terça-feira, 21 de setembro de 2010

Leite Materno

  A amamentação é a maneira natural de alimentar o bebê nos primeiros meses de vida, apresentando muitas vantagens tanto para ele como para a mãe. O leite materno contém agentes imunológicos, protegendo a criança de doenças infecciosas e diarréia. Além de fortalecer os músculos da boca e face, que previne futuros problemas na fala e na oclusão dos dentes.
  Apenas o leite materno basta! O RN não deve receber água glicosada, nem leite artificial na maternidade, pois pode dificultar o início da amamentação, fazendo o bebê sugar menos na hora da mamada. A mãe não nasce sabendo amamentar, este é um processo de aprendizado e deve ser orientado por especialistas, como nutricionistas, pediatras, obstetras e enfermeiras. É fundamental que a mãe receba carinho, atenção, apoio e tranquilidade de todos, inclusive da família.
   A sucção estimula a produção de leite, estimulando a síntese do hormônio prolactina e, também estimula e liberação do leite, pela síntese do hormônio ocitocina. Então, quanto mais o bebê suga mais leite será produzido, são raras as mães que não tem leite para amamentar seus filhos. Lembrando também, que a criança sabe a melhor hora para mamar, impor horários não é aconselhável.
   Amamentação não combina com estresse, eis aqui o ponto chave no sucesso da amamentação, na minha opinião.Mãe que não consegue estar em um ambiente tranquilo, ou é boicotada por familiares e amigos com frases do tipo: " Nossa, como tá magrinho, seu leite é fraco, bom é dar mamadeira também!", ou "Eu não consegui amamentar, você também não consegue!" ou ainda " O meu filho tinha tantos kg mais que o seu nesta idade, porque tomou mamadeira!" e blá, blá, blá, deixam a mãe insegura, fazendo - a acreditar que não consegue amamentar seu filhote.
   A pega do bebê no seio é outro ponto de fundamental importância. Quando o bebê pega corretamente o peito, aumenta o seu conforto e o da mãe, dessa maneira, evitando a interrupção precoce da amamentação.

Minha Sofia mamando
   Mesmo eu tendo formação em Nutrição, no qual adquiri conhecimento sobre o assunto, me vi em uma situação diferente quanto nasceu meu 1º filho, Bernardo. Sabia tudo do posicionamento, barriga com barriga, da pega, boquinha de peixe, nariz livre e toda aréola abocanhada, para evitar fissuras, mas na hora de mamar não rolou.  Fomos nos acertando por 2 semanas até conseguirmos, tive pouca fissura mas muito leite, resultando em seios ingurgitados. O que fazer... mama filho! Para esvaziar a mama e parar de doer. Colocava também compressas e, no banho massageava o seio e deixava sair o leite, para facilitar a pega depois. Foi sofrido mas nem passava pela minha cabeça em desistir, minha família me apoiou muito. Amamentei ele até os 2 anos.
   Bem, com minha pequena achei que seria tudo tranquilo, afinal já sabia amamentar, não?! Errado foi pior.
Sofia parecia que não tinha fundo! Mamava o tempo todo, digamos que a cada 20 minutos, e ainda por cima não nos acertávamos na pega, ela fazia aquele barulho comum em pega errada, de estralo, ou ar entrando. Resultado fissura e dor de tanto ela mamar. Me vi louca querendo mamadeira. Resolvi me acalmar e dar tempo para nos ajeitarmos. Um mês depois que ela nasceu, tudo passou. Hoje ela tem 8 meses e mama quando quer! Não deixando de destacar o apoio da minha família novamente!

Texto por Ana Doula e Nutri.
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

MundoBrasileiro