quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ficar em casa ou voltar ao trabalho?

Minhas amadas gestantes ou recém mães, este texto é bem informativo. Eu não passei por isso pois sou autônoma e aos poucos estou voltando a ativa. Imagino como deve ser angustiante, e até desesperador ter que se separar tão rápido do filhote. A final, recém estamos aprendendo a rotina, nos acostumando com esta nova etapa de nossas vidas... e nossos bebês então. Vamos lutar por mais tempo com nossas crias, porque como diz a especialista, é no primeiro ano de vida que eles irão precisar mais de nós. Leiam...


meus amores


Não existe uma opção certa, mas caminhos que devem ser escolhidos sem culpa e com consciência por cada mãe



Depois de nove meses de gestação e outros tantos de descobertas, aprendizados e convívio tão íntimo e diário com seu bebê, você precisa, da noite para o dia, se acostumar com a ideia de passar a maior parte do tempo longe dele. É o fim da licença-maternidade. O que fazer? Como vivenciar a maternidade com plenitude e, ao mesmo tempo, retomar a vida profissional? Qual o tempo ideal que a mãe deve ficar única e exclusivamente com seu filho recém-nascido?
Magdalena Ramos, terapeuta familiar e autora do livro "E Agora, o Que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos" (Editora Best Seller), acredita que a grande maioria das mulheres enfrenta, após o parto, um profundo dilema quando o assunto é voltar ao trabalho - sobretudo quando se trata do primeiro filho. "É uma situação muito angustiante e dificilmente tem como ser evitada: a mulher passa nove meses gerando o bebê, enfrenta as dores do parto, mergulha no encantamento de se tornar mãe e de repente, depois de poucos meses, precisa retomar as atividades profissionais e ficar longe do filho. Isso é muito traumático tanto para a mulher quanto para a criança", diz.
De acordo com ela, apesar de as empresas concederem apenas quatro meses de licença-maternidade (ou seis, em alguns casos), o ideal seria que as mães passassem de oito a 12 meses cuidando exclusivamente de seus bebês.
“Depois do primeiro ano, a criança já começa a ficar mais autônoma; passa a se locomover e a se comunicar. Mas nos primeiros 12 meses é importante que a mãe fique o maior tempo possível com o filho, até pela própria amamentação”, recomenda a terapeuta. “Nesse sentido, a internet é uma ótima aliada porque, em muitos casos, permite que a mulher fique em casa sem se afastar completamente do trabalho”, completa.
Depois do primeiro ano, é fundamental para a saúde de toda a família que a mulher volte a cuidar também de outros aspectos de sua vida. “Isso é importante para a autoestima da mãe e para a própria relação conjugal”, justifica.
Ajustes na rotina
Mãe de Tomás, de 3 anos, e de Joaquim, de 6 meses, a arquiteta Katarina Pesci conta que, antes de ser mãe, trabalhava 40 horas por semana. Assim que decidiu engravidar pela primeira vez, resolveu sair do emprego e abrir seu próprio negócio.
“Como o escritório era meu e de uma sócia, não conseguia me ausentar por muito tempo. Por isso, quando Tomás estava com um mês, voltei a trabalhar e depois acabei matriculando-o em um berçário quando ele completou oito meses”, lembra. De acordo com a arquiteta, a experiência não deu certo. “Eu ficava muito triste por ter que ficar longe e ele, por outro lado, ficava muito doentinho, já que viroses são muito comuns neste início de vida”, conta.
Quando engravidou pela segunda vez, Katarina quis fazer diferente. “Eu tinha decidido que passaria o primeiro ano só cuidando do Joaquim, porém assim que ele nasceu acabei me interessando por uma nova profissão: virei confeiteira”, diz ela, que hoje trabalha de casa e busca equilibrar cada vez mais os papéis de mãe e de profissional. “Não consigo ficar longe dos meus filhos, nem longe do trabalho”, afirma.
Estruturação da personalidade
A personalidade humana se estrutura justamente nos primeiros anos de vida. Por isso, para Maria de Fátima Franco dos Santos, psicóloga forense e professora da PUC-Campinas, o ideal seria a mãe não somente cuidar exclusivamente do bebê até ele completar um ano, mas também trabalhar meio período até a criança chegar aos 8 ou 9 anos de idade.
“Em alguns países da Europa, a licença-maternidade pode chegar a três anos. Isso porque os governos entendem que, ao incentivar que as mulheres acompanhem de perto o desenvolvimento de seus filhos nos primeiros anos de vida, previnem a sociedade de problemas relacionados a doenças mentais de crianças e jovens”, explica.
Segundo Maria de Fátima, a infância é uma fase primordial para a formação psicológica do indivíduo. “É por este motivo que terceirizar a educação e o cuidado do bebê é algo tão delicado, pois a criança passa a ter contato com valores e crenças diferentes e nem sempre adequadas”, diz.
A psicóloga também alerta para o sentimento de culpa que, muitas vezes, assola a mulher que precisa retomar sua vida profissional logo após o término da licença-maternidade. “Estamos longe do cenário ideal e a mulher não deve se cobrar tanto. O importante é fazer da melhor forma aquilo que é possível no sentido de promover o acolhimento e o aconchego que a criança precisa”, completa.

2 comentários:

  1. Conheço bem os dois lados:
    Eu também posso dizer que sou uma privilegiada por poder trabalhar bem pertinho do meu filhote, nossa empresa de alimentos é grudadinha com a casa e o “escritório” é em casa, tenho uma babá que me ajuda, pois há momentos que tenho que estar supervisionando a produção, mas a maior parte do tempo estou em casa, sei o que acontece com ele, o que ele come, veste, do que está brincando, ele mama e vem no meu colo sempre durante o correr do dia, isso é muito bom!!
    Como dona de empresa, sei como é difícil também para os pequenos empresários afastar uma funcionária por tanto tempo, pois tem que se contratar outra e isso gera custos, esperamos que os governos ajudem e dêem mais incentivos as empresas para que possamos dar maior tempo de licença maternidade.
    Em quanto isso, aqui estamos orientando nossas mães a não tirar férias enquanto grávidas e antecipar as férias do ano após o nascimento, assim ficam com 4 meses de licença mais 2 meses de férias, tivemos um caso em que a funcionária pediu mais 1 mês ela se propôs a não receber salário e ficar em casa para poder voltar e não perder o emprego, acabou que ela ficou 7 meses em casa, hoje a filha dela está com 1 ano e 5 meses e ainda mama, mês passado alteramos o horário dela (um dia sim, um dia não) assim ela pode ficar mais tempo com a filha.
    Estamos na luta por melhores benefícios as empresas a fim de ampliar a licença maternidade, 1 ano seria ideal!!!!

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  2. Déa!! Que joia ler isso!! Seria maravilhoso se mais patrões buscassem uma concordância com as futuras e recém mães. Estes bebês são o futuro e devem ser gerados e criados da melhor forma possível!! E o Governo também deve agir mais neste assunto!

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