quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Distocia Emocional


Muito interessante o texto!!  Isso mostra o quanto temos que preparar uma gestante, ajudá-la a superar medos e emoções, que vão complicar a hora do parir e do nascer. E também, que nós temos que nos preparar também! Encontrei o texto no blog da minha amiga/doula Aline Amorim, mas foi traduzido e apresentado pela minha outra amiga/doula Renata Olah. Leiam...

google imagem

O assunto de hoje não é muito falado, mas quando presente no trabalho de parto de uma mulher pode atrasar e bloquear todo processo, impossibilitando a mulher de parir. Esse bloqueio é causado pela DISTÓCIA EMOCIONAL!

Só encontrei textos em espanhol sobre o tema, então pedi para minha querida doula-doulanda Mirian Kedma para traduzir os textos para vocês!!! Então aí vai nossa contribuição:

Denomina-se distocia o parto trabalhoso ou difícil. Considera-se distocia emocional o stress materno, o medo, cansaço e dor excessiva durante o parto.

Há uma série de fatores que podem predispor a gestante à distocia emocional:
  • Partos anteriores difíceis;
  • Experiências traumáticas prévias ou atuais (por exemplo, abusos físicos ou sexuais);
  • Múltiplas hospitalizações anteriores;
  • Desestruturação familiar;
  • Consumo de substâncias psicoativas;
  • Fatores culturais: vergonha extrema produzida pela nudez, ou pela presença de um homem ou por outros comportamentos contrários às expectativas culturais da mulher;
  • Barreiras idiomáticas ou impossibilidade para entender que está acontecendo ao seu redor;
  • Morte da mãe da mulher (principalmente, se ocorreu durante a infância);
  • Crenças pessoais sobre o parto: lesões durante o nascimento de alguém próximo, história traumática em relacionamento com o próprio nascimento, etc.

A ansiedade da mulher traduz-se em um aumento dos hormônios do estresse, que influeciam diretamente as contrações uterinas, diminuindo-as e aumentando os hormônios que produzirão estresse fetal. Desta maneira o fornecimento de oxigênio através da placenta é reduzido, e cresce o risco de desaceleração cardíaca fetal. Tudo isto, contribui para intensificar o estresse materno, o desânimo e a necessidade de apoio. Esta série de acontecimentos implica uma fase prodrômica longa, lenta e dolorosa.




Por outro lado, o aumento fisiológico dos hormônios do estresse (catecolaminas), quando a mulher se encontra perto do final do parto, provoca o reflexo de expulsão fetal, que acelera o nascimento. Nestes momentos, a mulher pode sentir, por alguns instantes, pânico, angústia ou euforia, emoções que são a resposta normal ao aumento das catecolaminas e à proximidade do nascimento.

Para evitar o estresse materno, a mulher deve ser encorajada a:
  • Explorar, durante a gravidez, os possíveis medos, emoções e sentimentos em relacionamento com o nascimento;
  • Aprender técnicas de relaxamento;
  • Conhecer, durante a gravidez, a equipe e o local onde vai ocorrer o nascimento;
  • Elaborar um plano de parto e ter a oportunidade de discutí-lo com a pessoa ou a equipe que a acompanhará durante o processo;
  • Expressar as suas emoções durante o parto.

Fonte original: Infermeira Virtual

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