Veja
aqui 15 afirmações comuns sobre a saúde dos nossos prematurinhos e confira se
elas são verdadeiras ou falsas!
1. Todo
prematuro é igual
Mito.
Existem prematuros tardios e extremamente prematuros (que nascem com menos de
32 semanas). Segundo Victor Nudelman, neonatologista do hospital Albert
Einstein, é possível cuidar de bebês a partir de 25 semanas, com peso próximo a
500 gramas. “A ansiedade da mãe de um bebê assim é diferente da mãe de um bebê
de 34 semanas. Dependendo do grau de imaturidade, os bebês terão tempos e
dificuldades completamente diferentes”, diz.
2.
Bebês de 35 semanas são prematuros
Verdade.
“Crianças que nascem antes de 37/38 semanas, por definição, são prematuros”,
afirma a pediatra Heloisa Ionemoto, do Hospital Infantil Sabará.
3. A
mãe não pode segurar o bebê prematuro
Mito.
Segundo os médicos, as mães devem segurá-lo no colo, desde que com cuidado e
sempre orientada pela equipe médica, como ressalta Jorge Huberman,
neonatologista do Hospital Albert Einstein. A pediatra Heloisa lembra que há
programas como o “Projeto Canguru”, no qual o contato físico entre pai/mãe e
bebê prematuro ajuda no desenvolvimento. Mas vale lembrar que a incubadora é
importante para manter o pequeno sempre aquecido.
4. O
prematuro precisa passar mais de um mês no hospital
Depende. O
risco de mortalidade e doenças específicas está inversamente relacionado à
idade gestacional. “Quanto menor a idade gestacional, maior a chance de
complicações. Os prematuros com mais de 34 semanas, de um modo geral, se saem
muito bem, já os menores enfrentam mais dificuldades. Desta forma, estes bebês
precisam de cuidados especiais que podem durar poucos dias a alguns meses, com
necessidade de internação hospitalar”, esclarece Maria Otília Bianchi,
neonatologista da UNICAMP.
5. Os
órgãos do prematuro não estão prontos
Verdade.
Principalmente os pulmões, uma vez que ele fazia a troca de ar por meio da
placenta. Por isso é muito comum ele apresentar dificuldades respiratórias, o
que requer ajuda para assegurar os níveis adequados de oxigênio. Nudelman
alerta para a necessidade de aparelhos que forneçam alguma pressão positiva
para o ar entrar e medicações que mantenham o pulmão, ainda imaturo, mais
aberto.
6. O
prematuro não pode ser amamentado
Mito. Ele
deve ser amamentado, porém não consegue sugar, por isso, a alimentação pode
ocorrer por meio de sondas. De acordo com Maria Otília, o ideal é alimentar o
bebê com leite materno ordenhado, mas pode ser necessário o uso de nutrição endovenosa.
“Mesmos os prematuros maiores são sonolentos, sugam vagarosamente e não ganham
peso”, explica.
7.
Quanto menos aparelhos ligados no bebê, melhor ele está
Verdade. Isso
significa que o corpo já consegue se manter aquecido sem a necessidade da
incubadora, os pulmões estão suficientemente desenvolvidos para garantir o ar
necessário, ele já consegue sugar e se alimentar sem ajuda de sondas.
8.
Prematuros terão problemas para o resto da vida
Mito,
embora prematuros extremos tenham mais chances de apresentar alguma
complicação. “Casos graves, como falta de oxigênio ao nascer, por exemplo,
podem deixar sequelas e por isso precisarão de acompanhamento prolongado”,
aconselha Heloisa.
9. O
prematuro não pode fazer todos os exames
Mito.
Huberman afirma que o acompanhamento clínico e laboratorial, além de exames de
imagem para verificar o crescimento e desenvolvimento do bebê são primordiais.
A prevenção de doenças acontece graças à extensa bateria de exames.
10. Ele
é mais vulnerável a doenças
Verdade.
Principalmente as respiratórias.
11. As
vacinas do prematuro são as mesmas do calendário nacional de vacinação
Verdade***. “Mas
o pediatra pode orientar de forma diferente, caso haja necessidade”, cita
Huberman.
12. É
impossível evitar a prematuridade
Mito. “Com
um pré-natal precoce e muito bem feito, é possível detectar os indícios da
prematuridade”, diz Huberman. As causas mais comuns do parto prematuro são
hipertensão arterial, ruptura precoce das membranas amnióticas e infecções.
13. O
desenvolvimento neurológico do bebê prematuro é diferente
Verdade. “Os
prematuros ganham um descontinho, visto que consideramos a data provável para
40 semanas para avaliar as novas conquistas. Por exemplo, um bebê que nasce de
31 semanas ao completar quatro meses deve fazer o mesmo que um bebê não
prematuro que completou dois meses”, conta Maria Otília. Porém, este “desconto”
acaba quando se completa dois anos. A mesma regra é utilizada para peso e
estatura, o que significa que ele tem um tempo a mais para buscar o que perdeu
por nascer antes.
14. Os
cuidados médicos devem ser diferenciados
Verdade.
Heloisa aponta para a necessidade de assistência médica diferenciada e equipe
multidisciplinar, principalmente para os nascidos com menos de 30 semanas. “No
futuro, o pediatra poderá indicar outros profissionais, como fisioterapeutas e
fonoaudiólogos, se necessário”, acrescenta Huberman.
15. O
bebê prematuro precisa viver numa redoma de vidro
Mito. Após
os cuidados extremos no hospital – e o ganho de peso e maturidade necessários
para ir para a casa – os médicos sugerem que a família leve vida normal, sempre
que possível: passeios, aleitamento materno exclusivo, contato com o mundo
exterior, inclusive com outras crianças. “Manter as vacinas em dia, alimentação
saudável e evitar o contato com pessoas doentes bastam”, diz Maria Otília.
Fonte: Por:
Cáren Nakashima e Livia Valim em http://psicopedagogiabh.blogspot.com/
(link:
http://psicopedagogiabh.blogspot.com/search/label/Beb%C3%AAs%20Prematuros)
***
Observação importante! Em relação a Hepatite B: os prematuros devem
tomar 4 doses, e não somente 3, pois deve-se desconsiderar a primeira dada
ainda no hospital. Leia o que diz nossa página "Vacinação" sobre
essas peculiaridades...
Por Denise
L. Suguitani Centeno
FONTE: http://www.prematuridade.com/2011/08/mitos-e-verdades-sobre-bebes-prematuros.html?spref=fb
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