google imagem |
A dor do parto tem uma série de efeitos benéficos para a mulher e
para o bebê que são anulados quando a paciente opta por dar à luz com anestesia
epidural, embora a técnica seja útil e imprescindível em alguns casos.
É o que afirma Denish Walsh, obstetra e professor da Universidade
de Nottingham, em artigo publicado na revista "Evidence Based
Midwifery" no qual explica que a dor é um rito de transição que ajuda a
regular o parto.
Segundo Walsh, além de contribuir claramente com a fisiologia do
parto, ajuda a fortalecer o vínculo entre a mãe e o filho e prepara a mulher
para as responsabilidades da maternidade.
Sem menosprezar o valor da anestesia epidural, que pode ser
fundamental em alguns casos, o professor aponta que seu uso aumentou muito nos
últimos 20 anos, apesar da disponibilidade de outras alternativas menos
invasivas contra a dor.
Entre as vantagens de optar por um parto natural, além de razões
médicas, está o prazer desse rito fisiológico que culmina com o nascimento do
bebê, junto ao fato de que a própria dor induz à liberação de endorfinas, que
dão uma sensação de euforia e bem-estar, destaca o especialista.
Walsh afirma que alguns estudos demonstraram que a anestesia
epidural aumenta a probabilidade de ter que induzir as contrações com
tratamentos hormonais e é mais frequente o uso de fórceps para ajudar a saída
do bebê.
No Reino Unido, o uso da anestesia aumentou 17%, entre 1989 e
1990, e 33%, de 2007 para 2008.
O professor recomenda ao Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla
em inglês) outras alternativas de alívio à dor como ioga, massagem e
tratamentos em piscinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário