segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cuidados com o recém-nascido

Meninas e meninos, este texto é muito interessante. Dará um Norte para os pais no incio da nova jornada com o bebê. Leiam:

" Muitas mães de primeira viagem têm muitas dúvidas sobre quais os cuidados devem ter com seus bebês logo nos primeiros dias de vida. Não se preocupe, pois este não é considerado um problema, é algo muito comum ter dúvidas sobre algo que você nunca tenha vivido antes. Saiba que o bebê precisa de cuidados o tempo todo, é preciso que nos primeiros dias de vida, você procure se dedicar totalmente a ele. Deixo abaixo alguns cuidados fundamentais com seu bebê nas primeira semanas:
1.   Fique bastante tempo com seu bebê, dê colo, faça uso da cama compartilhada, uso do sling, mey-tay, estudos mostram o beneficio do contato, afinal ele ira passar por uma "gestação" fora do útero;
2.   Beba muita água, a hidratação do organismo é muito importante no período de amamentação, para  a produção do leite materno;
3.    Não beba bebidas alcoólicas e não fume durante o período de amamentação
4.    Muitas mães não sabem se o bebê pode ou não tomar banho no primeiro dia de vida, saiba que ele pode tomar banho sim, sem nenhum problema, mas use sempre sabonete neutro e se lembre de secar bem a região do umbigo para que não fique água acumulada e não tenha futuros problemas.
 5.  Sempre antes do banho verifique a temperatura da água, isto é, veja se a temperatura da mesma está apropriada para o seu bebê. Você pode fazer uso do termômetros de banheira.
 6.  Depois do banho, você deve ter alguns cuidados com o umbigo, por isso passe uma solução de álcool 70% no umbigo. Isso deve ser repetido de três a quatro vezes por dia.
 7.  Não esqueça sempre lavar as mãos antes de mexer no umbigo do bebê.
 8.  No momento da troca de fraldas, limpe com água morna, sabonete e algodão, ou se preferir poderá usar lenços umedecidos (experimente fraldas de pano, estão mais modernas e faceis de usar e lavar!)
 9.  A fralda do Bebê deve ter uma folguinha na largura de  2 dedos, para não apertá - lo.
10. Cuide a pega do bebê na hora da amentação. Coloque sempre a barriga do bebê encostada na sua no momento que for amamentar.
11. Procure a posição mais confortável para a amamentação, tanto para você quando para o seu bebê.
12. Depois de mamar, é preciso colocar a cabecinha dele para cima e esperar que ele arrote antes de deitar.
13. Use sempre hidratante dermatologicamente testado para a pele sensível do bebê.
14. Quando deitar o bebê, coloque-o sempre de ladinho, caso volte leite ele não irá se afogar.
15. As vacinas devem estar sempre em dia, para que o bebê possa ficar livre de algumas doenças.
16. Quando o seu bebê tiver cólicas, coloque-o de barriga para baixo, faça massagem e aqueça a barriga com fralda com bolsa térmica assim será possível acabar com a cólica.
17. Não ofereça chá nem medicações, sem orientação médica.

Estes são alguns cuidados necessários que você tem que ter com seu filho, principalmente nos primeiros meses de vida. Eu fiz assim com os meus! Não me largam, mas é assim até eles te largarem e você sentir falta!
Deixo informações adicionais sobre  os cuidados, retirado de http://meubebezinho.com.br/cuidados_2.shtml , aproveitem e se tiverem dúvidas me escrevam!
O primeiro passeio 
A primeira saída com o bebê requer cuidados especiais quanto à escolha do local, das roupas, do transporte e, principalmente, do conteúdo da sacola da criança. Anote o que você deve levar:
Uma muda completa de roupa
Colchonete para a troca de fraldas
Fraldas descartáveis (o número de fraldas varia com o tempo de duração previsto
para o passeio)
Lenços umedecidos
Loção
Protetor solar
Mamadeira (caso não amamente)
Babador
Brinquedo, chocalho etc
Fralda de algodão
Água e suco (garrafinhas térmicas)
Frutas e colher (caso a criança se alimente de sólidos)
Chapéu (é importante proteger o bebê do sol)
O que fazer em caso de choro
Segurar o bebê com suavidade e firmeza para transmitir-lhe segurança.
Checar se o bebê está limpinho.
Procurar o pediatra se o choro for inexpressivo, se a criança estiver alheia a estímulos externos e se os pais perceberem um lamento diferente.
Quando o caso for cólica, colocar o neném de bruços, massageando suas costas no sentido da nuca para as nádegas.
Aquecer mãos e pés também ajuda. Deve-se criar um ambiente calmo na família, reduzindo a ansiedade da mãe e do filho.
Cuidados com o umbigo
Após o nascimento o cordão umbilical é cortado a alguns centímetros do umbigo. Como nessa área não há nervos, o procedimento não causa dor à criança. Em cerca de dez dias o coto deve ficar preto e cair. Até lá, a mãe deve ter cuidados especiais com essa parte do corpo do bebê. Há risco de infecção, principalmente se o umbigo permanecer molhado e sujo durante muito tempo.
Até cair, o coto deve ficar bem ventilado. Embora as secreções sejam normais, o pediatra deve ser consultado se o local apresentar pus ou sangue.
A área em volta não deve ficar vermelha ou inchada. Caso isso ocorra, o médico deve ser procurado o mais rapidamente possível, pois estes sintomas indicam infecção.
Deixe o maior tempo possível o coto em contato com o ar. Não cubra o local com calça plástica, fralda ou curativos.
Mantenha o local sempre seco e livre de impurezas. Para limpar o coto, utilize um chumaço de algodão limpo e umedecido em produto recomendado pelo pediatra. A limpeza deve ser realizada delicadamente no coto e na região em volta do umbigo.
Após a queda do coto, a região deve ser limpa e seca diariamente para que o processo de cicatrização seja concluído.
O banho
A hora do banho traz sempre muita insegurança para as mães de primeira viagem. Deixe tudo pronto antecipadamente: o sabonete do bebê, a toalha, as fraldas, roupinhas limpas etc. Utilize, de preferência, banheiras antideslizantes e bem apoiadas. Verifique se a água não está quente demais. Tire as roupinhas do bebê, deixe a fralda e envolva-o numa toalha, de modo a prender delicadamente seus braços.
Sente-se próxima à banheira e lave o rosto e a cabeça do bebê, sem ainda colocá-lo dentro da água. Depois, desenrole o bebê, retire a fralda e segure-o com seu braço esquerdo. Você deve passar o seu braço esquerdo pelas costas da criança, prendendo-o firmemente embaixo do braço esquerdo dela. Desse modo, a cabeça fica inteiramente apoiada no seu antebraço e o bebê se sente seguro. Coloque-o delicadamente na água e, com a mão direita, você irá banhá-lo facilmente.
Retire-o da água e envolva-o na toalha. Enxugue cuidadosamente todas as dobrinhas. Não é recomendável usar talco. Seque bem, principalmente o umbigo. Não use faixas sem curativos fechados. Vista a criança com roupas confortáveis e não prenda os braços ou pernas dela: o bebê gosta de movimentar essas partes do corpo.
Muitos pais tomam banho com aos filhos. Porém, é importante usar o bom senso e respeito, vitais para evitar a estimulação precoce da sexualidade. Na opinião da psicanalista infantil e terapeuta familiar Anelise Sandoval Scappaticci, quando o banho ocorre com bebês de até um ano de idade não há maiores problemas - o contato pele a pele com os pais é bom para ambos. "Nessa fase, todo o contato corporal é importante para o bebê. Mas os pais devem ficar atentos para evitar mexer nos genitais, estimulando excessivamente o nível sexual", explica ela.
Segundo a psicanalista, a partir de um ano de idade a criança naturalmente olha para os genitais dos pais e passa a ter uma percepção maior das diferenças. "É necessário ajudar a criança perceber que, além dos pais, existem outras coisas ao redor. Caso contrário, a atenção dela ficará centralizada no corpo da mãe ou do pai", diz Anelise.
Fragilidade na moleira: mito ou realidade
Nossas avôs e mães sempre nos ensinaram que devemos tomar cuidado com a moleira do recém-nascido, dada a sua fragilidade. Entretanto, essa região pode ser tocada, acariciada e lavada normalmente. A compressão, porém, não é aconselhada, pois não há camada óssea a proteger o cérebro do bebê (no décimo oitavo mês os ossos da cabeça se fecham, fazendo com que a moleira desapareça).
O estímulo ao arroto
Estimular a criança a arrotar após amamentá-lo no peito ou na mamadeira é muito importante. O ar que a criança engole ao mamar pode dar a falsa impressão de que esteja satisfeita. Para ajudar o recém-nascido a arrotar, basta encostá-lo no ombro e massagear levemente as suas costas. Caso o bebê regurgite o leite, não se preocupe. Isso é normal.
Cuidados especiais com as meninas
Quando bebê, a menina pode ter a vagina afetada por algumas irritações, como assaduras, candidíase ou oxiúros. Atenção: sangue ou mau cheiro na vagina são indícios de que a criança inseriu algo no órgão genital. Em recém-nascidas, um corrimento esbranquiçado com sangue durante alguns dias é comum e não deve ser motivo de preocupação. Após essa fase e até antes da puberdade, os corrimentos passam a ser anormais. O alerta vale também para sinais de dor ou coceira dentro ou ao redor da vagina, vermelhidão e corrimentos persistentes, pois indicam que algo não vai bem.
Cuidados especiais com os meninos
Nos meninos, o prepúcio (pele que cobre a ponta do pênis) pode inflamar ou infeccionar devido às assaduras. Quando na região da virilha ou no escroto é verificado inchaço, pode haver uma hérnia - uma alça dos intestinos fica protuberante em uma parte fraca das paredes abdominais. Se essa parte do corpo do seu filho estiver inflamada, lave-a sem sabonete e seque-a a cada troca de fralda ou, pelo menos, uma vez por dia. Tente não puxar o prepúcio de seu filho para trás. Como essa pele não se retrai até, pelo menos, os quatro anos de idade, ao movê-la você poderá provocar uma inflamação.
Procure um médico imediatamente caso o prepúcio de seu filho esteja inchado, vermelho ou com corrimento. O pediatra também deve ser chamado se a hérnia de seu filho começar a doer ou tiver alguma alteração. Há casos em que pode ser feita uma circuncisão (cirurgia para remoção do prepúcio). Caso você pense em circuncidar seu filho, converse com o médico. Como toda cirurgia, essa também traz riscos e só é feita por razões médicas ou por força de práticas religiosas."

Mara Freire - Doula - Manhã Gazeta ( By Tiozinho)

Entrevista com 3 Doulas, sendo que uma é a Pris querida, de São Paulo! Estas linda querida!
Vocês ainda acham que ter Doula é um "luxo"? Conheçam um pouco mais deste trabalho crucial!
VOCÊ MERECE UMA DOULA!!


sábado, 26 de fevereiro de 2011

How to use the Birth Ball - www.SerenityBirth.com

GRAVIDEZATIVA.com - Preparação Ativa para o Parto

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Jack Johnson & Ben Harper - With My Own Two Hands [Full HQ Song]



" EU POSSO MUDAR O MUNDO COM AS MINHAS DUAS MÃOS!"

Matéria sobre parto em casa

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

1 ° Encontro de mães, gestantes (casal grávido) e tentantes de Gravataí

É com muita alegria que convido as mamães, de Gravataí e região, para 1ª Roda de discussão, do Grupo 'Gestar é Luz é Vida'. Neste 1° encontro, serão discutidas as experiências de cada uma de vocês com a gestação, o parto (ou cesárea), e maternidade. Desta forma vamos nos conhecendo, enriquecendo e sanado dúvidas! 
Esta iniciativa surgiu, com o meu desejo profundo de esclarecer, auxiliar e empoderar outras mulheres, através da minha experiência como mãe de 2 filhos, como Doula e como Nutricionista (com aperfeiçoamento em Nutrição  materno - infantil).

Data: 27/02/2011 - domingo
Horário: 17:00  às 18:30 hs
Local: Rua Ibirapuitã, 220- Salgado Filho - pda 76 - Gravataí
(minha casa, com pátio grande, cheio de árvores)


OBS: Tragam cangas/ mantas para sentarmos na grama. Quem puder, traga algum alimento para compartilhar! Chimarrão e chás são comigo. Participem deste encontro, vai ser muito enriquecedora!

Para maiores informações falar com Ana:
E-mail: anadoulaenutri@hotmail.com
Fone recado: (51) 34961405
Fone direto: (51) 84236468
Você pode deixar sua dúvida no blog também, no canto de cima, à direita. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Bebê com Síndrome de Down pode e deve ser amamentado

   Todos nós sabemos o valor do Aleitamento Materno para o crescimento saudável do lactente, bem como as vantagens para a mulher. Apesar disso, o desmame ainda é precoce. No Brasil temos poucos dados, mas o que se nota é que a não amamentação ou a introdução de mamadeira com fórmulas infantis é ainda mais prevalente nos portadores de Síndrome de Down (SD). Justamente, devido ao risco maior de enfermidades, hipotonia oral, atraso no desenvolvimento, maior dificuldade no estabelecimento do vínculo entre mãe e filho é que a alimentação ao seio precisa ser mais promovida e apoiada, principalmente neste caso.

 A Amamentação Propicia Benefícios Especiais:

Protege contra infecções e problemas gastrointestinais: bebês com SD são mais propensos as infecções respiratórias e constipação, cólicas, regurgitação ou refluxo gastroesofágico. O Leite Humano provê imunidade e é de fácil digestão.
Estimula a coordenação oral para sucção e deglutição: o ato de mamar ao seio ajuda estes bebês a fortalecerem sua estrutura oro-facial, que facilitará o desenvolvimento da linguagem posteriormente.
Estimulação extra: o maior contato pele-a-pele propiciado automaticamente pelo aleitamento natural dá ao lactente estímulos sensoriais que possibilitam alcançar mais plenamente suas potencialidades.
Proximidade entre o binômio: a amamentação, quando está indo bem, pode estreitar o apego entre a mãe e seu filho, sendo fonte de prazer mútuos. O recém nascido (RN) precisa de colo, aconchego e sua mãe precisa senti-lo, vincular-se e "readotá-lo". Estes contatos íntimos que só a amamentação propicia é o melhor começo para a vida de ambos.
Realçando as habilidades maternais: a capacidade da mulher de alimentar seu bebê por si própria aumenta sua auto-estima. Você sendo persuadida e encorajada a sentir-se com conhecimento pleno para cuidar de seu filho, isto é algo que vai servir para toda sua vida.

Mesmo Estando Separados - O Aleitamento Materno Pode Continuar

Alguns RNs com Síndrome podem ter problemas cardíacos e respiratórios necessitando de cuidados de neonatologia especiais. Eles podem ter que ficar em Unidades de Terapia Intensiva ou Berçários por algum período. Mesmo assim, sua mãe deve lhe prover colostro (o precursor do Leite Materno que é riquíssimo em anticorpos e leucócitos) e depois da apojadura (primeira descida do leite que ocorre entre 2-5 dias pós-parto) lhe ofertar seu leite. Para isto ela precisa ser apoiada para a ordenha manual ou com bombas eficazes e assegurar que seu RN receba este leite por conta-gotas, seringas ou copinhos e nunca por chuquinhas ou mamadeiras. Isto é importante para a profilaxia da chamada "confusão de bicos", isto é, o bebê perde o reflexo de sucção ao seio, o que lhe exige maior esforço. O colostro e o leite de peito dos primeiros dias é suficiente para os RNs, eles não necessitam de nenhum outro alimento, nem água ou solução glicosada.

Dificuldades Podem Ser Superadas

Um estudo (Aumonier 1983) com 59 bebês com SD relata que 52% não tiveram problemas de sucção. Porém, a maioria dos RNs com esta Síndrome tendem a ser "moles", ou seja, tem um baixo tônus muscular (chamado de hipotonicidade), e alguns podem não estarem aptos a terem uma amamentação eficaz logo de início. Um RN assim, precisa de uma ajuda extra para achar, abocanhar e permanecer ao seio. Temos que esclarecer a esta mãe que a força muscular e de sucção vai evoluindo com o tempo e com a prática. Um lactente hipotônico pode ter dificuldade de colocar sua língua em volta do mamilo e da aréola quando estiver mamando. A língua achatada ou plana (ela normalmente na mamada fica concavada) pode causar que o leite que está sendo engolido escorra pelos cantos da boca. Em função disso, o esforço dele é maior para ter menos leite. Então, as mulheres precisam ter uma disponibilidade ainda maior, principalmente nas primeiras semanas.
É também muito comum, os bebês serem "preguiçosos" e dormirem entre e durante as mamadas. Durante as primeiras semanas de vida, isto pode trazer uma dificuldade a mais para o aleitamento. Se ele não mama freqüentemente e por um tempo satisfatório, ele pode não ganhar peso suficiente.

Dicas Para Superá-las

Tente interessar seu bebê a mamar freqüentemente durante o dia: ajude-o a ter mamadas curtas e freqüentes (menor que 10 minutos de sucção efetiva em cada peito a cada 2-3 horas) será melhor que mamadas longas e espaçadas.
Desperte o lactente antes de oferecer o seio e o estimule a manter-se interessado durante a mamada: há posições que favorecem o sono (com o bebê deitado) que então, devem ser evitadas, carinhos vigorosos nos pés e na cabeça também podem ser usados; verifique se ele não está muito agasalhado; banhos também podem fazer com que fiquem mais despertos.
Dê ao bebê bastante colo e converse sempre com ele: um "baby bag" (sling) pode facilitar estas tarefas.
Permaneça com ele andando pela casa, falando ao telefone, colo não vicia !


O Ideal é Estar em um HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA

Em uma maternidade avaliada como Amiga, se cumpre os 10 PASSOS PARA A AMAMENTAÇÃO BEM SUCEDIDA (veja abaixo) e isto significa que o pessoal de saúde é mais capacitado e as normas e rotinas favorecem o estabelecimento da lactação.
Esta iniciativa da OMS e do UNICEF em parceria com o Ministério da Saúde faz com que no Brasil já existam 80 maternidades que possuem este título, que representa um atestado de boa qualidade e humanização da atenção perinatal.

Posicione o Bebê Bem Junto ao Seio
Quando colocar o RN para mamar, certifique-se que ele está bem posicionado. Ele precisa gastar toda a sua energia para a sucção e não pode desperdiçá-la para sustentar a sua cabeçinha o para manter seu corpo para o alto a fim de alcançar o seu peito. Travesseiros, almofadas e poltronas com braços e apoio para os pés ajudam a pega ideal e mantê-lo numa posição horizontal em relação a você. Tudo isto faz ele mamar melhor e com menos esforço.

Evitando Engasgar e Sufocar
Eles têm maior tendência a engolir com dificuldades e de se "afogarem" por causa do baixo tônus muscular e suas vias aéreas ficam desprotegidas ao deglutirem. Se isto for um problema, você tem que tentar colocá-lo numa posição onde o pescoço e a garganta dele fiquem mais altas do que seu mamilo. Usando as seguintes posições:
* Adicione mais um travesseiro sob o bebê e incline-se ligeiramente para trás de modo que seu peito esteja num angulo para cima.
* Apoie-se numa cadeira de balanço com seus pés sobre uma almofada ou banqueta, fazendo com que seus joelhos fiquem para cima.
* Deite-se com ele ao seu lado com uma toalha de banho dobrada abaixo dele, de forma que o rosto dele esteja ligeiramente angulado para baixo em relação ao seu mamilo.
Um procedimento que deve acontecer com todos os lactentes ao serem colocados para mamar, é que sua boca tem que estar bem aberta para abocanhar o mamilo e parte da areola. Às vezes é necessário abaixarmos sua mandíbula (maxilar inferior) com as nossas mãos, nas primeiras semanas, nos bebês com baixo tônus muscular.
Alguns lactentes insistem em ficar com a língua suspensa, e devemos exercitá-los a pôr a língua para baixo.

Seja Artista: Mãos em Posição de Bailarina !
O bebê prétermo ou de baixo peso pode necessitar que a sua mandíbula e o seu queixo sejam sustentados para que ele sugue bem. Até que ele fique mais forte você pode usar sua mão e seu dedo indicador abaixo do maxilar inferior, apoiando seu queixinho.

Releia o "MANUAL DE INSTRUÇÕES"
Como manda a nova lei do consumidor, o seu bebê deve ter vindo acompanhado de um manual que explica como ele funciona e se manifesta. Caso isto não tenha acontecido, não dá mais para reclamar. O jeito é descobri-lo, ou seja, saber como ele reage, as coisas que ele gosta ou nãoNo caso, por exemplo, dele ser um engolidor de ar quando está mamando, ele pode necessitar arrotar mais, inclusive entre um seio e outro (no meio de uma mamada). Descobrir como ele é e como vocês são será uma aventura muito interessante.

Ganho de Peso Insatisfatório
Relembre-se que não existe leite fraco ou pouco leite. É preciso de um acompanhamento pediátrico para verificar a eficácia das mamadas. Ás vezes é preciso retirar o leite materno dos seios e ofertá-los nos intervalos das mamadas. Apenas os bebês que possuem severas anormalidades cardíacas é que não sugam muito bem e consequentemente podem não engordar como o esperado.
Paciência e Perseverança é o Melhor Remédio
É um desafio a amamentação de um bebê com SD, mas logo logo as vantagens são percebidas e quando bem apoiado o AM é muito prazeroso para ambos. Curta esta fase, que passa tão rápido !

Para os Profissionais de Saúde
A puérpera/nutriz de um bebê com Síndrome de Down pode estar se sentindo culpada, triste no pós-parto, isto faz com que seja mais difícil reter informações, aceitar "conselhos e recomendações" de profissionais de saúde. O apoio de pessoal capacitado e sensível é fundamental. Mais tempo, carinho e dedicação devem ser ofertados para esta família, o pai, irmãos e avós estando presentes nestes momentos nos possibilita melhores resultados.

Marcus Renato de Carvalho, IBCLC
Prof. do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina - UFRJ
CLÍNICA INTERDISCIPLINAR DE APOIO À AMAMENTAÇÃO 
Rua Carlos Gois, 375, s. 404 – Leblon - Rio de Janeiro – RJ
22440-040 - BRASIL
Tel/fax.: (021) 2249 0312
marcus@aleitamento.com
www.aleitamento.com

ANEXO
Todos os estabelecimentos que oferecem serviços obstétricos e cuidados a recém-nascidos deveriam cumprir os 10 passos para o sucesso do Aleitamento Materno(*):
1 - Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deveria ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.
2 - Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.
3 - Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento.
4 - Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento.
5 - Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.
6 - Não dar a recém - nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do Leite Materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.
7 - Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e bebês permaneçam juntos - 24 horas por dia.
8 - Encorajar o aleitamento sob livre demanda.
9 - Não dar bicos artificiais ou chupetas a lactentes amamentados ao seio.
10- Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.
(*) "Proteção, Promoção e Apoio ao Aleitamento Materno - o papel especial dos serviços materno-infantis". Uma declaração conjunta OMS/UNICEF 1989.

REFERÊNCIAS
- Aumonier, ME & Cunninghan, CC: "Breast feeding in infants with Downs´s Syndrome" Breastfeeding review nº 8 May, 1986.
- LLLI: "Down syndrome" The breastfeeding answer book, November, 1994.
- MacBride MC, Danner SC: "Sucking disorders in neurologically impaired infants: assessment and facilitation of breastfeeding". Clin Perinatol 14:109, 1987.
- Lawrence, RA: "Breastfeeding the infant with a problem" in the BF: a guide for the medical profession. Mosby-Year book, 4th ed. 1994.
- Valdés, V; Sánchez, AP & Labbok, M - "Manejo clínico da lactação - assistência à nutriz e ao lactente" Ed. Revinter, RJ, 1996.
Leia também o artigo da Dra. Léa Amábile sobre este tema publicado neste site -www.aleitamento.com




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CHUPETAS e MAMADEIRAS: malefícios comprovados

O sorriso lindo do meu filho que não chupou chupeta!
Quando estudei aleitamento materno na faculdade e, percebi o poderoso alimento que era para o bebê, seus mil e um benefícios, me apaixonei. Tive a oportunidade de visitar bancos de leite da capital, em passeios pela faculdade. Depois trabalhei na Secretária de saúde de Gravataí e, obtive a oportunidade de trabalhar no Projeto Crescer Bem. Esse projeto atendia crianças até 1 ano de vida ( faixa de risco de mortalidade da cidade). Nele pude acompanhar, informar e incentivar o aleitamento dessas crianças carentes. Desde então, sempre fui contra a tudo aquilo que prejudicasse a amamentação dos meus futuros filhos e, destes "filhos" que eu acompanhei por um tempo. Bicos e mamadeiras simplesmente são CONTRA INDICADOS, trazem malefícios a curto e médio prazo! Encontrei este artigo no site www.aleitamento.com que lista o porquê de prejudicarem a saúde do seu filho!


Embora utilizadas pela maioria das crianças, mamadeiras e chupetas podem causar inúmeros danos e serem transmissores de germes e vermes. Por isto, uma série de recomendações e normas estão sendo criadas para desencorajar o uso e controlar a publicidade destes produtos, até então inocentes símbolos da infância.

 O passo 9 para o sucesso do Aleitamento Materno adotado pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança da OMS/UNICEF estabelece que não deve ser dado ao lactente chuquinhas ou chupetas mesmo sendo ortodônticas. O uso de bicos artificiais leva ao fenômeno "confusão de bicos", isto é, uma forma errônea de recém nascido posicionar a língua e sugar o seio, levando-o ao desmame precoce. O recém nascido (RN) nasce com o reflexo de sugar e deglutir que permite, quando bem posicionado por sua mãe, à uma pega correta dos seios, ou seja, envolvendo o mamilo e a aréola. Numa boa pega, a língua fica por baixo (no assoalho da cavidade oral) para pressionar o osso de palato, formando um movimento peristáltico, ritmado, como uma onda. Desta forma ele consegue ordenhar os ductos ou ampolas lactíferas, esvaziando os seios e satisfazendo-se. Na posição errada (má pega) o RN só abocanha o mamilo, não conseguindo esvaziar os seios, causando dor, fissuras, tensão materna, fome, choro e insatisfação do bebê.
Na mamadeira ou na chuquinha, o RN empurra a ponta da língua contra o palato para deter o fluxo do leite artificial, da água ou do soro glicosado (que são dispensáveis) e não suga, mas apenas engole passivamente o alimento.
Um estudo realizado no Rio Grande do Sul e publicado internacionalmente constata que o risco de um lactente ser desmamado era maior para os usuários dos bicos artificiais e chupetas do que para os não usuários. Além do bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato dele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite.
Os recém nascidos que usam chupetas geralmente sofrem de Moniliase Oral (Candidíase ou o famoso "sapinho") e as chuquinhas ou mamadeiras são veículos de contaminação, porque os líquidos ou leites artificiais podem ser preparados de forma não higiênica e atrapalham a proteção imunológica fornecido pelo Leite Materno.

 CÁRIE DE MAMADEIRA
No Brasil, 11,7% das crianças até 2 anos têm a chamada cárie de mamadeira. Segundo a odontopediatra Marcia Eduardo, especializada em tratamento de bebês, a cárie é uma doença contagiosa que pode ser passada de mãe para filho. Beijar o bebê na boca, soprar seu alimento ou limpar a chupeta com a própria saliva são hábitos pouco higiênicos, mas ainda muito comuns, que transmitem a bactéria da cárie.

 CHUPETAS SÃO "CALA A BOCA"

Nos EUA as chupetas recebem o sugestivo nome de "pacifiers", que significa "pacificadores", ou "me deixa em paz". O lactente no seu primeiro ano de vida está na fase oral do seu desenvolvimento psico-sexual e a Amamentação em livre demanda (sem horários) é capaz de suprir por si só esta necessidade de sugar, a chamada "sucção não nutritiva".
os dentes do seu filho vão ficar assim!! Bonito? saudável?
 AMAMENTAÇÃO EVITA HÁBITOS ORAIS VICIOSOS
Esta é uma das conclusões da tese de mestrado "Aleitamento, hábitos orais deletérios e má-oclusões: existe uma associação ?" da professora Júnia Maria Chein Serra Negra, de Odontopediatria da Universidade Federal de Minas Gerais. Ela investigou práticas orais de 357 crianças de 3 a 5 anos, em 4 escolas de classes sociais diferentes de Belo Horizonte, constatando a hipótese de que os lactentes que não foram aleitadas ao seio, ou o foram por curto período, desenvolvem hábitos orais viciosos.
A chupeta foi o mal hábito que mais prevaleceu, chegando a 75% dos casos. Ao mesmo tempo, 62% das crianças com respiração bucal tomaram mamadeiras por mais de 1 ano e as crianças com maus hábitos orais apresentaram 4 vezes mais a chance de desenvolver a mordida cruzada. A pesquisadora lembra ainda que, ao nascer, o recém nato tem o queixo pouco desenvolvido, (retrognatismo fisiológico) exatamente para facilitar o encaixe de sua boca no seio da mãe e que o forte movimento de sucção ao seio vai estimular o crescimento dessa estrutura, projetando-a para frente. Além disso, a amamentação implica na sincronicidade dos movimentos de sucção, deglutição e respiração, auxiliando a coordenação da respiração evitando o hábito da respiração bucal, que favorece a instalação de alergias e amigdalites.
A maior incidência de hábitos viciosos foi registrada no grupo de filhos caçulas. Segundo a professora, isto acontece pelo estímulo que recebem para manterem um comportamento infantilizado.
A Dra. Gabriela Dorothy de Carvalho, especialista em cirurgia buco-maxilo-facial e diretora do Centro de Estudos Avançados em Odontologia e Fonoaudiologia afirma que a Amamentação é a: - prevenção da "Síndrome do Respirador Bucal"; - profilaxia das patologias do aparelho respiratório; - forma de evitar a deglutição atípica; - prevenção da mal-oclusão; - profilaxia das disfunções crâneo-mandibulares; - e a melhor maneira de prevenir as dificuldades da fonação.
Excepcionalmente, quando por alguma razão médica o bebê não pode ser amamentado ou sua mãe aleitar, utilizamos copinhos ou xícaras para a administração de leite materno ordenhado.

 VEÍCULO DE TRANSMISSÃO DE ENTEROPARASITOS E COLIFORMES FECAIS
Acaba de ser publicado mais um trabalho científico (Pedroso & Siqueira, 1997) que descobriu cistos de protozoários, larvas de helmintos em chupetas. Ovos de Ascaris lumbricóides, Enterobius vermiculares, Trichuris trichiura, Taenia sp e larvas deAncylostomatídae foram encontrados em 11,63% das chupetas examinadas. Neste artigo os autores afirmam que as mães não tem conhecimento da importância da higienização e do papel que as chupetas desempenham como disseminadoras de infecções. Observam também o percentual elevado de sua utilização (na faixa etária de 4 e 5 anos são utilizados por 50 % das crianças estudadas).
Já havia relatos que a utilização de chupetas aumentam o risco de Otite Média Aguda (Niemela et cols., 1995), de episódios diarréicos infecciosos (Laborde et cols., 1993), de má oclusão dentária (Niemela et cols., 1994) e de contaminação de coliformes fecais em 49% das chupetas examinadas (Tomasi E et al, 1992) o que mais uma vez reafirma a necessidade de abolirmos seu uso.

 INMETRO REPROVA CHUPETAS
Análises laboratoriais realizadas em abril de 1996, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial indicam que estes produtos estão oferecendo riscos ao consumidor mais vulnerável. Uma dezena de marcas foram testadas em vários itens como: embalagem, material, construção e ensaios físicos (tração e fervura) e o resultado é que apenas uma marca teve aprovação em todos os quesitos. O Ministério da Indústria e Comércio junto com o Ministério da Saúde estão criando um regulamento de Certificação de Chupetas.
"Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes" (CNS, 1992) deixa bem claro que os rótulos de mamadeiras, bicos e chupetas devem conter a seguinte mensagem:
"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico".
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • Newman J. : "Breastfeeding problems associated with the early introduction of bottles and pacifiers" J of Human Lactation 6 (2): 59-63, 1990.
  • Victora CG, Tomasi E, Olinta MTA, Barros, FC: "Use of pacifiers and breastfeeding duration" The Lancet, 341: 404-406, 1993.
  • Tomasi E, Victora CG, Olinto MT et al.: "Uso de chupetas em crianças: padrões de uso, contaminação e associação com diarréia". II Congresso Brasileiro de Epidemiologia. Programa e resumos. BH, 1992: 173.
  • ______. : "Padrões e determinantes do uso de chupetas em crianças". Jornal de Pediatria 1994; 70: 167-73.
  • Tomasi E, Victora CG, Barros FC et al.: "Epidemiologia do uso de chupetas em Pelotas, RS". II Congresso Brasileiro de Epidemiologia. Programa e resumos. BH, 1992: 173.
  • Elegbe IA, Elenezer OO, Iyabode ERN et al.: "Pathogenic bacteria isolated from infant feeding teats". Am J dis Child 1982; 136: 672-4.
  • Mathur GP, Marthur S, Khanduja GS: "Nonnutritive suckling and use of pacifiers". Indian Pediatr 1990, 27: 1187-9.
  • Pedroso RS, Siqueira RV: "Pesquisa de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos em chupetas de crianças de zero a sete anos". J pediatr (Rio J.) 1997; 73:21-25.
  • Lang, S; Lawrence, CJ & Orme, RLE: "Xícara: um método alternativo para alimentação infantil". Archives of disease in childhood 71: 365-369, 1994.
  • Niemela M, Uhari M, Hannuksel A,: "A pacifier increases the risk of recurrent acute otitis media in children in day-care centers". Pediatrics 1995; 96:884-8.
  • Mathur GP, Marthur S, Khanduja GS: "Non-nutritive suckling and use of pacifiers" Indian Pediatr 1990; 27:1187-9.
  • Niemela M, Uhari M, Hannuksel A: "A pacifier and dental stricture as risk factors for otitits media".
  • Inter J pediatr Otrohinolarygol 1994; 29:121-7.
  • Pontes da Silva, GA: "O uso de chupetas contribui para uma maior ocorrência de enteroparasitoses ?".
    J pediatr (Rio J) 1997; 73:2-4.
  • Valdés V; Sánchez, AP & Labbok: "Manejo clínico da lactação - assistencia à nutriz e ao lactente"
    Ed. Revinter, RJ, 1996.
Prof. Marcus Renato de Carvalho - IBFAN Rio
Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ
Diretor da Clínica Interdisciplinar de Apoio a Amamentação

Autor: Dr. Marcus Renato de Carvalho
Data: 15/9/2003



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

MundoBrasileiro