quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Casas de parto são apenas para gestantes de baixo risco.

Existem 27 centros de parto natural (CPN) no País, nome dado às casas de parto pelo Ministério da Saúde. Os espaços puderam ser criados a partir da portaria MS/GM nº 985, de agosto de 1999.
Acompanhantes
A maioria das casas de parto aceita mais de um acompanhante na sala. “O número de pessoas não importa, mas recomendamos apenas quem vão contribuir, de alguma forma, com o processo do parto”, diz Thais.
O tempo de trabalho de parto pode ser menor nos casos em que há acompanhantes presentes, de acordo com o Ministério da Saúde. O órgão reuniu 14 estudos científicos, nacionais e internacionais, para sustentar a recomendação. Há também menos risco de depressão pós-parto.
As enfermeiras recomendam ainda outras estratégias bem simples para acelerar o trabalho de parto. “Comer, andar, tomar banho morno de chuveiro”, enumera Thais.
“Dizem que fui corajosa”
A professora de química Eliane Ogata, de 32 anos, teve sua primeira filha há cinco meses, em julho deste ano. Foram 16 horas para Sayuri nascer na Casa de Parto Sapopemba. “Dizem que fui corajosa, mas tudo é mais simples e mais fácil do que se imagina”, afirma.
A ideia do parto natural veio aos poucos. A princípio, Eliane resolveu evitar a cesariana, procedimento cirúrgico e três vezes mais arriscado. Uma pesquisa recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que a mortalidade materna, a necessidade de fazer transfusão de sangue e o encaminhamento dos bebês após o nascimento para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são 2,7 vezes maiores em cesarianas.
Ao optar pelo parto normal, Eliane planejou o nascimento de sua primeira filha no hospital de sua confiança. Contudo, tal atendimento estava fora da cobertura do plano de saúde. Foi então que sua professora de ioga para gestantes recomendou uma visita a um grupo de grávidas, no qual eram compartilhadas informações sobre parto normal.

Lá, a gestante descobriu as casas de parto e o conceito do parto natural. “Minha bolsa estourou às 6h, mas só tive minha filha às 22h15”, recorda. Mas vale à pena. Trinta minutos depois do parto, Eliane já havia tomado banho e resolveu jantar. Logo depois, foi dormir. “Era tudo tranquilo. Só passei o segundo dia na casa de parto porque estava difícil a amamentação. Mas as enfermeiras passavam com milho, canjica, vinham oferecer mesmo estando fora do cardápio”, lembra-se.
Essas longas horas em trabalho de parto somadas aquelas cenas tão propagadas pelo cinema, das mulheres berrando de dor ao dar à luz, são argumentos recorrentes entre as mulheres que optam pela cesariana. Tal procedimento representa cerca de 80% dos nascimentos no sistema privado de saúde na capital paulista.


http://delas.ig.com.br/saudedamulher/casas+de+parto+sao+apenas+para+gestantes+de+baixo+risco/n1237847553956.html

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