domingo, 26 de junho de 2011

Depressão pós-parto... em homens!

Gente, esta postagem é destina ao público masculino. Já escutei de vários amigos e colegas, de que não poderiam seguir meu blog pois ainda não estavam grávidos, tiram sarro e tal... Meninos, vocês fazem parte da gestação e do nascimento dos filhos de vocês. Afinal, contribuíram, ou não?! Vocês são o apoio das mulheres de vocês, vocês passam junto com elas pelos enjoos, mal estar, pelo vai e vem emocional, escutam o coração dos pequenos, escolhem os nomes, as roupas, fazem planos... Na hora do parto dão a mão pra esposa, companheira e com um sorriso nervoso dizem que vai dar tudo certo, que vocês acreditam nelas!! Ajudam no banho, trocam fraldas, lavam as roupinhas, cuidam para as mães darem uma descansada... cantam, contam histórias, colocam as crianças para dormir, buscam na escola...Muitos homens não sabem a faltam que fazem em todos os processos da vida dos pequenos, mas muitos outros chegam a passar mal durante a gestação, sabem quando a hora do parto chegou (meu marido soube na hora, eu não acreditava que a hora tinha chegado!), aprendem a trocar fraldas mais rápido que as esposas... Não se diminuam meninos!! Vocês fazem parte da vida de suas companheira e de seus filhos, desde a concepção. Saber mais sobre o que vão enfrentar ou como criar seus filhos, cada vez melhor, nunca é demais!! E vai fazer muita diferença!! Bem, como disse, muitos passam mal durante a gravidez, com enjoos e mal estar, mas assim como a mãe pode ter depressão pós parto, o homem também esta sujeito a isso!! Leiam esta matéria muito legal:

por VANESSA DE SÁ 

Quase toda mulher que engravidou ou pensa nisso já buscou se informar sobre a temida depressão pós-parto, mal que acomete cerca de 15 em cada 100 mães. O que talvez poucas pessoas saibam é que os pais — especialmente os de primeira viagem — também podem ficar deprimidos após o nascimento do filho. Os próprios médicos admitem que a mulher recebe as maiores atenções, enquanto seu companheiro costuma ficar relegado a segundo plano.
"A depressão paterna é tão importante quanto a materna, não só porque afeta quem contribui para sustentar a casa, mas porque os riscos de o filho vir a apresentar problemas comportamentais aumentam", alerta Joel Rennó Júnior, psiquiatra e coordenador do Pró-Mulher da Universidade de São Paulo. "Hoje sabemos que essas crianças podem ter transtornos de humor e prejuízos cognitivos devido à baixa interação com o pai deprimido quando eram bebês", relata. Segundo Paul Ramchandani, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, autor do primeiríssimo estudo que relaciona depressão paterna a prejuízos no desenvolvimento infantil, os meninos são os mais afetados. "Por causa da relação que acabam criando com os pais, os garotos ficam mais expostos aos efeitos dessa depressão", disse o psiquiatra à SAUDE!.
Ninguém afirma ao certo o que desencadearia o distúrbio nos homens. É claro que muitas vezes o bebê traz mudanças radicais à vida do casal e uma má adaptação a esse novo contexto favoreceria a doença. "Mas há muitos gatilhos para a depressão", faz questão de explicar Adrienne Burgess, pesquisadora do Fathers Direct, centro de informação e acompanhamento à paternidade do Reino Unido, preocupada em evitar deduções simplistas. "Um deles é a mulher sofrer de depressão pós-parto (DPP)", exemplifica. "E é terrível, porque há evidências de que, aí, os bebês passam a buscar no pai uma espécie de compensação."
Essa sobrecarga afetiva funcionaria como um estopim, assim como problemas para lidar com o trabalho. "As chefias não costumam compreender quando o homem quer se dedicar ao filho recém- chegado e isso gera ansiedade", nota Adrienne. Para Elo Lacerda, psicanalista e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é mais difícil diagnosticar a depressão paterna do que a materna. "Até porque os homens resistem a procurar ajuda", observa. "Geralmente eles só se dão conta do problema tempos depois e, por isso, arcam com o ônus de sair desse poço escuro sozinhos."
CONHEÇA OS SINTOMAS NELES
Falta de apetite
Distúrbios do sono (mesmo que o bebê durma bem!)
Sentir-se um péssimo pai
Ansiedade e nervosismo
Perda da libido
Fim do interesse (ou prazer) pelas atividades cotidianas por um período mínimo de duas semanas
CAUSAS MAIS COMUNS
Mulher com depressão pós-parto
Estresse
Preocupação com o sustento da família
Sentir-se excluído ou rejeitado pela parceira
Dificuldade para lidar com sentimentos ambivalentes, como o de querer proteger e cuidar do bebê e da mulher e, ao mesmo tempo, desejar ocupar o espaço que sempre teve na vida dela
PEÇA AJUDA
O pai que se sente deprimido não deve ter receio de procurar um profissional capaz de compreender a gravidade do caso. Em São Paulo, o Núcleo Interdisciplinar do Bebê da PUC orienta e acompanha o casal às voltas com a depressão. Além disso, o obstetra que atende a mulher pode ajudar bastante ao encaminhar o parceiro dela a um colega psiquiatra. O tratamento costuma combinar sessões de psicoterapia e antidepressivos. No entanto, como sempre, mais vale prevenir do que remediar: é importante identificar o futuro papai que, por estresse ou qualquer outro motivo, parece mais propenso à depressão, conversar sobre isso e, quem sabe, até pedir ajuda.

DEZEMBRO 2005


Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0268/medicina/conteudo_108999.shtml

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