Muito interessante o texto!! Isso mostra o quanto temos que preparar uma gestante, ajudá-la a superar medos e emoções, que vão complicar a hora do parir e do nascer. E também, que nós temos que nos preparar também! Encontrei o texto no blog da minha amiga/doula Aline Amorim, mas foi traduzido e apresentado pela minha outra amiga/doula Renata Olah. Leiam...
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O assunto de hoje não é muito falado, mas quando presente no trabalho de parto de uma mulher pode atrasar e bloquear todo processo, impossibilitando a mulher de parir. Esse bloqueio é causado pela DISTÓCIA EMOCIONAL!
Só encontrei textos em espanhol sobre o tema, então pedi para minha querida doula-doulanda Mirian Kedma para traduzir os textos para vocês!!! Então aí vai nossa contribuição:
Denomina-se distocia o parto trabalhoso ou difícil. Considera-se distocia emocional o stress materno, o medo, cansaço e dor excessiva durante o parto.
Há uma série de fatores que podem predispor a gestante à distocia emocional:
- Partos anteriores difíceis;
- Experiências traumáticas prévias ou atuais (por exemplo, abusos físicos ou sexuais);
- Múltiplas hospitalizações anteriores;
- Desestruturação familiar;
- Consumo de substâncias psicoativas;
- Fatores culturais: vergonha extrema produzida pela nudez, ou pela presença de um homem ou por outros comportamentos contrários às expectativas culturais da mulher;
- Barreiras idiomáticas ou impossibilidade para entender que está acontecendo ao seu redor;
- Morte da mãe da mulher (principalmente, se ocorreu durante a infância);
- Crenças pessoais sobre o parto: lesões durante o nascimento de alguém próximo, história traumática em relacionamento com o próprio nascimento, etc.
A ansiedade da mulher traduz-se em um aumento dos hormônios do estresse, que influeciam diretamente as contrações uterinas, diminuindo-as e aumentando os hormônios que produzirão estresse fetal. Desta maneira o fornecimento de oxigênio através da placenta é reduzido, e cresce o risco de desaceleração cardíaca fetal. Tudo isto, contribui para intensificar o estresse materno, o desânimo e a necessidade de apoio. Esta série de acontecimentos implica uma fase prodrômica longa, lenta e dolorosa.
Por outro lado, o aumento fisiológico dos hormônios do estresse (catecolaminas), quando a mulher se encontra perto do final do parto, provoca o reflexo de expulsão fetal, que acelera o nascimento. Nestes momentos, a mulher pode sentir, por alguns instantes, pânico, angústia ou euforia, emoções que são a resposta normal ao aumento das catecolaminas e à proximidade do nascimento.
Para evitar o estresse materno, a mulher deve ser encorajada a:
- Explorar, durante a gravidez, os possíveis medos, emoções e sentimentos em relacionamento com o nascimento;
- Aprender técnicas de relaxamento;
- Conhecer, durante a gravidez, a equipe e o local onde vai ocorrer o nascimento;
- Elaborar um plano de parto e ter a oportunidade de discutí-lo com a pessoa ou a equipe que a acompanhará durante o processo;
- Expressar as suas emoções durante o parto.
Fonte original: Infermeira Virtual
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