Entrevista com minha professora de faculdade, Márcia Regina Vitolo!! Ela desenvolveu uma pesquisa utilizando os 10 passos e fala dos resultados. Adoro ela!!
google imagem |
Márcia Regina Vitolo, da UFCSPA,
ganhou destaque nacional com pesquisa sobre amamentação
Por Guilherme Mazui | guilherme.mazui@zerohora.com.br
Um trabalho realizado pelo Núcleo de
Pesquisa em Nutrição da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre (UFCSPA) teve reconhecimento nacional com o Prêmio Saúde na categoria
Saúde da Criança, concedido pela revista homônima, da Editora Abril.
A equipe da professora Márcia Regina Vitolo avaliou o impacto da implementação de um manual do Ministério da Saúde com 10 passos para uma alimentação saudável, voltado a crianças menores de dois anos.
O grupo levou as informações a pediatras e a outros profissionais, em 32 unidades de saúde da Capital, nas quais o número de crianças que se alimenta só de leite materno até quatro meses de vida aumentou em 15%.
O caderno Meu Filho, de Zero Hora, conversou com Márcia sobre o assunto. Confira a entrevista:
Meu Filho — Quais são as principais dicas do manual?
A equipe da professora Márcia Regina Vitolo avaliou o impacto da implementação de um manual do Ministério da Saúde com 10 passos para uma alimentação saudável, voltado a crianças menores de dois anos.
O grupo levou as informações a pediatras e a outros profissionais, em 32 unidades de saúde da Capital, nas quais o número de crianças que se alimenta só de leite materno até quatro meses de vida aumentou em 15%.
O caderno Meu Filho, de Zero Hora, conversou com Márcia sobre o assunto. Confira a entrevista:
Meu Filho — Quais são as principais dicas do manual?
Márcia Regina
Vitolo — Amamentar a criança só com leite materno até o sexto mês de vida
— enfatiza-se muito que não é necessário dar chá e água, mesmo durante o verão.
Ao iniciar a comidinha, ela deve ser composta por carne, além dos cereais e
verduras, que não devem ser liquidificados, mas só amassados para que o bebê
aprenda a mastigar. Não oferecer açúcar, biscoitos doces, gelatina,
refrigerante, salgadinho, chocolate, café ou qualquer outro alimento rico em
gordura ou açúcar para a criança com até dois anos.
MF — São dicas fáceis de se aplicar em casa?
MF — São dicas fáceis de se aplicar em casa?
Márcia — Muito
fáceis, pois o bebê não tem autonomia para buscar seus próprios alimentos. É
responsabilidade dos pais ou cuidadores oferecer alimentos saudáveis,
especialmente nos primeiros anos de vida da criança, quando as preferências
alimentares são estabelecidas.
MF — Em que os pais costumam errar na alimentação dos bebês?
MF — Em que os pais costumam errar na alimentação dos bebês?
Márcia — Um erro que
se observa com frequência é a mãe achar que seu leite é fraco ou não sustenta o
bebê. Assim, acaba utilizando outros leites. Não existe leite fraco, e a mãe
pode melhorar a técnica de amamentação deixando a criança esvaziar o peito em
cada mamada, já que o leite com mais energia e gordura sai no final da mamada.
Isso faz com que a criança sinta-se mais satisfeita e possa se alimentar em
intervalos maiores.
MF — O estudo também trata sobre o açúcar na alimentação das crianças?
MF — O estudo também trata sobre o açúcar na alimentação das crianças?
Márcia — O que mais
nos preocupa atualmente é a enorme frequência de famílias que oferecem para os
bebês alimentos com açúcar, muita gordura ou muito sal. Esses alimentos não
devem ser oferecidos pelo menos até os dois anos. A oferta de sucos, mesmo os
naturais, nos intervalos das refeições é desnecessária e muitas vezes
prejudicial, fazendo com o que o bebê perca a fome nas refeições.
MF — Que benefícios foram constatados na pesquisa?
MF — Que benefícios foram constatados na pesquisa?
Márcia — Nas
unidades em que os profissionais da saúde passaram pelo programa de
atualização, observamos em média um aumento de 15% nas crianças amamentadas
exclusivamente com leite materno até os quatro meses. Ainda houve uma redução
de 33% no risco de bebês de seis a nove meses receberem refrigerante, chocolate
e salgadinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário