sua percepção desta vivência.  E vamos usar as ferramentas da internet para isso. As entrevistas serão feitas via comunicadores instantâneos da internet que permitam uma videochamada e se iniciarão no primeiro semestre de 2012. Acreditamos que a amplitude que a internet traz facilitará a participação de muitas mulheres, de diferentes locais, inclusive as que estão comprometidas com seus trabalhos ou filhos, ou os dois, que terão a liberdade de agendar as entrevistas de acordo com sua disponibilidade, sem ter que se deslocar a nenhum outro lugar.
O convite à participação na pesquisa será lançado a partir de 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, estendendo-se durante todo o desenvolvimento desta pesquisa, que pretende se encerrar em 2015. Nesse convite, mulheres que tenham se sentido desrespeitadas em seus partos poderão inserir seus e-mails de contato e serão contatadas para que maiores informações sobre a pesquisa sejam fornecidas. A pesquisa faz parte do desenvolvimento do doutorado em Saúde Coletiva de Ligia Moreiras Sena, que está sendo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, no Departamento de Saúde Pública.

Fonte:  http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2011/11/dia-internacional-da-nao-violencia.html

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Parto Humanizado - programa Mulheres/ 2009

Este programa é de 2009, e nele participa minha queridíssima Luzinete (Luz) Rocha, com o marido e o filhote lindoooo. Estão também a parteira Priscila Colacioppo e temos os depoimentos de Katia Barga, Renata Budoia. Muito bom para tirar duvidas, e aprender sobre o cenário de partos e nascimentos que o Brasil se encontra.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia do Bebê no Parque e GRANDE MAMAÇO - 27 de novembro de 2011


Dia do Bebê no Parque, que acontecera no dia 27 de novembro (domingo), das 9h30min as 13h30min, no entorno do Espelho d'água.


A programacao contara com:
-Passeata dos Bebes.
- Shows e espetaculos teatrais infantis, mostra fotografica, atividades circenses, desfiles, personagens infantis e presenca de bonecos.
- Apresentacoes de dancas, oficinas de brinquedos, recreação, hora do conto, arte e muitos brindes.
- Brincadeiras de expressao artistica, circuitos, caca ao tesouro, robotica, brinquedos como cama de bolinhas, cama elastica e inflaveis.
- Servicos a populacao: teste do dedinho (anemia), orelhinha e visao (com doacao de oculos), verificação de pressão, glicose, vacinas, massagem para bebes e mamães, coleta de leite, doacao de sangue e muitos outros.

ATO PRÓ AMAMETAÇÃO - GRANDE MAMAÇO

Quando: 27 de novembro, durante as comemorações do Dia do Bebê no Parque.
Horário: 10hs.
Local: Parque Farroupilha/Redenção, em Porto Alegre/ Espaço Humaniza: Bebê e Família.
Promoção: Flor do Sul e PIM.
Promoção: Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Prefeitura Municipal de Porto de Alegre. Coordenação: Primeira Infância Melhor – PIM/Departamento de Ações em Saúde/Secretaria Estadual da Saúde. Secretarias Participantes: Secretarias de Estado da Educação, da Comunicação, da Justiça e Direitos Humanos, do Trabalho e Desenvolvimento Social, das políticas para Mulheres e da Cultura. Apoio: Gabinete da Primeira Dama do Estado e de POA, UNESCO, Comitê Estadual para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância (CEDIPI) e Comitê Estadual de Prevenção da Violência.


Confira a programação completa: click aqui

fonte: www.pim.saude.rs.gov.br




Eu vou!! quem vai????

domingo, 20 de novembro de 2011

NOTICIA: Cesáreas superam partos normais pela 1ª vez no país

Uma noticia triste, pois sabemos que a grande maioria delas não foi necessária, e poderia ter sido evitada, com acompanhamento durante a gestação (pré natal físico e emocional), e apoio durante o parto.




Folha de S.Paulo - 20/11/2011

Pela primeira vez, o Brasil registrou em 2010 mais cesarianas do que partos normais. Informações do Ministério da Saúde mostram que o percentual de partos cesáreos chegou a 52% do total no ano passado. Em 2009, eles já tinham igualado os normais. 

A Organização Mundial de Saúde recomenda uma taxa em torno de 15%. 

A cirurgia, quando bem indicada, traz benefícios à gestante e ao recém-nascido, mas, quando feita indiscriminadamente, pode elevar os riscos para a mãe e para o feto. Há chances, por exemplo, de o parto ocorrer antes do tempo adequado. 

"Esse é o grande perigo do aumento das cesáreas. Mesmo com todos os exames, a medicina não é uma ciência exata", diz o coordenador da Câmara Técnica de Parto Normal do CFM (Conselho Federal de Medicina), José Vinagre.

No país, o grande número de cesarianas é puxado principalmente pelo setor privado, onde a taxa está estabilizada desde 2004 em cerca de 80%. Mas é no SUS que ela está aumentando, tendo passado de 24% para 37% na década passada. 

A professora universitária Verônica Toste, 30, diz que a gestação da primeira filha, nascida em setembro, só teve um problema: o aborrecimento com o obstetra, que criava empecilhos para realizar o parto normal. 

Toste conta que, nas consultas iniciais do pré-natal, o profissional tentava dissuadi-la do parto normal dizendo que ela iria sentir muita dor. "Ele criou tantos empecilhos que acabei trocando de médico no oitavo mês", diz. O parto normal transcorreu bem e, poucas horas após dar à luz Luísa, a professora já estava de pé.

  *Fonte: Agora São Paulo

sábado, 19 de novembro de 2011

Matéria: A solidão durante a gravidez solo


Flávia Werlang explica porque a solidão de mãe é mais aparente

Um dia eu li este trecho no livro “O Labirinto da Solidão”, de Octavio Paz: “Todos os homens, em algum momento da vida, se sentem sós. E mais: todos os homens estão sós. Viver é nos separar do que fomos para nos internar no que vamos ser, futuro estranho sempre (…) Unido ao mundo que o rodeia, o feto é vida pura e em bruto, fluir ignorante de si mesmo. Ao nascer, rompemos os laços que nos unem à vida que vivemos no útero, onde não há pausa entre desejo e satisfação. Viver se expressa como separação e ruptura, desamparo, entrada num ambiente hostil e estranho. À medida que crescemos, essa primitiva sensação se torna sentimento de solidão (…) Se tudo (consciência de si, tempo, razão, costumes, hábitos) tende a fazer de nós os expulsos da vida, tudo também nos empuxa a voltar, a descender ao seio em que fomos amamentados.”.

Durante a gestação solo eu senti momentos de intensa solidão. Eu pensava como poderia estar tão só se, naquele momento, teoricamente, era o que eu estava mais acompanhada, pois carregava um serzinho dentro de mim. Desde que o exame de farmácia tinha dado positivo parecia que aquele sentimento batia mais forte à minha porta. “Ou será que o fato de sentir por dois torna tudo mais aparente? Não sei. A verdade é que as alegrias são mais felizes e as dores são rascantes”, eu pensava.

A solidão de uma mãe solteira é mais aparente porque enquanto as outras gestantes estão com seus companheiros na sala de espera do obstetra ou no aguardo para fazer exames, nós passamos estas fases e outras tantas que culturalmente deveriam ser compartilhadas sozinhas. Nestes momentos, eu realizava um tetê-a-tetê mental com meu bebê para diminuir a sensação de abandono.
Outra armadilha para driblar aquele sentimento era abrir as caixas onde guardava o enxoval, ficava mexendo nas roupinhas, revia as ultras e sonhava com meu bebê. Se ela mexia, sentia tudo o que eu sentia, se alimentava de tudo que eu comia e absorvia o O2 que eu respirava, então eu era, naquele momento, a pessoa mais importante para alguém, ou melhor, eu era capaz de gerar vida. Eu já não estava sozinha!

Sim, eu sentia alguém para conversar, senti muito a falta de amigos, muitos se afastaram, pois eu não era mais uma companhia para a night – enjoada e com um barrigão de melancia – e nem era bem quista entre os casais da high society – devo ser má influência ou não devem saber em que lugar da mesa pôr a solteira de barrigão com pai de nome não revelado. Não, infelizmente não é o Mick Jagger. É porque ele é desconhecido, não tem onde cair morto e ainda me deu um pé na bunda após a gravidez mesmo.

Superando a Solidão

Valeu de tudo. Desde mapa astral – Obrigada Barbara Abramo! Terapia. Contato com as amigas do Rio que ainda existiam on line. Mas faltava mesmo alguém que falasse sobre os assuntos que eu queria discutir: registrar com o nome do pai ou não; chamá-lo para o parto?; se ele quiser, aceitar fazer o DNA?; se eu quiser criar sozinha e não registrar, como será que vai ser, será que minha filha vai me cobrar pó isso?. Queria conversar com mães solteiras que já haviam passado por esta situação. Procurei livros,  procurei na internet, mas o que achei na internet era tudo muito superficial. Assim que minha filha, Luna, nasceu e passou o perrengue dos primeiros meses (de adaptação, cólicas, etc), resolvi criar o blog Grávida Solteira para reunir mães solo na mesma situação que eu e forma, assim, uma grande rede de apoio.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cinco frases que os pais nunca devem falar para seus filhos

Achei  muito interessante este texto que compartilho com vocês agora... depois me digam a 


opinião de vocês!

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Foto: Nathan Jones

Nesta segunda-feira, 16 de maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemorou o aniversário de um ano da Convenção dos Direitos da Criança. Na quarta-feira (18) foi a vez de o Brasil celebrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em comum, as iniciativas buscam medidas para evitar o envolvimento de menores em conflitos armados, a venda de crianças, os abusos e a exploração sexual.
Apesar de serem mais conhecidos e combatidos de uma forma geral, esses tipos de agressão contra crianças e adolescentes não são os únicos. De acordo com a escritora de livros infantis e editora executiva do site 5 Minutes for FaithGenny Heikka, outras formas de violência acontecem diariamente em muitas casas, impactando para sempre as vidas de muitas crianças sem que os pais nem mesmo percebam o que estão fazendo.
Pensando nisso, ela fez uma lista com cinco frases que as crianças nunca deveriam escutar de seus pais:
1. “Tenha vergonha!”
2. “Estou desapontado com você.”
3. “Qual é o seu problema?”
4. “Como você pode fazer uma coisa dessas?”
5. “Seu irmão (irmã) não faz isso, por que você faz?”
Segundo Genny, a violência verbal pode ser tão devastadora quanto a física e as palavras ditas por pais e mães estressados podem impactar mais do que as frases de carinhos. “Todos nós temos esses momentos em perdemos nossa paciência e dizemos algo para nossos filhos que logo depois nos arrependemos”, lembra a autora, que é mãe de dois filhos. “Nenhuma mãe é perfeita, mas as palavras erradas podem deixar cicatrizes profundas em nossos filhos”, alerta.
Genny também dá algumas dicas de como agir na hora da raiva ou frustração:
  • Não envergonhe seus filhos. Ao fazer isso você diz que há algo de errado com eles, e não com a atitude deles;
     
  • Em vez de gritar, tende abaixar o tom de sua voz. Geralmente isso faz mais efeito. Mantenha o contato visual enquanto fala de maneira clara e pausada. Isso não apenas lhe dá a certeza de que eles estão ouvindo, como também dá um exemplo de auto-controle;
     
  • Tenha a certeza de que seus filhos saibam quais são suas expectativas. Converse com eles sobre como eles devem ouvir o que você fala desde a primeira vez (se eles souberem que terão muitas chances de errar antes de receberem algum tipo de punição, eles irão usar todas elas);
     
  • Não peça a seus filhos para que façam algo (nem grite com eles se não fizerem). Diga: “Eu preciso que você limpe seu prato”, em vez de: “Você poderia limpar seu prato?”. Você se surpreenderá com a reação deles.
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