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Após dar a luz, algumas mulheres levam, em média, os mesmos nove meses para perder
os quilos adquiridos durante a gravidez. Porém, algumas emagrecem bastante
já nos primeiros dias de vida do bebê, isso porque amamentam seus rebentos com um pouco mais de
frequência, de acordo com o excesso de fome dos recém-nascidos.
Imediatamente após o parto, ocorre naturalmente a perda de peso,
aproximadamente cinco quilos, pela saída do recém-nascido, placenta, líquido
amniótico e sangue. Esta redução permanece por mais alguns dias, com a
eliminação de líquidos retidos no organismo e normalização das funções
intestinais.
Ao amamentar, a mulher produz o hormônio ocitocina, que provoca a
contração do útero e estimula o retorno ao tamanho normal. Além disso, o
aleitamento consome até 700 calorias por dia, o mesmo que uma hora de corrida.
A segunda medida para perder os quilinhos extras e ajudar na produção de
leite é uma dieta pós-parto balanceada. O ideal é consumir cerca de 1900
calorias por dia. Depois do primeiro mês do parto, é esperada uma perda de peso
gradual de 1 quilo por mês.
O ideal é consumir proteínas magras, como aves, carnes e ovos. Se
preferir peixe, dê preferência aos que contenham ômega 3, como salmão, atum e
sardinha. Para absorver bem essas proteínas, deve invistir em alimentos com
vitamina B6, presentes em cereais integrais e verduras verdes-escuras.
Cálcio também é importante, pois fortalece os ossos e dentes. É preciso
consumir iogurte e leite desnatados; e não esquecer da vitamina C de frutas e
legumes, que aumenta as defesas do organismo.
Se a amamentação for exclusiva (por seis meses) conforme recomenda a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda de peso da mãe será mais rápida.
Portanto se a mãe parar de amamentar precocemente acabará conservando as
calorias que seriam usadas para fabricar leite materno, e então, demorará mais
tempo para voltar ao peso pré-gestacional.
Juliana Andrade de Oliveira, mãe de Letícia, de 3 anos, engordou 13
quilos na gravidez, peso perdido já nos primeiros 20 dias após o parto.
"Eu sempre fui da corrente de amamentação exclusiva, portanto até os 5
meses e 10 dias, a Leticia só mamou no peito. Foi uma ótima iniciativa,
vantagens pra mim e para ela. Mesmo estudando enquanto estava de
licença-maternidade, a Leticia só mamou meu leite, mesmo na mamadeira. Nada de
água, chás, complementos e fórmulas", relembra.
Ao voltar ao trabalho, criou um esquema especial para a filha continuar
tendo acesso ao seu leite. Ela retirava o leite e conseguiu manter o
aleitamento até os 10 meses da menina. "Ao retornar ao trabalho, com 5
meses e meio, ela já comia comidinha, mas mamava ao longo do dia três vezes o
meu leite. A noite continuei no peito, acordava mais cedo, amamentava, ia pro
trabalho, na hora do almoço eu fazia a ordenha no local de trabalho e
congelava. Um super esquema, com bolsa térmica e tudo mais", detalha
Juliana.
Já a cabelereira Christiane Azevedo engordou só quatro quilos e meio
durante toda gestação de sua filha Maria Alice, que está com 4 meses. O médico
chegou a desconfiar que ela estaria fazendo dieta, mas a perda de peso ocorreu
por ela passar muito mal no início da gravidez. Mesmo assim, não teve problemas
de saúde. "Não tive anemia, nem diabetes, minha gravidez foi saudável e
minha filha nasceu muito bem de saúde também."
Após o parto, nos primeiros 15 dias, emagreceu 13 quilos e até agora, já
totalizou 15 quilos a menos. Ela garante que não fez dieta, muito pelo
contrário, come mais do que antes, para não sentir fraqueza, pois a menina mama
bastante.
A única recomendação médica é manter a qualidade das refeições, para não
prejudicar sua saúde, nem a de sua filha. "A Maria Alice nasceu com 47 cm
e 2,8 quilos e hoje está com 65 cm e 6,7 quilos e só se alimenta de leite
materno", comenta Christiane. Antes de engravidar, a cabeleireira estava
cerca de 15 quilos acima do peso ideal para sua altura (1,68cm) e agora
alcançou um equilíbrio saudável.
Por Carmem Sanches
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