sexta-feira, 29 de abril de 2011

Copinho é melhor que mamadeira!

Muitas de vocês já notaram que sou a favor da amamentação, não só porque estudos comprovam os benefícios para a mãe e o bebê. Mas também, porque vivenciei a amamentação (vivencio) e, estou colhendo os frutos dos benefícios! Meu filho de 4 anos mamou até 2 anos  e 4 meses. Minha filha de 1 ano e 4 meses, ainda mama! Nenhum dos dois, até agora, tiveram problemas de saúde. Gripe forte, umas 3 vezes nestes 4 anos de vida do Bê. A Fifi, só teve resfriados. Luto, em todos os sentidos, pela amamentação das crianças até 2 anos. Um dos pontos é esclarecer que bicos e mamadeiras, só trazem prejuízos aos nossos filhos. E digo isso por experiência! Sim, na hora do desespero, ficamos insanas! Meu filho, quando teve a unica cólica da vida dele, dormiu chupando um bico que ele se RECUSAVA a ficar na boca! Desculpa gente, mas eles não gostam disso. Ai vem o pessoal com dicas tipo "passa mel, que ele pega", "bota açúcar", "vai colocando que ele acostuma". Ah, para, né?! Isso pra você não é obrigar alguém a usar o que não quer??? Tenho o bico que ele usou, guardado como troféu! ELE NÃO QUIS CHUPAR ESSA BORRACHA! Minha neném também tem um desses ortodônticos!! Que não fazem mal para arcada dentária, nem para musculatura... que piada! Minha filha tem uma foto dela dormindo com bico e, logo em seguida o bico caido. Comprei para ela morder aquilo, mas ela também não quis nem morder!
E as mamadeiras, com bico assim, assado, parece com o da mãe....mentira! Gente, o bebê com isso vai usando a linha pra tentar freiar a quantidade de líquido, que vem parar na "gléla"! Sem falar que não ocorrem os benefícios para a musculatura facial, tem as cáries, e sem falar do nojo que é limpar isso! E falo por experiência! Mãe tem mania de subestimar seus filhos...quando bebê saiu da amamentação, com 2 anos, eu tive problemas...achei que ele precisa de uma teta postiça, para não sentir o "impacto da mudança". Meu filho, não precisa disso, tanto é que quando falei do copinho, ele adorou a idéia!! NÃO SUBESTIMEM SEUS BEBÊS!!!
Bem, vou deixar um artigo sobre o uso do copinho! Leiam!




Escrito por: Cristiane Gomes - Fonoaudióloga - Maringá
Pesquisa do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostra que a mamadeira pode gerar distorções no funcionamento da musculatura da face da criança e provocar possíveis alterações ortodônticas. De acordo com o estudo, que analisou 60 lactentes, o ideal é que o bebê seja alimentado só no peito até, pelo menos, os seis meses de idade. A partir daí é preferível utilizar o copo.

O copo é a melhor forma para alimentar lactentes quando a amamentação não for possível



O uso da mamadeira é pior método de alimentação de lactentes não só por razões de riscos, mas também por gerar distorções no funcionamento da musculatura do rosto da criança e provocar possíveis alterações ortodônticas.
Essa é uma conclusão de pesquisa realizada pela fonoaudióloga Cristiane Faccio Gomes e que foi objeto de sua tese de doutorado no Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Unesp/Botucatu.
A investigação revelou que, na impossibilidade da amamentação, a melhor solução para fornecimento de alimento ao lactente é a utilização do copo. O recomendável – diz a pesquisadora – é sempre o aleitamento exclusivo no peito por 6 meses, continuado até 2 anos ou mais, com o uso do copo sempre que necessário, ou seja, quando a mãe estiver trabalhando ou quando se ausentar por período superior ao da amamentação da criança. Aos seis meses – acrescenta Cristiane - a criança já pode utilizar o copo para ingerir água e sucos, não necessitando, em nenhum circunstância, do uso da mamadeira.
Segundo a fonoaudióloga, o seu trabalho revelou que, além dos benefícios já conhecidos e divulgados mundialmente, tornam-se claras as vantagens da amamentação para o crescimento das estruturas e desenvolvimento das funções do Sistema Estomatognático e que favorecem o crescimento facial, a criação de espaços adequados para a erupção dentária, a respiração nasal, a deglutição adequada e a preparação para as funções de mastigação e fala.
Nesse quadro– diz a pesquisadora – as relações dos métodos de aleitamento com a fonoaudiologia tornam-se óbvias: todo o trabalho realizado naquela fase da vida da criança atua como fator de prevenção a diversos agravos: alterações musculares, dificuldades de fala no que se refere a embaraços na articulação de sons por diminuição do tônus muscular, deglutição atípica, Síndrome do Respirador Bucal e suas conseqüências na aprendizagem, otites de repetição que podem provocar perda auditiva irreversível, e alterações ortodônticas com repercussões na mastigação, fonação, vedamento labial e outras.
As funções musculares
Na realidade, cerca de vinte músculos atuam durante a ordenha do leite materno. Entretanto, está comprovado, por meio de diversas pesquisas, que os músculos masseter, temporal, digástrico, supra e infra-hióides, pterigoideos laterais e mediais são os mais ativos, exatamente porque são responsáveis pela movimentação da mandíbula (abaixamento, protrusão, elevação e retrusão) estimulando o crescimento facial de maneira adequada. Outros músculos, como é o caso do bucinador atuam, também, porém de forma menos intensa, ao contrário do que ocorre no aleitamento por mamadeira.
No uso da mamadeira, então, e ao contrário do que seria esperado, os masseteres e temporais apresentam atividade diminuída e os bucinadores revelam ações mais intensas. Isso porque o lactente alimentado por mamadeira realiza sucção por pressão negativa, ao contrário da amamentação no qual ocorre a ordenha por pressão positiva em maior escala e, apenas, alguma pressão negativa. Por esse motivo, o lactente, na mamadeira, pode desenvolver basicamente dois tipos de sucção: a sucção que favorece o aumento da atividade dos bucinadores, gerando uma pressão sobre os maxilares e resultando em alterações ortodônticas e palatinas, com possíveis conseqüências respiratórias. Por outro lado, o outro tipo de sucção favorece a atividade aumentada da língua. Por isso algumas crianças que sugam mamadeira apresentam alterações ortodônticas e outras não.
Mamadeira é muito mais arriscado que o copinho
A cultura popular dita que a alimentação por copo é mais difícil, favorece mais chances de engasgos e as mães referem medo de oferecer leite por copo. Na realidade, vários autores já demonstraram que o uso da mamadeira é mais arriscado ao bebê por alguns motivos: aumento do furo do bico para que o leite apresente uma saída mais rápida, bem como o fato de muitos bebês mamarem deitados e com as mamadeiras escoradas. O aumento do furo da mamadeira impede que o bebê controle o fluxo de leite e possa parar para descansar ou respirar. As mamadas deitadas são muito perigosas, pois os engasgos e aspirações são mais fáceis de ocorrer, bem como a entrada de leite pela tuba uuditiva das crianças (que é mais horizontalizada que no adulto), promovendo otites de repetição.
A forma mais segura de alimentar o bebê é através da amamentação e o uso do copo como método alternativo e temporário, pois para oferecer leite por copo, o adulto deve estar presente e prestar atenção na alimentação do lactente. Alguns autores já descreveram a técnica para que o bebê possa ingerir o leite e realizar pausas para respirar sem que haja volume de leite sendo derramado em sua cavidade oral. A adoção da técnica correta e a paciência são essenciais para o sucesso desse tipo de alimentação.

Ainda se amamenta pouco
Existem dados de pesquisas de prevalência de aleitamento materno, e sabe-se que ele, apesar de ter aumentado nos últimos anos, ainda é muito baixo (60% no índice de aleitamento materno até seis meses, porém não de forma exclusiva e 13% em aleitamento materno exclusivo até o sexto mês - Brasil, 2002). O que se apurou, ainda, em pesquisas é que o uso de chupeta e mamadeira durante o aleitamento materno promovem o desmame precoce, ou seja, o lactente tende a rejeitar o seio materno ao iniciar a sucção de tais bicos, pois a movimentação muscular muda completamente e os bebês acabam preferindo a mamadeira pela facilidade.
No caso do copo, não há pesquisas com uso de métodos objetivos, pois seu uso é relativamente recente e geralmente utilizado apenas nos hospitais que recebem do Ministério da Saúde, o Certificado de Amigos da Criança, pois nesses hospitais é proibido o uso de chupetas e mamadeiras. Acredito que muitas pesquisas possam ser desenvolvidas nessa área.

A pesquisa
A investigação realizada pela fonoaudióloga Cristiane Faccio Gomes é inédita no que se refere, principalmente, à análise da participação muscular no "aleitamento" por copo. Ela teve como orientadora, a professora Ercília Maria Caroni Trezza, docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Unesp/Botucatu. O estudo teve a participação de 60 lactentes, nascidos a termo e sem intercorrências, entre dois e três meses de idade, e que foram divididos em três grupos:
- 20 com amamentação exclusiva;
- 20 com aleitamento misto e uso da mamadeira e
- 20 com aleitamento exclusivo com uso de copo.


Adaptado do artigo de Fernando Hossepian - Jornal Entrelinhas de Botucatu de 28/3/2006.



Fonte: http://www.amamentacao.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=404  

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