sábado, 21 de dezembro de 2013

Por que usam aquela bola durante o parto? - pelo blog Eu Quero Parto Normal

Achei super completa as informações que li no post das meninas do Eu Quero Parto Normal . Entendam o por quê de se utilizar a bola suíça, quais os benefícios e quais exercícios podem ser feitos antes e durante o parto. Leiam a postagem!

Doula Analu
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Muitas vezes quando falamos sobre se movimentar durante o trabalho de parto, falamos de “ficar na bola”. Mas pra que exatamente serve essa bola ? É só sentar ali na bola e pronto? :D
Estamos falando daquela bola grandona de Pilates ou bola de ginástica. Elas são vendidas em vários tamanhos, a ideal é aquela que você senta e fica com as coxas e as pernas formando um ângulo de 90º. Ou seja, não pode ser uma bola pequena para uma mulher alta e nem uma bola grande para uma mulher baixinha ;) .

Confira alguns dos benefícios que a bola pode trazer para o momento do parto:

bola

24 boas razões para usar a bola durante o trabalho de parto:

  1. Seu uso facilita posições fisiológicas para o trabalho de parto
  2. Incentiva descida fetal.
  3. Ela auxilia na rotação do bebê quando ele está na posição posterior.
  4. Incentiva relaxamento pélvico.
  5. Facilita o balanço pélvico e os movimentos do corpo.
  6. Incentiva o movimento rítmico.
  7. Ajuda a aliviar dores nas costas.
  8. Pode ser usado com monitorização fetal eletrônica externa ou interna.
  9. Encoraja a mobilidade pélvica.
  10. Fornece apoio perineal sem pressões indevidas.
  11. Ele aproveita a gravidade durante e entre as contrações.
  12. A pressão sobre os pulsos e as mãos é menor quando se usa a posição de joelhos.
  13. Ajuda quando é necessária uma massagem nas costas ou acupressão.
  14. A bola pode acelerar a rotação e a descida do bebê em um parto difícil.
  15. A bola pode ser usado como suporte para a posição de cócoras.
  16. A sua utilização ajuda a ampliar a saída pélvica à sua dimensão máxima na
    posição de cócoras quando usada no período expulsivo.
  17. Elimina a pressão externa rígida de uma cadeira, cama ou cadeira de balanço quando sentada.
  18. Permite a liberdade de distribuir o peso do corpo para maior conforto.
  19. Ajuda a aliviar a pressão sobre as hemorróidas.
  20. Incentiva boas posições fisiológicas para repouso.
  21. Pode acelerar o trabalho de parto.
  22. Ajuda contrações a serem menos dolorosas e mais produtivas.
  23. É benéfica para o caso de uma parada de progressão.
  24. Em uma distocia de ombro, ela pode suportar a mãe que precisa ficar na  posição de quatro apoios para facilitar a rotação do ombro posterior.

Agora que você já sabe os benefícios, aí vão algumas dicas de exercícios que podem ser feitos antes e durante o parto com a bola:

Aquecimento:
Este movimento pode ser usado também na hora do parto.
No vídeo é explicado para manter as costas retas e deixar os pés um pouco mais abertos em relação aos ombros.
Repetir pelo menos 20 vezes. Tenha certeza que está fazendo somente o que o seu corpo consegue, não exija mais nem menos.
Exercício para o parto normal:
Este movimento pode ser usado também na hora do parto.
No vídeo é explicado para manter as costas retas e deixar os pés um pouco mais abertos em relação aos ombros.
Repetir pelo menos 20 vezes. Tenha certeza que está fazendo somente o que o seu corpo consegue, não exija mais nem menos.
Alongamento (terceiro trimestre de gestação):
Ótimo exercício para alongar a parte de cima do corpo. Mesma posição do anterior.
Repetir pelo menos 10 vezes cada lado. Tenha certeza que está fazendo somente o que o seu corpo consegue, não exija mais nem menos.
Fortalecendo a lombar:
Exercício que pode ser praticado durante toda a gestação. Use uma toalha embaixo da bola para dar estabilidade. Preste atenção na posição dos joelhos e dos ombros e não pressione a barriga contra bola.
O objetivo é usar o músculo das costas para erguer o corpo, não os braços.
Siga o limite do seu corpo.
Exercício para aliviar a pressão na lombar:
Preste atenção em como o corpo fica horizontal no fim da descida com a bola e como ele fica vertical depois da subida.
Repetir pelo menos 10 vezes. Tenha certeza que está fazendo somente o que o seu corpo consegue, não exija mais nem menos.
 Marilia Mercer é doula em Londrina e coordena um grupo de apoio ao parto, o GestaLondrina.
Fonte: Birth Balls: The Use of Physical Therapy Balls in Maternity Care by Paulina Perez. RN.
Ilustrações: Shanna Dela Cruz. © 1994, 1999, 2005 Ruth S. Ancheta. 
Fotos: Marilia Mercer, Lorena Mussi e Cristiane Quinteiro e Carol Barbirato

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mitos e verdades sobre a alimentação Vegg

O numero de pessoas que estão aderindo a alimentação sem a ingestão de qualquer tipo de carne, vem crescendo dia após dia.No Brasil, segundo a pesquisa IBOPE, o numero de vegetarianos era de 8 % no ano passado (2012). Foi verificada que esta é uma tendência que só tem a crescer, devido a busca de uma alimentação mais saudável. Muitos profissionais da área como nutricionistas, nutrólogos e médicos estão mudando sua forma de ver a alimentação e se adequando a essa demanda crescente. Mas será que a alimentação Vegg tem muitos problemas como absorção de nutrientes, etc. 
Estes dias, ouvindo uma entrevista sobre leite, sua ingestão e malefícios, a pesquisadora afirmou que a partir do momento que o corpo muda e assimila a nova "condição alimentar", ocorre uma melhora na absorção dos nutrientes. Por que será? 
Particularmente eu acho a alimentação Vegg uma ótima maneira de prevenir doenças futuras. Mas também digo a todos que vem a mim pedir conselhos como Nutricionista, formada ha 5 anos, que cada pessoa deve começar a ouvir o seu corpo, as suas necessidades. Quais alimentos que trazem desconfortos para seu corpo. Deixe o prazer do sabor de lado por alguns instantes, ele é uma distração. Muitos limentos industrializados são feitos com substâncias viciantes (porque será que seu filho adora a bolachinha recheada e o salgadinho?). E por este motivo temos dificuldade de aceitar o sabor natural de um croquete de grão de bico, de uma folha de alface, de um tomate, de uma couve, de um arroz integral...
Existem muitas inverdades sobre a alimentação Vegg, vamos a elas...

google imagens
Os veganos seguem uma dieta bem rigorosa: não comem carnes, ovos, leite e seus derivados. Estas restrições geram diversas questões sobre os impactos na saúde. Para desmistificar o tema, o médico nutrólogo Eric Slywitch esclarece que os adeptos do veganismo são tão saudáveis quanto quem come carne. “Estudos mostram que não há relação entre uma determinada doença e quem não consome come carne”, diz.
Ao contrário, pesquisas comprovam que a dieta vegana reduz a incidência de doenças crônicas como diabetes, problemas cardiovasculares (como infarto e hipertensão) e vários tipos de câncer, principalmente do intestino grosso e da próstata, segundo o especialista. Também reduz o colesterol em até 35%, o aparecimento de cálculos renais e a obesidade.
Mas é preciso ficar atento ao nível de vitamina B12, derivada justamente de carne, queijo, leite e ovos. “Hoje há muitos alimentos fortificados no mercado, como cereais matinais, por exemplo. Portanto, a necessidade de tomar suplemento de vitamina B12 depende de cada pessoa”, afirma o médico.
Conheça abaixo os principais mitos e verdades sobre a dieta vegana: 
MITO
A VERDADE
Não há consumo de proteínas
Carnes não são a única fonte de proteínas. Os feijões, por exemplo, apresentam teor mais alto de aminoácidos do que a carne. Os veganos trocam uma porção de carne por uma concha de feijão.
Apresenta risco de desnutrição
Veganos não comem só folhas e legumes. Para se ter uma ideia, o especialista criou um mapa com 350 alimentos sem carne.
Apresenta risco de anemia
Veganos não apresentam maior ocorrência de anemia do que as demais pessoas. Uma porção de carne tem cerca de 2 mg de ferro, dos quais o corpo absorve 0,4 miligramas. A porção de feijão apresenta 4 mg e a absorção do organismo é a mesma.
Emagrece
Em geral, vegetarianos e veganos são mais magros do que pessoas que consomem carne. Mas se consumirem açúcar, farinha branca e frituras em excesso, podem engordar.
Dificulta desenvolvimento da massa muscular
Os nutrientes de origem vegetal também promovem o desenvolvimento dos músculos. Há muitos veganos atletas e até fisiculturistas, como o brasileiro Paru Vitu.
Não é aconselhada para crianças
Qualquer criança pode ser vegana. O mito vem de erros clássicos, como retirar o leite materno precocemente e substituí-lo por suco de frutas e verduras ou prolongar o aleitamento materno por mais de um ano e substituí-lo por misturas de farinhas. Com dieta adequada, o desenvolvimento da criança é perfeito.
Prejudica a gravidez
Não prejudica, desde que a alimentação seja bem balanceada. Como grávidas têm acompanhamento médico mensal, fica ainda mais fácil monitorar sua saúde.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vídeo: "O que aprendi com a desescolarização"- Ana Thomaz

Vamos falar e refletir sobre desescolarização? Um depoimento muito interessante sobre as questões que são e não são interessantes ensinar na escola. Realmente temos um preparo para a vida e autoconhecimento, ou as escolas de hoje em dia só atrapalham este processo... Assistam, valem a pena! Cada criança é uma e tem as suas necessidades, questões e aptidões.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Vídeo: Os primeiros mil dias das crinaças

José Martins Filho, pediatra, reforça a importância do afeto e do vínculo para o desenvolvimento psíquico-emocional de uma criança. Ele discute a atual licença-maternidade no Brasil e defende uma mudança na legislação que permita à mãe ficar mais próxima de seu filho nos primeiros anos de vida, sem que tenha que abrir mão do trabalho.



Volta ao Trabalho: o que fazer com a amamentação? - por Simone Diniz


Primeira coisa: continue amamentando! Isso é possível, viável, saudável e o fortalecimento do vinculo entre você e seu bebê na volta ao trabalho. E um grande remédio para matar as saudades e aliviar a culpa materna...

Bom seria se todas as empresas aderissem á licença maternidade de seis meses, assim a complementação alimentar começa e a mãe fica mais segura que de que o seu bebê não passará fome. Mas nem sempre a adaptação é um sucesso total, ela é gradual e com grandes desafios para o bebê e o seu cuidador.

A primeira reação do bebê que é separado da mãe tão precocemente é o protesto. Ele tem esse direito! Recusa então muitas vezes a tomar o leite no copinho e a comer novos alimentos. A mensagem que ele passa é única: Eu quero a minha mãe de volta! Quero o seio materno!
Compreender que, não é só para a mãe um processo doloroso e de grandes dúvidas, mas igualmente para o bebê, significa enxergar esse bebê como um ser de vontades e desejos próprios. Ele quer a mãe, deseja a sua mãe. Nada ninguém poderá substituir essa realidade. Já não vivemos mais o conceito de que: eles são pequenos, não entendem e vão se acostumar. Isso já e um conceito ultrapassado, o que falamos é: eles compreendem tudo, protestam e finalmente, se condicionam...

Há diversas razões para esperar a introdução alimentar aos seis meses. Segundo a OMS, o intestino frágil e delicado do bebê finalmente matura, ele passa a sentar e o esôfago ficar ereto e aos poucos, começa a desenvolver habilidades motoras com as mãos. Antes disso, os riscos de alergias, diarreias, constipação são quase inevitáveis. Há tempo para tudo na vida de um bebê e esse tempo, precisa ser respeitado.

Infelizmente ainda não temos uma política que determine que todas as instituições de cuidado a criança recebam o leite da sua mãe. Falta profissional qualificado, treinamento e armazenamento correto deste leite para congelamento, degelo e oferecimento no copinho, tudo isso para garantir ao prolongamento da amamentação. E, enquanto isso não se torna lei, mães empoderadas podem e devem conversar com os cuidadores dos seus bebês: trazer informações e conhecimentos convincentes e assim, empoderar o seu meio para que todos os envolvidos a apoiem em sua escolha pelo bem do bebê principalmente.

A mãe precisa se amparar na Lei de Apoio à mãe trabalhadora e, se voltar aos 4 meses ou menos, deve ordenhar suas mamas duas vezes ao dia, no intervalo de 15 minutos cada. Isso além de ajudar a aliviar as mamas até que a produção se estabilize (porque ela irá estabilizar e o seu corpo ira produzir exatamente a quantidade e na hora que o seu bebê precisa!) e que seja garantido o aleitamento exclusivo até o sexto mês.

Outro comportamento em desuso é a necessidade de introduzir outro leite. Se o bebê mamou exclusivamente até este momento, outros leites como o artificial e o animal são completamente dispensáveis! Seu leite já cumpriu e está cumprindo o seu papel nutricional e continuará cumprindo com excelência. A necessidade de reposição de ferro pode ser totalmente suprida por uma introdução alimentar rica e balanceada. Então outros leites estão definitivamente fora de questão.

Você pode antecipar a ordenha e armazenamento duas semanas antes da volta. Isso para você se familiarizar com o processo da ordenha, e armazenar uma quantidade que te deixe tranquila. Faça isso aos poucos, tirando antes das mamadas e congelando em um pote de vidro com tampa de plástico. Várias ordenhas podem ser armazenadas neste mesmo pote, atentando sempre para a primeira data do armazenamento. No freezer até quinze dias, na geladeira, 12 horas.

Depois, a demanda se estabiliza e você pode começar a ordenhar pelas manhãs, durante o trabalho, e amamentar á noite seu bebê. O leite da manhã fresco pode se apenas refrigerado e ser aquecido em banho maria na temperatura corporal por volta de 37 graus antes de ser oferecido ao bebê no período da manhã. O que sobrar, despreze. No trabalho e necessário congelar, para suportar o tempo de transporte. Se tiver um freezer disponível no trabalho, ótimo, senão, use bolsa térmica com bolsinhas de silicone até chegar em casa. Esse precisa ir para o freezer, pois será a ordenha do seguinte.

Sobre a ordenha, muitas mães tem grande habilidade de fazer manualmente. Mas isso demanda tempo, e para auxiliar as mães, a bomba elétrica é rápida e pode ajudar muito nesse processo. Há empresas que fazem a locoação das mesmas, já que o seu uso é apenas por um tempo.Procure um lugar apropriado para ordenhar no trabalho neste período. Logo a demanda e produção se estabilizam e tudo fica mais fácil.

A volta para casa significa o momento de revinculação com o seu bebê. Momento fundamental de conforto emocional para ambos. Vale a pena dedicar alguns momentos para isso. Seu bebê fica feliz, e você também. Muitos bebês sinalizam que precisam um pouco mais desse momento e quando ainda são muito pequenos, antes de um ano, dormir com o bebê pode ser sinônimo inclusive de descanso para você. Os hormônios da amamentação são comprovados na boa qualidade de sono para a mãe. Você descansa mais e seu bebê também, pois ambos estarão exaustos depois de um dia de trabalho. Adaptar o berço ou uma caminha e até colchões podem fazer da cama compartilhada um momento de descanso e paz para a vida da família. Isso não dura uma eternidade, mas é fundamental para o momento que o seu bebê está atravessando.

Não se preocupe muito com a quantidade ordenhada. Um bebê em livre demanda desde o seu nascimento, regula aquilo que necessita e se você tira pouco ou muito na ordenha, isso significa o quanto que é produzido realmente para a necessidade dele. Não se preocupe, ele compensa isso quando estiverem juntos.

Por que o copinho? Porque ele também é uma importante ferramenta para o apoio a amamentação prolongada. Ele não causa confusão de bicos e também não é um risco para a formação facial do bebe. Ele é importante e os bebês não têm grandes dificuldades para se adaptarem.

Envolver o pai, a família, amigos e cuidadores nesta grande "operação" pró aleitamento é fundamental, pois toda a sociedade precisa estar atenta à esta prática fundamental onde todos os esforços em conjunto de pessoas que tem um vínculo emocional com este bebê é a consciência de preservação de uma excelente prática com resultados futuros muito promissores.

E por fim: seja feliz com a sua escolha! E possível voltar ao trabalho e continuar amamentando! Todo o esforço, organização e planejamento valem muito a pena. Lembre-se: o motivo é nobre e merece toda a nossa dedicação e amor. Este momento é único na vida de um bebê e fundamental para toda a sua vida futura.

Amamentem seus bebês mamães!

Fonte: Simone De Carvalho - consultora em aleitamento materno (retirado do grupo AMS)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Apojadura Tardia (Demora na Descida do Leite)

Encontrei este texto, depois de muito procurar, que explica que existem mulheres no qual a descida do leite (apojadura) demora mais que a média, e que as maternidades e instituições hospitalares devem parar com a mania de oferecer "muletas" as nutrizes, as mães que estão amamentando. Pomadas, conchas, bombas, medicações, são ferramentas que devem ser utilizadas em casos isoladíssimos, porque a maioria da mulheres tem plena capacidade de amamentar seus filhos. Oferecer essas muletas a todas faz com que elas duvidem do potencial, da maternidade delas. E esta errado isso. Então para as mamães que acham que ta demorando a descida do leite, que consequentemente não o tem, leiam e se acalmem, por favor!
Leiam o texto...



Denomina-se apojadura a primeira descida do leite, secreção mamária abundante que, no geral, ocorre nos primeiros 3 dias do pós-parto. Quando ultrapassa esse limite, 3 dias, é considerada apojadura tardiae essa demora pode motivar certa ansiedade materna, alimentada pelo receio injustificado da agalactia, distúrbio de existência questionada caracterizado pela ausência da produção láctea pela mama puerperal. 

A ansiedade materna, se não cuidada por apoio técnico e emocional efetivo, resulta em bloqueio hipotalâmico para a produção de prolactina e ocitocina gerando ciclo que se auto-alimenta (ansiedade – bloqueio na produção de prolactina e ocitocina – diminuição na produção e na ejeção láctea - ansiedade).apojadura tardia, e essa demora pode motivar certa ansiedade materna, alimentada pelo receio injustificado da agalactia, distúrbio de existência questionada caracterizado pela ausência da produção láctea pela mama puerperal. 

Fisiologia da lactação 

Logo após o descolamento da placenta observa-se significante redução nos níveis circulantes de progesterona, enquanto os de prolactina permanecem elevados. Inicialmente, até o terceiro ou quarto dia de puerpério, a produção de prolactina parece não depender da sucção mamilar pelo recém-nascido, atitude que se torna fundamental após esse período, quando a ausência do estimulo mamário faz com que a síntese de prolactina decline. 

Os estrogênios e os progestagênios apresentam efeito sinérgico com a prolactina no estímulo da mamogênese, porém inibem a sua ação galactopoética. Os estrogênios dificultam o aumento do numero de receptores de prolactina, normalmente observado durante a amamentação, e diminuem a quantidade de prolactina incorporada às células do alvéolo mamário. Após o secundamento observa-se brusca queda dos níveis destes esteroides, o que acarreta a liberação da ação galactopoética da prolactina – as células alveolares passam de pré- secretoras para secretoras. 

A secreção de prolactina é controlada por fatores hipotalâmicos, estimulantes e inibidores. A inibição é mediada pela dopamina, que atua diretamente sobre as células lactotróficas da hipófise anterior. Com conseqüência, as drogas que bloqueiam a ação da dopamina, como a metoclopramida e o sulpiride, exercem efeitos hiperprolactinêmicos, ao passo que os seus antagonistas, como a cabergolina, reduzem os níveis plasmáticos de prolactina.

Etiologia 

Os fatores responsáveis pela apojadura tardia interferem diretamente no mecanismo de produção láctea recém-aludido, diminuindo a síntese e a secreção da ocitocina e da prolactina por provável atuação sobre o hipotálamo e sobre a hipófise. Os principais são listados a seguir: 

- Operação cesariana eletiva, fora do trabalho de parto, em gestantes com baixos níveis de ocitocina circulante na corrente sanguínea; 

- Fenômenos físicos e emocionais como dor, cansaço, estresse, medo, insegurança, decepção materna por vários motivos, podem bloquear o reflexo de ejeção láctea; 

- Restos placentários intra-uterinos mantendo a produção de estrogênios; 

- Separação prolongada do filho, fazendo com que não haja estimulação mamária adequada. 

Conduta 


O atraso da apojadura exige apoio à gestante com o objetivo de quebrar o ciclo vicioso que se observa, caracterizado pela interação entre a demora da apojadura e a ansiedade materna. 

A conduta há que se fundamentar em sólida participação profissional e familiar, física e emocional, com a gestante sendo esclarecida acerca das bases fisiológicas da lactação, orientada sobre os corretos procedimentos para a amamentação e incentivada para preservar, em vista a adequada produção de leite que certamente advirá. 

Por sua vez, a ocitocina, hormônio também produzido pela hipófise e controlado por fatores hipotalâmicos, agem sobre as células musculares dos ácinos mamários, fazendo com que elas contraiam e facilitem a ejeção láctea durante a amamentação. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A MODA DO POUCO LEITE - pela Consultora Rosane Baldissera

Texto excelente da minha amiga que é Consultora Internacional de Aleitamento Materno. Concordo com tudo escrito e friso bem, o emocional da mãe, geralmente, é o principal fator para uma amamentação ser bem sucedida. Uma mãe insegura com as mamas, se achando incapaz de entender e de atender seu próprio filho, sem apoio da família, esta fadada a não conseguir amamentar seu bebe por vários motivos. O apoio da família é MUITO IMPORTANTE. Ficar em volta da mulher dizendo que ela não consegue, que tem pouco leite, que o choro do bebe é de fome, como se o choro fosse só por fome, que a fulana não amamentou, etc, NÃO AJUDA em nada. Ao invés de boicotar a mãe, deve se dar apoio, deixa-la tranquila com os afazeres domésticos e alimentação. Deixá-la se conectar com o seu bebê. 
Leiam o texto da consultora!



Estou realmente bem preocupada com a quantidade de mamães que me procuram por acharem que estão produzindo pouco leite. Quando iniciei com o trabalho de consultoria em amamentação, os problemas eram fissuras, dor para amamentar, ingurgitamento, as dificuldades iniciais da amamentação, e o panorama está mudando. Mamães desesperadas, tendo que dar complemento de fórmula artificial porque seu leite está diminuindo.
Vou tentar não ser muito técnica para escrever sobre o assunto, mas acho importante essa discussão, já que virou moda o assunto!

Quase todas as mães podem produzir leite suficiente para um ou até mesmo dois bebês, desde que o bebê sugue efetivamente e mame tão frequentemente quanto queira. Isso significa que, o bebê tem que esvaziar completamente a mama para que as glândulas mamárias produzam mais leite, e as mamadas devem ser sem rigidez de horários, sempre que o bebê emitir o sinal de fome.

Mesmo quando uma mãe acha que tem pouco leite, o bebê em geral está mamando todo o leite de que necessita. A quantidade de leite que as mamas produzem é determinada pelo volume que o bebê retira; quanto mais leite o bebê retira mais se produz.

Em alguns poucos casos de mães que não conseguem produzir leite suficiente, isto se deve à falta de um adequado desenvolvimento da glândula mamária ou a distúrbio hormonal, saliento aqui que são casos raros.

Ocasionalmente, a mãe pode observar que não houve mudanças em suas mamas durante a gravidez ou nas primeiras semanas depois do parto e não conseguir retirar leite do peito nos primeiros 4-5 dias. Ela pode ser uma dentre as poucas mães que não são capazes de produzir quantidade suficiente de leite.

As mães referem uma variedade de sinais que as levam a pensar que estão produzindo pouco leite. Entretanto, existem apenas dois sinais que mostram de forma confiável que o bebê não está mamando leite suficiente. Esses dois sinais são: pouco ganho de peso (e isso também depende do biotipo de cada bebê) e eliminação de pequena quantidade de urina e concentrada (muito amarela).

Existem outros possíveis sinais que podem significar que um bebê não está mamando leite suficiente (atenção, possíveis sinais):

Um bebê que não parece satisfeito após as mamadas ou que quer mamar com muita frequência ou por tempo prolongado em cada mamada, pode estar sugando de forma ineficiente, ou seja, apresenta uma pega ruim, consequentemente não consegue obter leite facilmente, podendo apresentar pouco ganho de peso.

Se um bebê mama de forma infrequente ou se não mama à noite, a mãe pode produzir menos leite. A maioria dos bebês mama 10 a 15 vezes ou mais durante 24 horas, especialmente nas primeiras semanas. Se um bebê mama menos que 8 vezes em 24 horas ele pode não obter leite o bastante. Uma razão comum pela qual um bebê não consegue leite suficiente é quando a mãe lhe dá mamadas muito curtas. A maioria dos bebês mama de 15 a 30 minutos ou mais em cada mamada. Quando eles conseguem todo o leite que desejam eles próprios largam o peito. Se uma mãe interrompe a mamada em poucos minutos seu bebê pode não obter todo o leite de que necessita e pode querer mamar logo.

Se o bebê chora muito, a mãe pode pensar que tem pouco leite. Entretanto, há outros motivos pelos quais um bebê chora. Às vezes, os bebês parecem mais famintos que o habitual por alguns dias, possivelmente porque estão crescendo mais rápido que anteriormente. Isto é chamado de salto de crescimento e desenvolvimento. Alguns bebês choram muito porque precisam ser abraçados e carregados mais que outros. Outra razão comum para o choro é a cólica. Um bebê com cólica geralmente chora de forma contínua em certo período do dia, geralmente ao anoitecer. O bebê pode encolher suas pernas como se tivesse dor abdominal. Bebês com cólica crescem bem e o choro geralmente diminui depois dos três meses de idade.

A frequência com que bebês, adequadamente amamentados e sadios, evacuam é variável. Alguns bebês não evacuam por vários dias enquanto outros o fazem oito ou mais vezes ao dia. Entretanto, as fezes de um bebê amamentado são semi-líquidas e, quando infrequentes, geralmente são eliminadas em grande quantidade. Se um bebê evacua de maneira infrequente e as fezes são pequenas, duras, secas ou verdes o bebê pode não estar mamando todo o leite de que necessita.
                                                                          
Dar alimentos complementares antes de 4-6 meses, mesmo que seja água, ou o uso de chupeta, fazem com que o bebê sugue menos o peito. Mamadeiras e chupetas podem também interferir na pega do bebê ao seio. Como resultado, a mãe produz menos leite.

Também existem as razões relacionadas ao estado psicológico da mãe, e é bastante comum: falta de confiança, preocupação, estresse, cansaço. E qual mãe nunca passou por isso???
Mães preocupadas ou estressadas podem ter dificuldades de responder a seus bebês e de satisfazê-los. O estresse agudo pode reduzir temporariamente o fluxo de leite e, assim dar a impressão de que este diminuiu. Vira uma bola de neve, estresse, pouco leite, mais estresse, bebê chorando, muito mais estresse, mamadeira, menos mamadas, menos leite.....desmame precoce!

Quando a mãe se tranquiliza, e amamenta sem preocupações, deixa a natureza fluir, a amamentação acontece naturalmente. Porém, as mamães que pensam ter pouco leite precisam de ajuda e apoio de uma pessoa capacitada para superar essa dificuldade e ultrapassar mais uma barreira da amamentação.
Será que as índias tem dúvida em relação à sua capacidade de produzir leite? Claro que não, elas confiam em si mesmas!

Nutricionista Rosane Baldissera
Consultora em Amamentação – Porto Alegre/RS
Daqui: http://www.mamaebebeamamentacao.com/search/label/COMO%20AUMENTAR%20A%20PRODU%C3%87%C3%83O%20DE%20LEITE%20MATERNO

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quantas vezes por dia meu bebê deve mamar? Qual a duração de cada mamada?

Texto excelente para acabar com as dúvidas!

Sofia mamando

Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de amamentação em livre demanda.
Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com freqüência e sem horários regulares. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a doze vezes ao dia. Muitas mães, principalmente as que estão inseguras e as com baixa auto-estima, costumam interpretar esse comportamento normal como sinal de fome do bebê, leite fraco ou pouco leite, o que pode resultar na introdução precoce e desnecessária de suplementos.

O tamanho das mamas pode exercer alguma influência no número de mamadas da criança por dia. As mulheres com mamas mais volumosas têm uma maior capacidade de armazenamento de leite e por isso podem ter mais flexibilidade com relação à freqüência das mamadas. Já as mulheres com mamas pequenas podem necessitar amamentar com mais freqüência devido a sua pequena capacidade de armazenamento do leite. No entanto, o tamanho da mama não tem relação com a produção do leite, ou seja, as mamas grandes e pequenas em geral têm a capacidade de secretarem o mesmo volume de leite em um dia.

O tempo de permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, haja vista que o tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê e, numa mesma dupla, pode variar dependendo da fome da criança, do intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama, entre outros.

O mais importante é que a mãe dê tempo suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente a mama. Dessa maneira, a criança recebe o leite do final da mamada, que é mais calórico, promovendo a sua saciedade e, conseqüentemente, maior espaçamento entre as mamadas. O esvaziamento das mamas é importante também para o ganho adequado de peso do bebê e para a manutenção da produção de leite suficiente para atender às demandas do bebê.

Fonte: Caderno de Atenção Básica nº23, Ministério da Saúde 2009.

Disponibilizado aqui

sábado, 23 de novembro de 2013

Desejo na gestação: MITO ou VERDADE?

Então gente, como sabem estou esperando meu 3º filho, estamos com 29 semanas praticamente, e nesta gestação pude comprovar que, pelo menos para mim, o desejo incontrolável por alguma comida é realidade. Ele fica entre frutas, especialmente maça fuji, manga, abacaxi, a verduras de todos os tipos, mas especialmente, principalmente COUVEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. Gente, é incontrolável!!!!!!! Nas outras tive gula, por sorvetes e chocolates, no inicio por bergamota e laranja, é verdade. Mas se não tinha, não tinha e ponto.
Chega a ser cômico!!! Mas agora o Açaí é minha perdição (detalhe, nunca curti açaí como agora).
E com vocês? Acontece o mesmo? Dizem que pode ser necessidades emocionais, e não alimentares. Mas creio, no meu caso que tem a ver com a leve anemia que tenho. Bom, para entendermos um pouco mais sobre isso, vamos ler este texto abaixo. Achei bem bacana!

Muitos de nós já nos perguntamos se os desejos na gravidez são de facto reais ou se não passam apenas de superstição. Nesta edição, fomos à procura da resposta para os chamados desejos que chegam rápida e inesperadamente.
Isabel Ferreira, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica da Gimnográvida esclarece as suas dúvidas a respeito deste tema.
“Desejos e aversões alimentares são sintomas frequentemente referidos pelas mulheres grávidas, pelo que seria errado ignorá-los, desprezá-los ou apelidá-los de mito, quando de facto são uma realidade, independentemente da sua origem”, explica Isabel Ferreira. Uma análise realizada em Abril de 2008 por um portal especializado em assuntos da maternidade (www.gurgle.com), com 2000 grávidas britânicas, revela que atualmente as grávidas sentem mais desejos do que há 50 anos, divulgando que atualmente 75% das grávidas entrevistadas referiram desejos alimentares, enquanto há cinco décadas atrás essa percentagem estava nos 30%.
Isabel Ferreira explica que “não se sabe ao certo a razão para este aumento, mas pensa-se que é meramente cultural e que se deve ao acréscimo da oferta de produtos alimentares e à forma estimulante e convidativa como eles são publicitados”.
Este “estranho despertar de apetites” está dependente de factores psicológicos, culturais, mas também fisiológicos (hormonais e nutricionais).

Desejos mais frequentes
A enfermeira entrevistada pela Mãe Ideal refere alguns alimentos avidamente desejados pelas mulheres grávidas, como “o chocolate, os doces, os citrinos, os pickles, as batatas fritas e o gelado”. No começo da gravidez, muitas mulheres sentem mais necessidade de comerem alimentos ácidos ou gelados pois a estes alimentos está associado o alívio dos enjoos, um desconforto característico desta fase.
“Dadas as suas origens, os desejos podem estar presentes desde o início e acompanhar a mulher grávida ao longo de toda a sua gravidez”, garante Isabel Ferreira.
As mulheres grávidas costumam referir vontades extremas e repentinas para comer alimentos específicos, alguns já apreciados antes da gravidez e outros que querem experimentar pela primeira vez, apesar de nunca terem sentido essa vontade anteriormente.
“Algumas mulheres referem desejos incontroláveis que as levam a comer substâncias estranhas (1/3 das mulheres entrevistadas durante a pesquisa Gurgle 2008 disponível em www.gurgle.com), tais como cinzas, terra, barro, pasta dos dentes, sabão, gelo, cal, tinta, entre outros. Este fenômeno denomina-se de Pica e crê-se que a sua origem deriva de uma combinação de factores bioquímicos, psicológicos e culturais”, salienta Isabel Ferreira.
Em algumas culturas, as mulheres são incentivadas a comer barro pois acredita-se que ajuda a fixar os nutrientes - existem inclusive locais que vendem barro em saquetes com este propósito exclusivo.

Repulsa de determinados alimentos
“Se por um lado as mulheres referem sentir um aumento do desejo em comer maior quantidade ou com maior frequência determinados alimentos, por outro lado referem também com grande frequência que ‘enjoaram’ alguns tipos de alimentos. As aversões mais comuns incluem café, chá, alimentos fritos ou com muita gordura, comidas muito condimentadas, carne e ovos”. A origem destas repulsões está também relacionada com factores psicológicos e culturais, mas especialmente com os factores fisiológicos, mais precisamente com a libertação de hormonas que alteram o paladar e o olfacto.

Causas fisiológicas e psicológicas dos desejos alimentares
De acordo com alguns especialistas, “a vontade extrema e repentina da mulher para comer determinados alimentos tem uma forte componente psicológica, associando-se frequentemente a sensações de insegurança e à necessidade de mais atenção, típicas desse momento da sua vida, mas não há dúvidas de que também existe uma origem fisiológica a impulsionar estas necessidades”, esclarece Isabel Ferreira.
Por outro lado, acrescenta a Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica, “algumas hormonas libertadas ao longo da gravidez (tais como HCG e progesterona) são as maiores responsáveis pelas alterações no apetite, no paladar e no olfacto que justificam mudanças de comportamento alimentar da grávida no que diz respeito ao aumento da quantidade de alimentos ingerida e à alteração das suas preferências alimentares”.
Adicionalmente, as carências nutricionais também têm evidenciado relação direta com alguns desses desejos: o desejo repentino por doces está frequentemente associado a uma baixa de hidratos de carbono e o desejo por frutas a uma necessidade corporal de aumentar o aporte vitamínico e podem estar especialmente presentes se a mulher não fizer refeições equilibradas e frequentes, necessárias para garantir a alteração das necessidades nutricionais do seu corpo desde que engravidou.

Conselhos aos companheiros e familiares mais próximos


- Algumas grávidas não se sentem muito confortáveis com as alterações corporais típicas da gravidez, referindo que se sentem “gordas, feias ou menos atraentes”. Isto leva a que, para além dos factores fisiológicos atrás descritos, a mulher sinta uma necessidade de mais mimo e atenção por aqueles que a rodeiam, e os desejos mais estranhos e difíceis de ser realizados surgem assim para por à prova a atenção e a dedicação do companheiro e de outros familiares mais próximos.

- Muitas mulheres, sem estarem grávidas, sentem já com frequência alguns desejos por alimentos “diferentes” e a horas “impróprias”, sendo que essa necessidade se agrava com o aumento da sensibilidade característico do período gravítico, o que, associado à necessidade de mais atenção, leva muitos maridos a levantarem-se a meio da noite para satisfazer essas necessidades.

- Apesar de, nestes casos, estas não serem de facto necessidades alimentares essenciais, as necessidades emocionais são uma realidade. É importante que as grávidas, os companheiros e os familiares próximos das mesmas estejam conscientes de que não há perigo para o bebé se uma necessidade específica e repentina não for satisfeita.

- Atender a um pedido, desde que não se torne num sacrifício para quem o faz, pode ser um carinho adicional e um apoio especial importante nesta fase mais carente da vida da mulher.

- Aos companheiros, Isabel Ferreira sugere que mostrem o seu carinho e amor e elogiem com frequência as alterações corporais da sua companheira (exemplo: “A gravidez fica-te mesmo bem”) e sempre que um desejo mais difícil de realizar surja, façam questão de salientar que sempre que vão preparar o alimento apetecido, o fazem pelo amor e carinho que vão oferecer nesse alimento e não porque acreditam que há perigo do bebé vir a nascer com a cara do alimento apetecido.

- Todo o excesso é negativo, pelo que é obrigação do companheiro e dos familiares próximos tentar controlar os comportamentos alimentares mais excessivos e desequilibrados, pois podem tornar-se perigosos para a mulher e para o desenvolvimento e o bem-estar fetal.

Desejos perigosos para a gravidez?
“Satisfazer todos os desejos na gravidez pode tornar-se num caminho difícil de retornar. Estas vontades extremas e repentinas que muitas mulheres sentem por determinado tipo de alimentos podem ser prejudiciais à saúde da futura mãe e consequentemente a saúde e o desenvolvimento fetal”, indica Isabel Ferreira. 
O excessivo aumento de peso tende a ser um problema frequente, com consequências muito negativas para o feto e para a mulher, durante e após a gravidez. O excesso de doces e substâncias exóticas pode alterar o equilíbrio nutricional da grávida, provocando excesso de peso, diabetes gestacional ou hipertensão arterial.
“Por outro lado, apesar de alguns desejos alimentares estranhos serem inofensivos, outros podem trazer graves consequências à saúde da mulher e do feto, tais como o consumo de tinta ou de alguns tipos de terra, que podem causar envenenamento por chumbo. Há também o risco de consumir parasitas perigosos. Outras substâncias podem inibir a absorção de nutrientes na comida e piorar as deficiências presentes. A Pica pode também causar problemas gástricos, intestinais e urinários muito graves”, alerta Isabel Ferreira.
A grávida deverá sempre informar o profissional de saúde que a acompanha durante a gravidez dessas necessidades que tem sentido, para que ele a ajude a reduzir o efeito fisiológico que possa estar a provocar este comportamento e a auxilie a elaborar um plano para controlar esses comportamentos perigosos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Leite congelado que fica rançoso - do Grupo Virtual de Amamentação (GVA)

Este post veio para esclarecer mais uma divida sobre aleitamento, sobre ordenha e armazenamento de leite materno. Particularmente eu não me lembrava mais deste dado importante. Como uma amiga esta passando por isso, resolvi compartilhar para poder ajudar mais mães em aleitamento, que tem seu leite com um gosto rançoso. Leiam o texto que é de um dos membros do grupo.
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Algumas mães produzem uma quantidade maior de lipase (uma enzima que digere gorduras) que outras. Nesses casos o leite materno tem a tendência a ficar "rançoso", cheirar azedo. Aconteceu comigo, e infelizmente eu perdi um monte de LM congelado.

O que fazer nesses casos? Em português, achei esse site que explica direitinho


Aqui:

"Deverá verificar se o seu leite tem tendência a ficar “rançoso”. Isto acontece quando a mãe produz um leite elevado em lipase, a enzima responsável por diminuir a gordura do leite. O que fazer: Testar, congelando o seu leite, e descongelar passado uma semana. Se cheirar a ranço, deverá passar a aquecer o leite extraído, mas sem o deixar ferver, e depois arrefecê-lo rapidamente e congelá-lo."

A sugestão então é de ESCALDAR o LM logo após extrair, ou seja, aquecer numa panela até começar a formar bolhas no canto. Mas NÃO ferver. Viu as primeiras bolhinhas, desliga a panela, põe o leite no frasco de armazenamento, esfria-o rapidamente (faço isso em água corrente fria), e congela.

Testei meu leite após o escalde, e beleza, sem cheiro nem gosto azedo.

Casos assim são raros, mas acontecem. Vale a pena então testar como diz acima.

Agora a pergunta: esse leite escaldado não perde suas propriedades?

Sim, perde algumas, o escalde mata alguns anticorpos. MAS mesmo assim ainda é melhor que LA! E se você puder continuar amamentando o bebê direto do seio pela manhã, noite e finais de semana, o bebê vai continuar recebendo esses fatores imunológicos tão importantes, não é?

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

13 motivos para consumir chia, a semente da vez

Chia está lotada de ômega-3, cálcio, fibras, ferro e diversos outros nutrientes


Novidade nas prateleiras brasileiras, a chia, uma semente encontrada no sul do México, está prometendo um caminhão de vantagens para a saúde. Riquíssima em uma série de nutrientes, o grão também pode ser um grande aliado da dieta.

Ela está disponível no mercado de três formas: óleo, farinha e grão inteiro. O óleo pode ser usado como temperos de saladas e pratos em geral, e a farinha ou o grão podem ser adicionados em iogurtes, vitaminas, tortas, bolos, saladas, sucos, entre outras receitas.

"A porção diária recomendada é de 25 gramas, o equivalente a uma colher de sobremesa", diz a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional. Caso você passe um pouco dessa recomendação, não há grandes problemas, mas é importante não exagerar e manter sempre a dieta equilibrada, pois a chia é um tanto calórica - são 164 calorias por porção da semente. Confira tudo o que essa colherzinha diária pode fazer pela sua saúde!

Efeito tira-fome

A semente de chia é rica em fibras tanto solúveis quanto insolúveis. A nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, conta que essas fibras ajudam a regular o trânsito intestinal, evitando ou tratando a prisão de ventre, por exemplo. Enquanto a aveia possui 9,1g de fibras a cada 100g do grão, a chia tem 13,6g de fibra. "Ela também proporciona mais saciedade, pois em contato com líquido no interior do estômago forma uma espécie de 'gel' que dilata o estômago, ajudando também no emagrecimento", explica.

Ômega-3, o amigo do coração

É, sem dúvida, o carro-chefe nutricional da chia. A porção de semente de chia tem nada menos que 400% da nossa necessidade diária de ômega-3. De acordo com as nutricionistas, 100 gramas da semente de chia têm oito vezes mais ômega-3 que um pedaço médio de salmão.

Segundo a nutricionista Roseli Rossi, esta gordura do bem é responsável por afastar de perto as doenças cardiovasculares. Ela reduz a formação de coágulos sanguíneos e arritmias, diminui o colesterol circulante no sangue e também aumenta a sensibilidade à insulina. "Além disso, o ômega-3 ajuda na regulação da pressão dos vasos sanguíneos uma vez que aumenta a fluidez sanguínea, evitando assim, o aumento da pressão arterial", completa a nutricionista.

Além de todos esses benefícios, o ômega-3 é importante para fortalecer o sistema neurológico, além de evitar depressão e aumentar a absorção de nutrientes.

Mais cálcio que o leite

Essa é para os intolerantes à lactose e precisam de uma fonte de cálcio segura - segundo a nutricionista Vivian Goldberger, do Emagrecentro, 100 gramas da semente de chia (equivalente a sete colheres de sopa) tem seis vezes mais cálcio que meio copo de leite integral - que tem em média 246 mg do nutriente. "O cálcio presente na chia ajuda na formação da massa óssea, evitando a osteoporose", explica a nutricionista Roseli Rossi. Uma porção de semente de chia (25 gramas) tem cerca de 21% das nossas necessidade diárias de cálcio.

Mais ferro que o espinafre

Uma ótima notícia para quem torce o nariz para espinafre e outros vegetais ricos em ferro, ou mesmo sofre de anemia ferropriva - necessitando, portanto, ingerir boas fontes de ferro. De acordo com a nutricionista Vivian Goldberger, 100 gramas da semente de chia oferecem três vezes mais ferro que a mesma quantidade de espinafre, por exemplo. Para ilustrar melhor: uma porção da semente tem 67.8% das nossas necessidades diárias em ferro.

Proteínas para os músculos

Ótima para quem faz atividade física e precisa de uma boa fonte de proteínas para a reconstrução muscular, 100 gramas da semente de chia carregam 16g de proteína em sua composição. "Enquanto em 100 gramas de arroz integral cru há 8 gramas de proteína e no milho verde cozido há 3 gramas, por exemplo", conta a nutricionista Roseli Rossi. A vantagem da superdose é que a semente ajuda na manutenção de massa muscular, fornece mais energia para as células nervosas e ainda pode complementar as necessidades proteicas - uma porção da semente de chia tem 8.6% das nossas necessidades diárias nesse nutriente.

Carrega magnésio

Essencial para o pleno funcionamento do nosso cérebro e ligações cognitivas, o magnésio também está muito presente na semente de chia. "Em comparação com 100 gramas de brócolis, a semente de chia tem 15 vezes mais magnésio", conta a nutricionista Vivian Goldberger. A porção possui 27.9% das nossas necessidades diárias desse nutriente.

Vitamina A para os olhos

A porção diária da semente de chia possui cerca de 20% das nossas necessidades dessa vitamina. "Ela melhora sistema imunológico e protege a pele e os olhos contra o processo de envelhecimento", conta a nutricionista Roseli Rossi.

Potássio contra câimbras

Esse nutriente tem grande participação na ação muscular, sendo essencial para quem pratica exercícios físicos todos os dias. De acordo com as nutricionistas, 100 gramas da semente de chia têm duas vezes mais potássio que duas bananas grandes. Nesse caso você pode até consumir a dupla junto, garantindo potássio de sobra para a atividade física. Uma porção de chia tem 6.4% das nossas necessidades diárias de potássio.

Vitaminas do Complexo B

A semente de chia também possui em sua composição a niacina, a tiamina e a riboflavina, todas vitaminas do complexo B. Elas são fundamentais para o pleno funcionamento do nosso sistema nervoso, além de auxiliar no metabolismo das nossas células, fazendo com que nosso organismo todo funcione melhor. A porção da semente tem 13% das necessidades diárias de niacina, 4.6% das de riboflavina e 30% das de tiamina.

Antioxidantes contra radicais livres

A semente de chia possui ácido cafeico e ácido clorogênico, ambos antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, combatendo o envelhecimento celular e prevenindo nosso organismo contra diversas doenças, inclusive o câncer.

Manganês extra

A porção da semente de chia tem 63.5% das necessidades diárias de manganês. "Esse nutriente participa na síntese de várias reações enzimáticas, além de estimular o crescimento dos ossos e do tecido conjuntivo", conta a nutricionista Roseli Rossi.

Cheia de zinco

Esse nutriente melhora nossa imunidade, paladar, olfato e visão. Também promove a liberação do hormônio do crescimento e ajuda na formação de colágeno. Na porção de chia você encontra 12.3% das necessidades diárias de zinco.

Rica em cobre

"Ele facilita a absorção do ferro, é catalisador na formação da hemoglobina, melhora imunidade e ajuda na formação de elastina e colágeno", conta a nutricionista Roseli Rossi. A porção da semente possui 30.5% das necessidades diárias de cobre.

Fonte: Minha Vida - 05.07.2013


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