O nascimento do bebê
Dr. Jean Carl Silva
Ginecologista e Obstetra
“O parto proporciona emoção plena do exercício da maternidade à mulher” (REFERÊNCIA) Parto normal
O trabalho de parto varia de grávida para grávida, geralmente, começa a partir da 37ª semana de gestação, nessa época, o feto mede cerca de 50 cm de comprimento e pesa em média entre 3 e 3,5 kg. O início do trabalho de parto as vezes é de difícil identificação. Os indícios de que a grávida está chegando ao trabalho de parto são:
- Perda de uma geléia com um pouco de sangue, o tampão mucoso, que pode ocorrer no dia, ou dias antes do parto.
- Sensação de endurecimento da barriga, são as contrações abdominais, normalmente ocorrem 2 a 3 contrações a cada 10 minutos, durando de 30 a 45 segundos, cada. Geralmente se iniciam de forma indolor e com freqüência irregular, mas com o tempo se tornam dolorosas e regulares.
- Ruptura da bolsa - perda de líquido em grande quantidade, normalmente sem cheiro ou cor. Nem sempre há o rompimento da bolsa antes da chegada à maternidade, a mesma se rompe com a evolução do trabalho de parto.
Ao surgimento de um ou mais desses sinais, a mulher deverá avisar o seu obstetra, e/ou procurar um pronto atendimento. Prodromos de trabalho de parto são contrações levemente dolorosas e irregulares que podem ou não evoluir para o trabalho de parto, a observação por um período maior, ou uma caminhada de 2 horas, pode determinar se irá ou evoluir para trabalho de parto, com contrações mais dolorosas e seguidas ou se as contrações irão desaparecer.
O trabalho de parto normal se inicia com contrações de 2 à 3 em 10 minutos e dilatação de 3 ou mais centímetros. A gestante em trabalho de parto é internada, é realizada a tricotomia, ou raspagem dos pelos na região onde se fará a epísiotomia ou a cesariana, se necessária. O trabalho de parto pode ser dividido em quatro períodos ou estágios bem definidos: 1º período – Dilatação
Este período inicia-se com as contrações do útero, com freqüência e intensidade que aumentam com o avanço do processo. O tempo médio do parto na sua fase ativa é de cerca de um centímetro por hora, até completar os 10 centímetros.
Neste período a saúde fetal é acompanhada pela ausculta do coração fetal, no pré-parto. O suporte emocional a gestante neste período é fundamental, reduzindo a dor, facilitando o parto normal.
A analgesia de parto pode ser instalada já no início do processo, alem de medidas posturais. A correção das contrações, aumentando sua freqüência e duração pode ser necessária, sendo utilizado o “soro”. 2º período – Nascimento
Com a dilatação completa o bebê estará passando pelo canal vaginal, e as contrações continuarão fortes e freqüentes, uma vontade de fazer força, chamada de “puxos”, irá iniciar. A pressão da cabeça do bebê sobre a vagina irá dar a sensação de evacuação eminente.
Neste momento a gestante é levada para a mesa de parto, a posição mais utilizada é a verticalizada ao máximo, com as pernas dobradas e flexionadas o máximo possível, aumentando assim o tamanho da bacia. O período de expulsão pode durar de alguns minutos até 20 ou 30 minutos dependendo da situação.
A respiração da gestante neste período é de extrema importância, respirando entre as contrações, e respirando 3 vezes e mantendo o pulmão cheio para fazer a força necessária para o nascimento do bebê.
A espísiotomia é realizada somente quando necessário, é feita anestesia local e cortada para a passagem do bebê, que é aspirado e colocado no colo da mãe, onde é cortado o cordão umbilical, secado, aquecido e colocado para mamar. Este é um momento inesquecível da vida de um casal. 3º período – Desprendimento da placenta
Com uma sensação sememlhante ao nascimento, porém em escala bem inferior, ocorre a saída da placenta, que pode demorar até 30 min. 4º período - Primeira hora. Nesta primeira hora depois do parto observa-se principalmente a contração uterina e o sangramento vaginal. A paciente para a recuperação e permanece lá por 4 à 6 horas, sendo depois levada para o quarto. Alívio para as contrações
Quando o trabalho de parto começa a incomodar, a grávida precisa de posições variadas que tragam alívio e conforto. Dicas úteis - As posições de conforto devem ser iniciadas assim que as contrações incomodarem.
- Água morna é uma grande amiga da grávida porque alivia a dor e relaxa. Em casa, coloque toalhas dobradas sobre o chão do box, caso queira se ajoelhar ou sentar.
- Sempre que a contração vier, mantenha a respiração calma.
- As posições que provocam mais incômodo do que alívio devem ser evitadas. Posição boa é aquela que conforta.
- Dá para relaxar até mesmo no centro obstétrico. Se for possível, improvise com a maca, lençóis, travesseiros.
Cesariana Dr. Jean Carl Silva
Ginecologista e Obstetra
``Ao contrário da maioria das especialidades médicas, a obstetrícia trata de acompanhar a fisiologia. Intervenções médicas pretendem prevenir ou corrigir processos patológicos, e não aperfeiçoar a fisiologia. ” Professor Treffers, 1993. Os motivos para optar por uma cesariana devem ser, essencialmente, clínicos. A razão mais freqüente é a desproporção do tamanho do bebê em relação à bacia da mulher, algumas vezes detectada quando o parto progride normalmente.
Na cesariana a anestesia será a peridural ou a raquianestesia (em alguns casos a geral é necessária). A gestante tomará soro e uma sonda será introduzida através da uretra na bexiga, para esvaziá-la.
Você não poderá acompanhar a cirurgia, já que um pano será colocado na parte superior do seu corpo, impedindo sua visão.Um corte horizontal será feito acima dos pêlos púbicos, ao alcançar o bebê, o cirurgião irá tirá-lo realizando uma pressão no fundo do útero, a placenta será removida em seguida. O corte será fechado em camadas, o procedimento todo, leva em torno de uma hora.
É importante saber que como uma cirurgia, a recuperação em uma cesariana é lenta, e requer a internação por alguns dias. A paciente da cesariana tem um pouco mais de dor no pós-parto e será difícil rir, ficar em pé ... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário