quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Papel da mãe na opção por cesárea é questionado


O número de cesarianas vem aumentando em um ritmo constante nos países desenvolvidos nos últimos 30 anos. Entretanto, uma nova análise de dados de pesquisas envolvendo quase 20.000 mulheres em todo o mundo sugere que a opção por esse tipo de parto não ocorre por solicitação delas: apenas 16% das mulheres participantes da revisão da pesquisa disseram preferir o parto cesariano ao vaginal.
Essa foi a constatação da médica Agustina Mazzoni, do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária de Buenos Aires, e de sua equipe. Esta foi a primeira meta-análise a avaliar as preferências das mulheres, ressaltaram Mazzoni e sua equipe na revista do Royal College of Obstetrician and Gynecologists (BJOG). Os pesquisadores analisaram literatura médica e identificaram 38 estudos – incluindo 19.403 mulheres originárias das Américas, Ásia, Europa, África e Austrália.
Um aumento no número de cesarianas, principalmente nos países de poder aquisitivo médio e alto, é frequentemente atribuído à solicitação das mulheres pelo procedimento. Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente 4,5% dos partos realizados em 1965 foram cesarianas, enquanto que em 2007 este número foi de 32,9%, segundo dados do Centro de Controle de e Prevenção de Doenças daquele país.

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