Os seios voltam a crescer. É provável que comecem a eliminar colostro, uma secreção meio branca ou meio amarelada, rica em anticorpos, que vai alimentar o bebê nos primeiros dias depois do parto.
Com o crescimento do útero, o estômago fica mais achatado e abriga menos alimentos. Se a grávida come demais, pode vomitar. E, se ela deitar depois de comer, pode sentir um gosto azedo na boca. É o retorno do suco gástrico, o refluxo. Uma forma de driblar esse incômodo é se alimentar mais vezes ao dia, em pequenas quantidades. E evitar frituras, temperos fortes e bebidas gasosas, que predispõem à azia.
Reta final
Agora, as grávidas parecem maratonistas. A respiração fica mais curta e freqüente. A falta de ar é causada pela pressão do ventre desenvolvido sobre o diafragma. O crescimento do bebê também aperta a bexiga, podendo levar a perdas involuntárias de pequenas quantidades de urina ao tossir, correr, rir ou fazer algum esforço. A melhor prevenção é urinar com freqüência. Cãibras são comuns no período final da gestação e podem ser sintoma de falta de cálcio e potássio. Quando for atacada por cãibras, massageie a parte do corpo afetada e faça alongamento.
Você pode ainda se queixar de dor na bacia e nas costelas porque os ossos dessa região passam por uma acomodação para o parto. "Eles se abrem um pouquinho. A movimentação é quase imperceptível, porém dolorida ", avisa Rosa. É possível também sentir dor nos ossos, na altura da vagina, porque o bebê vai descendo e se encaixando. "Esse movimento pressiona os ossos do baixo-ventre causando uma dor que se irradia pela região", explica a ginecologista. É o corpo já se preparando para expulsar o bebê. Fique atenta aos sintomas do trabalho de parto. Eles nem sempre são claros, resultando em ansiedade e aumentando o mistério sobre o fim da gestação. Segundo pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, fetos de ratos liberam uma proteína dos pulmões, desencadeando o trabalho de parto. A substância sinaliza que os ratinhos podem respirar fora do útero. Os cientistas acreditam que em seres humanos ocorra o mesmo. Mas não se arriscam a confirmar. Pesquisas em humanos envolvem risco de aborto. Um preço muito alto a pagar.
Medos e ansiedades
O último trimestre também pode ser um período de temores para muitas grávidas. Para outras, apenas de certa apreensão ou ansiedade com a proximidade do parto. Mães de segundo filho costumam ficar apreensivas com o futuro - dar conta das duas crianças - ou dirigem sua preocupação à reação que o primogênito poderá ter com a chegada do irmão. Certas gestantes enfrentam o receio do marido de machucar o bebê durante a relação sexual. "Ele acaba rejeitando o sexo, e ela pensa que é porque está gorda", diz a psicanalista Maria Cristina. Seja qual for sua preocupação, leve-a para o médico. Mesmo que ele não tenha todas as respostas, você vai se sentir aliviada por conversar.
Fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário